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Leitura e reflexão: Quem és tu.

Imagem: Verdade na Prática 

 Quem és tu


Quem és tu que interrompestes-me em meio à multidão?
Quem és tu cujo olhar penetrou-me a alma e descobriu o menino que abriga-se em mim?
Quem és tu que com tuas lágrimas regastes a minha esperança? 


Quem és tu que do nada criastes-me um novo mundo?
Quem és tu que atraiu-me para mais perto?
Quem és tu que fizestes com que as minhas mais sólidas estruturas balançassem com o soprar das palavras que saiam da tua boca?
Quem és tu cujos lábios despertaram-me a fome?
Quem és tu que abristes a gaiola onde jazia minh’alma?
Quem és tu que como as filhas de Aqueloo fizestes-me adormecer para a razão?
Quem és tu que tornastes-me o adeus uma tortura cruel?
Quem és tu que fizestes com que meu coração acelerasse seus batimentos?
Quem és tu que fizestes com que a minha respiração fosse alongada?
Quem és tu que fizestes-me agir como menino?
Quem és tu que com tuas lágrimas fizestes-me chorar por dentro?
Quem és tu que com teu sorriso levastes-me ao devaneio?
Quem és tu que fizestes-me sonhar com o impossível, desejar o inalcançavel, querer o proibido, amar profundamente o efêmero e tocar o intangível?
Minha agonia é saber que talvez nunca te conheças.
Minha agonia é conhecer todas as distâncias que nos separam.
Minha agonia é sentar-me aqui e escrever meus versos, versos invólucros, versos que talvez nunca leias e que a ninguém importa.
Minha agonia é ser assim, sentimento.


Autor: Luis Alexandre Ribeiro Branco




Tambem publicado em:

Verdade na Prática 

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Cascais - Lisboa - Portugal

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Geraldo Brandão

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