Em Brasília, Marina Silva critica corrupção e defende reformas tributária e previdenciária






De acordo com presidenciável, o setor de construção civil é prejudicado por propinas e abandono de obras

A candidata à presidência pela Rede, Marina Silva, afirmou que a recuperação econômica do Brasil exige reformas e combate à corrupção no setor produtivo. As declarações foram dadas no evento “O futuro do Brasil na Visão dos Presidenciáveis”, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, nesta segunda-feira (6), em Brasília.
Para Marina, a corrupção é um dos maiores obstáculos para o setor produtivo no país. A ex-senadora criticou o pagamento de propinas, que podem, segundo ela, chegar a 5% do valor dos contratos.
"Além de criminosa e imoral, a corrupção introduz uma ineficiência enorme no setor de obras públicas no Brasil. Contratos em obras públicas que são aditivados de forma a desviar dinheiro para partidos políticos e agentes públicos, superfaturamento de obras, as obras que nunca deveriam ter sido começadas, as que são abandonadas sem razão aparente".
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A presidenciável também defendeu as reformas tributária e previdenciária, e afirmou que pretende criar o imposto sobre bens e serviços, com a união de cinco tributos: PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS.
"O Brasil é ainda um país demograficamente jovem, mas com gastos previdenciários de países demograficamente maduros. Igualmente imperativo é promover a reforma tributária para criar um ambiente favorável de negócios no país, e descentralização da autoridade para tributar, para que o dinheiro público seja gasto o mais perto possível de onde é arrecadado".
Marina também se posicionou sobre outros candidatos da corrida eleitoral. Ela criticou Jair Bolsonaro, afirmando que ele "não respeita a democracia e é saudoso da ditadura". Ainda segundo a presidenciável, o PT, o MDB e o PSDB não reconheceriam os problemas da corrupção.

Reportagem, Ana Luiza de Carvalho