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Foto: Rafa Press |
É praticamente certo que seja aprovada nos EUA e caso venha acontecer, deverá começar a ser usada no final de fevereiro ou início de março, ainda com uma quantidade de doses limitadas. As outras vacinas autorizadas para uso emergencial (Pfizer/BioNTech e Moderna) requerem duas doses. Outra vantagem é, o fato dessa vacina poder ser enviada e armazenada em temperatura de geladeira comum.
A vacina da J&J apresentou nos testes uma eficácia de 66% na proteção de casos moderados e graves, variando um pouco nos locais onde foram realizados. Na América do Norte, foi observada eficácia de 72%, na América Latina 66% e na África do Sul 57% (onde existem variantes do vírus que podem ser mais resistentes a vacina).
BRASIL
Após autorização nos Estados Unidos, a Janssen que conduziu ensaios clínicos de fase 3 no Brasil, respeitando a norma que era imposta e já derrubada pela Anvisa e já teve conversas com o Ministério da Saúde sobre a aquisição de 38 milhões de doses, com a primeira remessa disponível já no segundo trimestre.
A Anvisa deve dar um parecer em 72 horas sobre a aprovação de uso emergencial de vacinas já aprovadas por órgãos reguladores dos Estados Unidos, da União Europeia, do Reino Unido e da China. A lei deixou de ter validade com a virada do ano, mas o Supremo Tribunal Federal estendeu a duração desta medida para 2021.
No entanto, ainda não foi feito nenhum pedido de autorização de uso no Brasil pela J&J. Por ter realizado os ensaios clínicos no país, a Janssen já utiliza o sistema de submissão contínua de dados implementado pela Anvisa, que permite o envio de documentos conforme eles ficam prontos, em vez de esperar para entregar tudo de uma vez ao fim dos estudos.
Segundo declarações da J&J no final de janeiro, sua vacina "Foi 66% eficaz na prevenção de infecções moderadas e graves de Covid, com infecções moderadas definidas como um teste de Covid positivo, mais um sintoma de doença grave (falta de ar, exame de tórax mostrando pneumonia) e dois outros sintomas leves, incluindo febre, calafrios, perda de paladar, ofato ou dores musculares."
Geraldo Brandão
Foto: Rafa Press