Defendo a reforma da Previdência desde 2011, afirma Alckmin em sabatina






Tucano também criticou o número excessivo de partidos registrados no Congresso Nacional, mas defendeu alianças entre siglas

Geraldo Alckmin
Geraldo Alckmin, candidato à presidência da República pelo PSDB, participou nesta segunda-feira (6) de sabatina organizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC Brasil).
Durante o evento denominado “O futuro do Brasil na Visão dos Presidenciáveis”, em Brasília, Alckmin falou sobre as reformas e deu destaque para a que pretende mudar regras de aposentadoria. Disse que já era favorável à reforma da Previdência desde 2011, quando mudou as normas para os contribuintes no estado de São Paulo, na época em que era governador.
“Você tem aí, entre a Previdência Pública e a Previdência Estatal perto de R$ 260 bilhões de déficit da Previdência. Eu já fiz em São Paulo, já foi feito em 2011. A partir de 2013, todos os novos funcionários com uma regra igual para todos: teto do INSS, a partir daí, PREVCOM (Previdência Complementar), não mais benefícios definido, mas contribuição definida.”
O ex-governador de São Paulo falou sobre casos de corrupção que envolvem políticos brasileiros. À imprensa, ressaltou que a lei é para todos e que ninguém deve ser beneficiado ou injustiçado indevidamente.
“O que a sociedade quer é justiça. Quem cometeu ilícito, que pague por isso, seja responsabilizado e, quem não cometeu, seja inocentado. Nós fortalecemos instituições, não desacreditamos as instituições. As instituições são importantes, decisão judicial se respeita e a lei é para todo mundo.”
Relembrado que nas eleições de 2014 houve uma disputa presidencial polarizada entre PT e PSDB, Alckmin afirmou que, atualmente, todos os partidos estão fragilizados. Apesar de criticar o número excessivo de siglas registradas, o tucano ressaltou que as alianças partidárias são fundamentais.
“Nós acreditamos na democracia. São as democracias do mundo inteiro que melhoraram a vida do povo, que melhoraram a economia, melhoraram a qualidade de vida do povo. Agora, você precisa ter uma aliança para poder, vencendo a eleição, poder fazer as coisas, poder implementá-las.”
Geraldo Alckmin terá como vice na chapa a senadora Ana Amélia (PP-RS). Além do próprio PSDB e do PP, mais sete partidos fecharam apoio ao tucano: PTB, PSD, SD, PRB, DEM, PPS e PR.

Reportagem, Marquezan Araújo