VIVA MARIA: O pioneirismo de Bertha Lutz e a inovação do projeto Meninas na Ciência



Na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, nossa homenagem à bióloga, sufragista e ativista feminista Bertha Lutz, cuja trajetória de luta inspira as mulheres do Brasil pela redução das desigualdades.

 Esse é justamente o tema da 15ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia deste ano que, até o próximo domingo, 21 de outubro, estará nos chamando ao debate sobre a contribuição das ciências sociais e humanas na promoção da igualdade em nosso país.

A começar pela popularização da ciência que pode e deve ser usada como ferramenta para o alcance da melhoria de vida e do empoderamento da população em geral. Nesse contexto, Bertha Lutz, é exemplar. Filha de um cientista e uma enfermeira, se formou no curso de ciências da Universidade de Sorbonne, em Paris, em 1919.

Foi também a segunda mulher a se tornar funcionária pública no Brasil, ao ser aprovada em um concurso do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Especializada em anfíbios, Bertha Lutz foi professora por mais de 40 anos da instituição e também teve grande participação nos movimentos feministas no Brasil no início do século XX, como a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, que liderou a campanha pelo voto das mulheres no país, conquista alcançada em 1932. Não demorou muito ela própria assumiu o mandato de deputada federal.


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Como costuma dizer a professora e pesquisadora Hildete Pereira de Melo, do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense: “As meninas precisam ter exemplos”.

Junto à professora Ligia Rodrigues, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, Hildete, movida pelo desejo de fazer com que essas meninas não olhem para ciência como um mundo essencialmente masculino, é autora do estudo “Pioneiras da Ciência no Brasil”. Pioneirismo que inspira um dos destaques da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia a partir do projeto Meninas na Ciência em Brasília.

O repórter Victor Ribeiro da Rádio Nacional, conversou com a coordenadora do projeto, Luciana Massukado, sobre as mudanças que a experiência vivida pelas estudantes já provocou mudanças até mesmo no comportamento das meninas. Vamos ouvi-la.

Como Massukado, Victor Ribeiro entrevistou também a diretora do Departamento de Políticas e Programas para Inclusão Social do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Sônia da Costa, que destacou o papel do projeto no rompimento dos preconceitos que ainda afastam as mulheres de áreas ligadas à pesquisa tecnológica.

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Viva Maria: Programete que aborda assuntos ligados aos direitos das mulheres e outros aspectos da questão de gênero. É publicado de segunda a sexta-feira. Apresentação Mara Régia. Seg à Sex, 10:30 e 16:30 - Rádio Cabriola

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