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Foto: Verdade na Prática
Vil beleza
Dentre os vazos escolhi o menor
Para plantar a tenra flor.
Tão frágil era,
Que o simples vento causava-lhe pavor.
Junto à flor finquei uma vara,
Que ante a sua fragilidade,
Servia-lhe de um apoio
Que evitava a desgraça de uma queda.
Uma queda ou um vento mal disposto
Era a sua infeliz desgraça.
Um caniço morto fincado junto à flor
Denunciava a sua fraqueza.
Estar morta ou estar viva e bela?
Não é uma simples escolha quando se é frágil.
O bom seria ser bela e independente,
Mas isto a vida não a preservou.
Um caniço velho
É um companheiro indispensável
Na vida vil de uma flor
Cujo propósito está em ser meramente bela.
Autor: Luis Alexandre Ribeiro Branco
Tambem publicado em:
Cascais - Lisboa - Portugal
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Geraldo Brandão
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