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Leitura e reflexão: Provérbios e prosas VIII.

Foto: Verdade na Prática






Provérbios e prosas VIII 


Não pense tão alto de ti mesmo,
Ao ponto de não restar espaço para você voar.
Não pense tão baixo de ti mesmo,
Ao ponto de não restar espaço para pousar.
Teu riso seja na medida certa,
De preferência que teus inimigos não ouçam.

Juntávamo-nos todas as tardes parar nada,
Sonhava-se tolices,
Esbanjava-se misérias,
Ríamo-nos do que não tinha graça.
Verdadeiros vagabundos à mercê do primeiro aproveitador:
Caí como uma presa entorpecida nas amarras do do meu algoz.

Tema a morte o suficiente para não esquecê-la,
Não tema a morte ao ponto dela enlouquecê-lo.
Tudo volta literalmente ao pó,
Nada resta,
Apenas uns ossos secos que logo deixarão de ser.
Restará apenas o intangível escrito nas lembranças de quem um dia nos amou.

Acreditei ser alguma coisa,
Descobri que não era nada.
Bati palmas para mim mesmo,
Sob meus pés a sola de um sapato furado.
Imaginei que batiam-me nos ombros,
Enquanto na verdade provocavam a minha queda.

Os dois momentos mais impressionantes do dia são oferecidos gratuitamente,
O nascer do sol
E o pôr do sol,
Diante deles tudo silencia,
Tudo encolhe-se.

Minh’alma passou a ser mais resiliente,
Na simplicidade encontrou sombra.
A veste da pujança abandonei pelo caminho,
Vesti-me de saco,
Adornei-me com o pó e a cinza.
Adormeci enquanto despertava.



Autor: Luís Alexandre Ribeiro Branco



Tambem publicado em:

Verdade na Prática 

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Cascais - Lisboa - Portugal

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Geraldo Brandão

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