Trump diz ver oportunidade para paz definitiva entre Israel e Palestina

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Trump conversa em Tel-Aviv pelo primeiro ministro israelense Benjamin NetanyahuMenahem Kahana/Pool/EPA/Agência Lusa



No seu primeiro dia de visita a Israel, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (22) ver uma “oportunidade rara” para celebrar a paz definitiva entre Israel e o Estado Palestino. Recebido em Tel-Aviv pelo primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu e pelo presidente do país, Reulen Rivlin, Trump acusou o governo do Irã de patrocinar o terrorismo e afirmou que Israel e os EUA se unem para dizer que o Irã não pode ter armas nucleares.

Trump fez as declarações durante a sua chegada, quando reafirmou a aliança histórica entre Israel e os EUA e defendeu um acordo de paz na região. “Temos diante de nós uma rara oportunidade para trazer segurança, estabilidade e paz para a região. Mas só podemos trabalhar em conjunto”, disse.

O presidente Reulen Rivlin, por sua vez, disse em declarações à imprensa que o destino de palestinos e judeus é  viverem juntos na “terra prometida”. “Precisamos trabalhar para construir a confiança para vivermos em paz”, afirmou.

Analistas entrevistados pela imprensa norte-americana, no entanto, têm sido céticos quanto à possibilidade de Trump mediar um acordo definitivo de paz entre Israel e Palestina. Ele terá reuniões privadas com líderes israelenses e com autoridades do Estado Palestino, mas não foi confirmado se vai ter um encontro conjunto com os dois lados.

Recado ao Irã

Trump aproveitou a ocasião para mandar uma mensagem ao presidente iraniano Hassan Rouhani, reeleito há dois dias, afirmando que o Irã patrocina o terrorismo. E mencionou o apoio financeiro iraniano a grupos radicais, como o grupo xiita Hezbollah, rebeldes no Iêmen,  milícias no Líbano e também o apoio dado pelo Irã ao presidente sírio Bashar Al-Assad na guerra da Síria.

“O Irã patrocina o terror e a violência [...], o mais importante é que os Estados Unidos e Israel estão aqui para declarar, em uma só voz, que o Irã não pode ter armas nucleares e deve parar de financiar o terrorismo”, afirmou.

Após cumprir a agenda em Tel-Aviv, Trump viajou em um helicóptero militar a Jerusalém, onde visitou o Santo Sepulcro ao lado de lideranças religiosas e foi até o Muro das Lamentações, onde deixou um pedido, como fazem os milhares de fiéis que visitam o local.

Longe da agenda oficial, o dia foi marcado por protestos anti-Trump em territórios palestinos e houve enfrentamentos entre rebeldes palestinos e soldados israelenses.

Trump fica em Israel até amanhã, quando deve partir para Roma.

Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil Edição: Augusto Queiroz