Leitura e reflexão: Sentada na praça.

Foto: Verdade na Prática


Sentada na praça 

Sentada numa praça rodeada de transeuntes apressados,
Depois de um dia cansativo e com certo desconforto,
Tivestes ainda a graciosidade de olhar os céus e dizer-me o quão bonito estava.
Não te contentastes com a descrição, desenhaste a imagem,
Um convite inocente para ver a vida passar ao lado de alguém especial na calmaria apaixonante de uma praça agitada.

A paz não jaz no que se passa ao nosso redor,
Mas na imagem efêmera de uma tarde que passa quase despercebida.
Tua graciosidade engrandeceu o efêmero vislumbre de uma tarde que já não existe mais.
Nunca há de repetir-se, os luminares, a praça agitada, a efêmera imagem de um céu em deslumbre,
Nem a tua beleza ímpar no banco daquela praça como que alheia a tudo, menos ao amor e a beleza do céu.

Não tardou e logo já era breu,
E minha única luz emanava dos olhos teu.
É a metafísica!
E quem relacionaria a metafísica ao amor?
Ninguém, a não ser dois amantes.

Quero a praça,
Quero o céu,
Quero o banco,
Quero você,
Só para mim, eternamente.

Autor: Luís Alexandre Ribeiro Branco




Tambem publicado em:

Verdade na Prática 

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Cascais - Lisboa - Portugal

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Geraldo Brandão

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