Mestres Navegantes Edição Bahia volume 2

Natura Musical e Governo da Bahia apresentam Mestres Navegantes Edição Bahia volume 2

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Foto: Samuel Macedo

O músico e pesquisador Betão Aguiar lança em 05 de junho o volume 2 de seu projeto Mestres Navegantes, edição Bahia. A expedição retornou ao estado entre 2017 e 2018, desta vez para a região metropolitana de Salvador e cidades do Recôncavo Baiano, a fim de desvendar e registrar mestres ligados ao Candomblé, à Capoeira e às Cheganças – recém-declaradas como patrimônios culturais imateriais do estado, em 2018. Além dos discos serão lançados dois mini-docs dedicados aos mestres Bule Bule e à Dona Cadu, nomes presentes no primeiro volume. O músico contou com as pesquisas do antropólogo e etnomusicólogo francês Xavier Vatin, ex-diretor da UFRB, Universidade Federal do Recôncavo Baiano, do contra-mestre Rosildo do Rosário e de Gabriela Barreto, capoeirista e diretora de cinema de Salvador (que assina junto com Betão a direção dos filmes dessa edição). Três peças fundamentais na interlocução desta teia ancestral afrobrasileira, extremamente rica, traduzida neste segundo volume dedicado à cultura baiana.

 

Para a realização desta coletânea, que inclui três discos de Candomblé (Ketu, Angola e Caboclo, Jêje Mahi e Nagô), dois de Capoeira (Angola 1 e Angola 2) e dois de Chegança (feminina e mista), o projeto reuniu 16 comunidades religiosas e mestres representantes da rica diversidade musical baiana. Com esses lançamentos, Mestres Navegantes soma agora 28 discos que reúnem mais de 500 faixas genuinamente populares das mais diversas origens e estilos, disponibilizadas gratuitamente nas plataformas digitais. O projeto tem patrocínio da Natura, através do Natura Musical, e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.

Para os registros das cantigas entoadas nos discos de Candomblé, cada terreiro escolheu um repertório específico de sua nação, fato que permitiu a constituição de um acervo documental amplo e raro, com obras nunca registradas até então. Segundo os realizadores, documentar o patrimônio musical do povo de santo da Bahia representa um ato de resistência contra a opressão secular vivida pelos negros e indígenas deste país, contra o racismo e a crescente intolerância religiosa. “Cada comunidade trouxe aquilo que possui de mais sagrado. Cantigas e toques que celebram orixás, voduns, inquices, encantados, caboclos e entidades afro indígenas, comprovando a riqueza e a diversidade musical do nosso povo. Cada uma das faixas deixa para a posteridade um patrimônio que retrata a ancestralidade e a vitalidade do universo da cultura popular brasileira”, diz Betão Aguiar.

Natural Musical – É a principal plataforma de patrocínio da marca Natura. Desde seu lançamento, em 2005, o programa investiu R$ 132 milhões no patrocínio de 418 projetos - entre CDs, DVDs, shows, livros, acervos digitais e filmes. Os trabalhos artísticos renovam o repertório musical do país e são reconhecidos em listas e premiações nacionais e internacionais. Em 2018, o edital do programa selecionou 50 projetos em todo o Brasil, entre artistas, bandas e coletivos, e estabeleceu parcerias com 10 festivais independentes de Norte a Sul do país. A plataforma digital do programa leva conteúdo inédito sobre música e comportamento para mais de meio milhão de seguidores nas redes sociais. Em São Paulo, a Casa Natura Musical se tornou uma vitrine permanente da música brasileira, com cerca de 100 shows para adultos e crianças ao longo de 2018.