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| Foto: Verdade na Prática |
A mente do poeta…
A mente do poeta é uma contradição,
Há dias em que ela esta pronta à aceitar tudo e a todos,
Há dias em que ela resiste a qualquer coisa,
Há dias em que encontra sentido em tudo,
Há dias em que não encontra sentido em nada.
O coração do poeta é uma contradição,
Há dias em que derrete-se de amor e paixão por tudo e por todos,
Há dias em que a única coisa pelo que anseia é a solidão,
Há dias em que o mundo é uma fonte inesgotável de prazer,
Há dias em que deseja desaparecer como uma pequena nuvem levada pelo vento.
Os olhos dos poetas são uma contradição,
Há dias em que qualquer que seja a direção em que olhar vê formosura,
Há dias em que qualquer que seja a direção em que olhar só vê miséria,
Há dias em que seus olhos parecem um rio inesgotável de águas cristalinas,
Há dias em que seus olhos parecem poços secos em meio ao deserto.
As mãos do poeta são uma contradição,
Há dias que precisa tocar, abraçar, sentir o tato,
Há dias em que só deseja escondê-la no bolso ou debaixo no braço,
Há dias em que anseia desesperadamente por uma caneta ou um lápis,
Há dias em que suas fracas mãos nada consegue segurar.
Ser poeta é ser assim, cheio de contradições…
Autor: Luis Alexandre Ribeiro Branco
Tambem publicado em:
Cascais - Lisboa - Portugal
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Geraldo Brandão
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