Mostra 'Mestres da Capoeira' fica em cartaz até março no Solar Ferrão *


A exposição ‘Mestres da Capoeira – Em Busca da Oralidade Perdida’, que está em cartaz na Galeria do Centro Cultural Solar Ferrão (Pelourinho), foi prorrogada até domingo (5). O projeto reúne relatos de nove dos mais importantes Mestres de Capoeira baianos, que resultaram em uma exposição interativa de registro das histórias e experiências vividas por eles e que vinha sendo transmitida pela oralidade e, portanto, com grande risco de perda. A mostra tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.

Todos os mestres foram entrevistados pessoalmente e, destes encontros, foram feitos vídeos, textos, fotos e reprodução de objetos pessoais relevantes para a narrativa de suas histórias. A mostra é composta ainda por registros de jornais e materiais de época, além de outros elementos coletados em que apresentam ao público esta perspectiva da história, por ora, restrita aos mestres que viveram as experiências.

De acordo com Lila Lopes, idealizadora e coordenadora do projeto, a mostra nasce da necessidade de eternizar conhecimentos fundamentais da história do povo brasileiro, que são as histórias guardadas nas memórias dos mestres da Capoeira, senhores desse misto de dança, música, luta, modalidade esportiva, filosofia de vida, componente fundamental na formação cultural e identitária nacional.

“Com o foco no resgate e perpetuação deste patrimônio imaterial, a exposição apresenta a história da Capoeira através do conhecimento de seus Mestres, passado de geração a geração, guardando e eternizando seus dizeres, sua música, sua dança e todas as peculiaridades desta arte plena que é a Capoeira. O projeto cria e pereniza registros históricos de relevância não só para os praticantes e apreciadores desta arte, mas também, para todos aqueles que se interessam, genuinamente, pela perspectiva histórica e de formação de nosso povo e cultura. Um triste fato reforçou ainda mais a motivação inicial dos idealizadores do projeto: o falecimento de Mestre Gigante, em maio deste ano, durante a primeira fase da exposição, no Forte da Capoeira”, explica Lopes.

Fonte: cultura.ba.gov.br