Combater o Aedes deve ser hábito automático assim como outros, diz Tombini

Aline Moraes – Correspondente da Agência Brasil/EBC Edição: Denise Griesinger



Brasília - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, participa do Dia de Mobilização Nacional contra o Mosquito Aedes aegypti, em Brazlândia, no Distrito Federal Marcelo Camargo/Agência Brasil


O Dia Nacional de Mobilização para o Combate ao Mosquito Aedes Aegypti no Distrito Federal começou cedo, na manhã deste sábado (13) em Brazlândia, região administrativa com maior incidência de dengue.

Os governos distrital e federal se uniram para fazer panfletagem de conscientização na residência dos moradores da cidade. Na primeira casa visitada, Ismael Lopes contou que sua mãe teve dengue no final do ano passado. "Não sei onde ela pegou, porque aqui em casa ela sempre cuida para não deixar água parada", disse o carregador, de 45 anos.

Representando o governo federal, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, comparou o hábito de procurar e eliminar criadouros do mosquito ao de usar o cinto de segurança. "Tem de virar um hábito automático, saudável, assim como outros hábitos",  disse.

No Distrito Federal, cerca de 18 mil pessoas, entre bombeiros, agentes de vigilância ambiental, Exército, Marinha e Aeronáutica vão visitar hoje casas e prédios e distribuir panfletos informativos.

O agente de vigilância ambiental Lourenço Pereira, que há 12 anos faz visitas a residências procurando focos do mosquito, disse que a população está mais consciente, mas muito lixo ainda é encontrado nas residências. "Muita gente guarda potes, garrafas, vidros, com a intenção de usar depois, mas aí mora o perigo".

PRINCESA, NÃO! 'Meninas Superpoderosas' voltam à TV contra o machismo

HuffPost Brasil  |  De Ana Beatriz Rosa



"Se você está procurando uma treta, a Docinho aqui pode saciar a sua vontade... de ser derrotado!", diz Docinho a um lenhador metido a machão.

É assim que o Cartoon Network anuncia o retorno do trio mais colorido, amado e poderoso da televisão: As Meninas Superpoderosas estão de volta às telinhas depois de dez anos.

Florzinha, Lindinha e Docinho não estão para brincadeiras. As meninas vão se envolver em novas aventuras pela cidade de Townsville e a primeira delas é contra o machismo, como se pode ver pela primeira cena divulgada da nova temporada.


O lenhador ~~ todo-poderoso~~ decide devolver as ~~raízes do macho~~ e acabar com o "carnaval hippie" na cidade. Docinho não assiste calada ao machão, que só faz se gabar da sua força, e logo decide detê-lo. Ao ver a atitude da menina, ele a chama de "princesa". Foi a gota d'água para a nossa Docinho mostrar para o que veio.

O retorno da animação foi anunciado ainda em 2014 e os novos episódios devem ser lançados em abril.

Estados Unidos querem ajudar a Europa diante da crise migratória

Da Agência Lusa Edição: Graça Adjuto


Os Estados Unidos querem ajudar a Europa a lidar com a crise migratória que representa uma ameaça “quase existencial” para o Continente Europeu, declarou hoje (13) o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.

“Os Estados Unidos compreendem a natureza ‘quase-existencial’ desta ameaça para a vida política e o tecido da vida [social] na Europa”, afirmou Kerry na Conferência de Segurança de Munique, de acordo com informação da agência France Presse.

O secretário norte-americano declarou ainda que os Estados Unidos têm “profundo interesse” em manter o Reino Unido na União Europeia.

Sobre as sanções impostas à Rússia pela crise ucraniana, John Kerry disse que elas devem ser mantidas, enquanto for necessário, enquanto alguns países europeus defendem a suspensão.

“Estou confiante de que a Europa e os Estados Unidos continuarão unidos tanto para a manutenção das sanções enquanto for necessário quanto para conceder a assistência necessária à Ucrânia”, afirmou Kerry na Conferência sobre Segurança.

Para o secretário, “as sanções não são um fim em si mesmas”. Ele lembrou que elas que foram impostas “em primeiro lugar para defender os direitos fundamentais da Ucrânia – a sua soberania e integridade territorial”.



Milícia Ansar Dine reivindica ataque a missão da ONU no Mali

Da Agência Lusa Edição: Denise Griesinger


A milícia Ansar Dine, do Mali, reivindicou, em comunicado divulgado pela agência mauritana Al Akhbar, a autoria do ataque contra a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) em Kidal, no Nordeste do Mali, nessa sexta-feira (12) à noite.

O grupo, dirigido pelo ex-chefe rebelde tuaregue Iyad Ag Ghaly, informou que “explodiu um veículo carregado de explosivos na base chamada Kandi, no coração de Kidal, sede dos franceses e da Minusma”, designação da missão da ONU, o que deixou dezenas de mortos.

Fontes militares e da ONU admitiram à agência France Presse a morte de seis capacetes azuis e a existência de dezenas de feridos em consequência do ataque.

Antes, um porta-voz do secretário-geral da ONU, Ban ki-moon, tinha informado a existência de 30 feridos.

Esses ataques “não enfraquecerão a determinação das Nações Unidas de apoiar o governo do Mali, as partes signatárias do acordo de paz e o povo nos seus esforços para alcançar a paz e uma estabilidade durável”, assegurou Ban Ki-moon, referindo-se ao acordo assinado em maio de 2015 pelo governo e a ex-rebelião tuaregue.



Estados Unidos liberam mais mísseis Patriot para a Coreia do Sul

Da Agência Lusa


Os Estados Unidos liberaram temporariamente mísseis Patriot adicionais para a Coreia do Sul, após o recente teste nuclear e o lançamento de um míssil de longo alcance pela Coreia do Norte, anunciaram hoje (13) as forças norte-americanas na Coreia.

A decisão é  tomada no momento em que os dois aliados planejam iniciar, na próxima semana, negociações sobre a instalação de um sistema de defesa antimíssil avançado, a que a China se opõe.

“Esse destacamento faz parte de um exercício de emergência conduzido em resposta às recentes provocações da Coreia do Norte”, afirmaram, em comunicado, as forças norte-americanas na Coreia do Sul.

Uma bateria de mísseis Patriot, localizados em Fort Bliss (estado do Texas) foi adicionada às duas já ativadas na Base Aérea de Osan, a 55 quilômetros de Seul, para realizar exercícios de defesa antimíssil.

Os Patriot, que podem superar velocidade de Mach 4 e alcançar altitude de 40 quilômetros, podem ser usados para interceptar os mísseis norte-coreanos KN-01 e KN-02, bem como os Hwasong e Rodong, de maior alcance e com capacidade para chegar praticamente a qualquer ponto da Coreia do Sul.

“O contínuo desenvolvimento norte-coreano de mísseis balísticos contra a vontade da comunidade internacional requer que a aliança [entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul] mantenha preparadas as suas defesas mísseis”, acrescenta o comunicado.

Nessa sexta-feira (12), o Pentágono declarou que a Coreia do Norte não tem capacidade tecnológica para cumprir o seu objetivo de lançar ataque com míssil nuclear contra os Estados Unidos.

A posição foi expressa em relatório entregue ao Congresso norte-americano, elaborado antes do quarto teste nuclear da Coreia do Norte, no mês passado, e do lançamento de um míssil de longo alcance, no início deste mês.

O míssil balístico intercontinental KN-08 da Coreia do Norte “seria provavelmente capaz” de atingir os Estados Unidos se fosse bem desenhado e desenvolvido, indica o relatório.

No entanto, o país não tem sido capaz de realizar voos de teste no sistema altamente complexo, e a sua "confiabilidade como sistema de armas é reduzida”


Primeiro-ministro francês alerta para novos ataques terroristas na Europa

Da Agência Lusa


O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse hoje ser uma “certeza” a ocorrência de mais ataques terroristas de “grande escala” na Europa. "Haverá ataques. Ataques de grande escala. É uma certeza. Este hiperterrorismo está para ficar", disse o governante na Conferência de Segurança de Munique, de acordo com a agência France Presse.

Na semana passada, em Paris, Valls afirmou que o nível de ameaça de ataques é agora "provavelmente" mais elevado do que antes dos ataques jihadistas de 13 de novembro.

"Entramos numa nova era caracterizada pela presença contínua de hiperterrorismo. Um hiperterrorismo localizado na confluência de um pseudomessianismo religioso e do uso do terror em massa", disse o primeiro-ministro na conferência chamada Davos da Segurança.

"Temos de estar plenamente conscientes e agir com grande força e grande clareza. Repito diante de vós, como digo aos meus concidadãos: nós mudamos o tempo", acrescentou durante mesa-redonda da qual participou também o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev.

Tal como o presidente francês, François Hollande, afirmou quinta-feira (11) à noite, Manuel Valls apelou à Rússia para que cesse a  ofensiva na Síria, que afeta a população civil.

"Digo, sem qualquer ambiguidade e com confiança, a Dmitry Medvedev: a França respeita a Rússia e os seus interesses, mas sabemos que para voltar ao caminho da paz e da discussão, o bombardeio da população civil tem de acabar ".

Quanto ao acordo alcançado em Munique entre os Estados Unidos, a Rússia e os seus principais aliados, para parar as hostilidades na Síria, Valls saudou a decisão, mas defendeu que sua concretização é urgente.

O primeiro-ministro francês reiterou mensagem sobre o risco de colapso do projeto europeu, tendo como pano de fundo a crise migratória e o risco de saída do Reino Unido da união dos 28.

"O projeto europeu pode mover-se para trás e pode até desaparecer se não tivermos cuidado", advertiu, acrescentando que o projeto “pode recuar perante o aumento do egoísmos e do populismo”.


Da Agência Lusa


Papa Francisco  chega ao MéxicoAlessandro di Meo/ Agência Lusa

O México saudou, nessa sexta-feira (12), o papa Francisco com a música mariachi (tradicional do país) e multidões de fiéis nas ruas, após o encontro do pontífice com o líder da igreja ortodoxa russa, Kiril, em Cuba.

O presidente Enrique Peña Nieto deu as boas-vindas a Francisco no aeroporto, enquanto uma banda mariachi tocava. O papa subiu  então para opapamóvel, de onde acenou à multidão na capital do segundo maior país católico do mundo.

“Francisco, irmão do povo mexicano!”, gritavam os fiéis nas ruas, estimados em 300 mil.

Antes de iniciar a visita de cinco dias ao México, o papa parou em Cuba para um encontro com o patriarca ortodoxo russo, o primeiro entre os primados da Igreja Católica e ortodoxa desde a dissidência religiosa de 1054.


Programação da Rádio Cabriola


Programetes:
  • História Hoje: Artista plástica Tomie Ohtake morreu há um ano;
  • Trocando em Miúdo: Entenda como funciona a transferência por TED;
  • Viva Maria: Programa comemora ampliação da licença-paternidade;
Notícias: 
  • Jérôme Valcke é suspenso por 12 anos do futebol;
  • Otávio Ladeira é confirmado Secretário do Tesouro Nacional;
  • OMS avalia que vacina contra zika deve ser testada em 18 meses;
  • Criminosos oferecem restituições em golpe do Imposto de Renda;





Zika: Honduras registra primeiro bebê com microcefalia associada ao vírus

Da Agência Lusa


Responsáveis por um hospital público hondurenho anunciaram hoje (12) que foi registrado o primeiro caso de um bebê com microcefalia associada ao vírus Zika em Honduras, país que contabiliza mais de 11.400 pessoas infetadas. O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Gonzalo Maradiaga, diretor do hospital Gabriela Alvarado, na cidade de Danlí (leste), disse à imprensa que o bebê nasceu de parto natural às 03:00 locais (09:00 TMG e Lisboa).

A mãe, de 23 anos, teve contacto com o vírus nos primeiros três meses de gestação e não se submeteu a qualquer controlo médico antes do parto.

A microcefalia é uma malformação congênita grave no bebê, que nasce com crânio e cérebro de tamanhos inferiores ao normal.


Papa diz que viagem a México e Cuba é "desafiadora"

Da Agência Ansa Brasil


O papa Francisco disse a jornalistas, no avião que acaba de pousar em Cuba e depois segue para o México, que se trata de uma "viagem desafiadora, muito apertada, mas muito querida". "Muito querida por meu irmão Cirilo I [líder da Igreja Ortodoxa Russa], por mim e também pelos mexicanos", acrescentou.

O Pontífice se encontrará com o patriarca de Moscou, após mil anos de cisma entre as ogrejas, em reunião histórica nesta tarde em Havana.

 Sobre a etapa mexicana do roteiro, ele disse que seu "desejo mais íntimo" é contemplar "Nossa Senhora de Guadalupe, aquele mistério que se estuda, se estuda, se estuda e não há explicações humanas. Mesmo o estudo mais científico diz: 'Isso é coisa de Deus'".

Durante a viagem aérea, Francisco aproveitou para enviar mensagens aos líderes de França, Espanha e Portugal.

"Lembro de todos vocês em minhas orações e invoco a cada um a bênção de Deus para a paz e alegria", dizem as mensagens enviadas ao presidente francês, François Hollande, ao rei de Espanha, Felipe VI, e o presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva.


BNDES seleciona 20 projetos para patrocínio cultural

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição: Luana Lourenço


Dezesseis eventos musicais e quatro literários, com início previsto entre março e agosto, foram selecionados para receber patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A informação foi divulgada hoje (12) pela instituição.

Os projetos selecionados passarão ainda por etapas de análise e contratação, nas quais serão definidos valor do patrocínio e contrapartidas necessárias, entre outros itens do edital, de acordo com a assessoria do banco.

Para os projetos de música, o patrocínio terá foco em instrumental e clássica. Entre os projetos contemplados nessa área, destaca-se a Brics Conductorless Symphony Orchestra, que é uma orquestra sem maestro, integrada por músicos de países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e que se revezam na liderança da banda.

Segundo o BNDES, o projeto é símbolo da cooperação entre os membros do bloco. O grupo já se apresentou em cidades como Moscou e Rio de Janeiro.

Também foram selecionados na área musical o 5º Festival de Música Barroca de Alcântara (MA), o 36º Festival Internacional de Música de Londrina (PR), a Programação Musical de Concertos e Operas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a Mostra Brasil Musical, entre outros projetos.

Na parte de literatura, terão patrocínio do BNDES neste período a 24ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo (SP), a Feira Literária da Periferia do Rio de Janeiro (FLUPP 2016), a 16ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto (SP) e a Bienal da Floresta e do Livro e Leitura (AC). Para o BNDES, esses eventos contribuem para a difusão do livro e da leitura e para o fomento da produção editorial nacional.

As inscrições para o próximo período da chamada pública de patrocínio serão iniciadas em abril, e vai contemplar projetos com início entre setembro deste ano e fevereiro de 2017.


Otávio Ladeira é confirmado secretário do Tesouro

Daniel Lima - Repórter da Agência Brasil Edição: Lana Cristina


Interino desde dezembro, Otávio Ladeira é confirmado secretário do Tesouro NacionalFabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil


Otávio Ladeira de Medeiros foi confirmado hoje (12) secretário do Tesouro Nacional pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

Interino no cargo desde dezembro, Ladeira é formado em economia pela Universidade de Brasília (UnB) e tem mestrado também em economia pela mesma universidade. Funcionário de carreira do Tesouro, ele é analista de finanças e controle.

Na Secretaria do Tesouro, ocupou vários cargos, dentre eles o de coordenador da Coordenação-Geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública (COGEP) e coordenador de Administração da Dívida Pública (Codip). Foi chefe da Divisão de Análise e Planejamento da Dívida Pública (Didip) e presidiu o Conselho Fiscal do Banco do Brasil.






Ela voltou: Três meses após derrota histórica, Ronda Rousey volta aos treinos

HuffPost Brasil  |  De Rafael Nardini



O nocaute no UFC 193 deixou Ronda Rousey inconsciente e a mandou para o hospital. "Fiquei triste para caralho", ela disse.

Por causa dos socos e chutes que levou, a atleta de 29 anos precisou passar por cirurgia e se recolheu.

Os golpes da adversária Holly Holm também foram fortes o suficiente para deixar Ronda impossibilitada de comer uma maçã.

Bem, como nos grandes filmes de luta e nas histórias reais de grandes lutadores, a maior lutadora de MMA da história - sim, porque uma derrota não destrói tão fácil uma influência tão grande no esporte - está de volta aos treinamentos.



O "furo" foi dado pelo TMZ, que conseguiu imagens da lutadora e seu treinador, Edmund Tarverdyan, na academia Glendale Fighting Club, em Los Angeles, nesta quinta-feira.

Desde que deixou o octógono derrotada, Ronda sempre deixou bastante clara a intenção de revanche. Dana White, presidente do UFC, atendeu prontamente.

Primeiro, agendando a defesa de cinturão de Holm contra Miesha Tate para 5 de março. E, depois, garantindo que Ronda enfrenta a vencedora no segundo semestre.

Ronda tem, então, alguns meses para voltar ao topo.

Brasileiros que têm bens no exterior devem declarar a partir da semana que vem

Kelly Oliveira – Repórter da Agência Edição: Denise Griesinger


O Banco Central (BC) começa a receber, a partir da próxima segunda-feira (15), a declaração anual da pesquisa de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) relativa ao ano de 2015.

Estão obrigadas a prestar as informações pessoas físicas e jurídicas residentes no país, que tinham, no exterior, ativos de valor igual ou superior ao equivalente a US$ 100 mil, em 31 de dezembro de 2015. A declaração deve ser entregue até 18h do dia 5 de abril de 2016.

O preenchimento da declaração é realizado via formulário eletrônico que estará disponível na página do BC na internet, a partir da semana que vem.

Segundo o BC, o objetivo primordial da declaração é estatístico, pois contribui para que se conheça, de forma ampla e detalhada, os ativos externos que residentes no Brasil têm, auxiliando análises e pesquisas macroeconômicas.


Mario Sergio Cortella: 'Todo preconceituoso é covarde. O ofendido precisa compreender isso'

Revista Claudia  |  De Patrícia Zaidan



O filósofo e doutor em educação Mario Sergio Cortella, 61 anos, começa a entrevista dizendo: "Hoje, o Boko Haram matou cem pessoas no norte de Camarões... Todo dia há notícias assim". O grupo fanático que ele menciona tenta fazer da Nigéria, vizinha de Camarões, uma república islâmica. E usa a barbárie para suplantar a marginalização política, econômica e social a que fora relegado pelos últimos governos. Essa facção sanguinária se tornou conhecida do público ao sequestrar 200 meninas nigerianas numa escola, em 2014. Muitas foram estupradas. Disputam o noticiário, as degolas de civis por outro bando de radicais, o Estado Islâmico e, ainda, os rescaldos do atentado ao semanário francês Charlie Hebdo, com a rejeição generalizada aos que professam o islamismo, a religião maometana que não prega o ódio muito menos a matança.

Dialogamos com o mestre que fez carreira na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo sobre esses eventos mundiais e sobre os problemas locais que causam angústia. Entre eles, a escassez de água e a falta de luz em São Paulo e outros estados, as balas perdidas no Rio de Janeiro - que, só no primeiro mês deste ano, fizeram 30 vítimas. Em um rápido olhar sobre o quadro atual, nota-se um mundo mais rabugento, intolerante, racista e dando mostras de falência de recursos naturais. Assim, a conversa é sobre nossa impotência diante dos fatos que nos oprimem e deixam a sensação de que não podemos fazer nada para mudá-los. "Mas não é para ficar deprimido com as coisas que nos perturbam", provoca o paranaense em seu escritório, na capital paulista. "É preciso lembrar que todas essas coisas são criações nossas, da humanidade. E devemos refletir sobre elas se quisermos um futuro mais equilibrado e saudável." Cortella lança neste mês Educação, Convivência e Ética: Audácia e Esperança! (Cortez), livro que, como suas palavras aqui, ajuda na travessia destes tempos difíceis.


Como o seu livro entra nesse panorama de inquietação e incerteza?

Ele fala em audácia e esperança, sobre a formação de valores e a recusa à fatalidade. Nosso tempo se caracteriza por coisas bem perturbadoras. Uma delas é o tsunami informacional. Há uma torrente cotidiana de eventos, que chegam de diferentes fontes e veículos, e nos preocupam para além das nossas possibilidades de agir. Temos ciência das coisas e nada podemos fazer, o que gera angústia e impotência. Até pouco tempo atrás, uma notícia ruim envolvia somente a sua comunidade imediata. Você ia lá prestar solidariedade ou saciar a curiosidade. Não é mais assim. No entanto, do ponto de vista da violência, é preciso lembrar que o mundo está muito menos violento que no século 20 e em toda história. Dados epidemiológicos e estudos sociais provam isso. O que ocorre é que somos mais notificados hoje, além de haver uma rejeição maior à violência.

Há episódios mais veiculados na mídia, e de uma forma que leva à comoção. O ataque aos chargistas do Charlie Hebdo, na França, impactou mais os brasileiros do que as notícias sobre as polícias militares terem matado 1,7 mil jovens negros no nosso país em 2013 ou sobre 30 feridos por balas perdidas no Rio só em janeiro. Por que a dor do vizinho não nos mobiliza tanto?

Ela me obrigaria a agir e tomar uma decisão ética. Torna-se fácil prestar solidariedade a um movimento social no Sudão ou ficar com pena de uma vítima de explosão no Iraque. É bem mais simples do que lidar com o menino acampado na porta do meu prédio.

Isso exigiria mais do que consciência tranquila por devotar compaixão ao povo do Sudão. Não é?

Exato. A realidade à minha porta me impeliria a uma ação. Não é qualquer adesão meramente virtual. Tem sido comum alguém postar, nas plataformas digitais, um convite para uma passeata. As pessoas dão um like, mas não vão lá. Pensam que participaram. Assim como se sentem engajadas ao assinar um manifesto qualquer ou comprar a camiseta escrita Je Suis Charlie. A transformação de atos em bits, a virtualização das coisas ocupa várias circunstâncias da vida. É importante, mas não resolve tudo. Madre Tereza de Calcutá tem esta frase imbatível, que captura o conteúdo da sua pergunta: "Difícil é amar o próximo. Amar quem está longe é muito fácil". A ideia do que seja o próximo é complexa. Temos a notícia sobre o que acontece no entorno de casa, mas não nos envolvemos. No fundo, isso também provoca certo desconforto. Embora esse mal-estar não afete a todos. Muitos, neste momento, estão mais preocupados com quem ficará na casa do Big Brother Brasil.

A sensação de desconforto atinge do mesmo modo os jovens e os mais velhos?

A minha geração tinha uma causa: acabar com a opressão. Dos 20 anos aos 30, sob a ditadura, queríamos democracia, liberdade de expressão e de culto, desejávamos escolher os próprios caminhos, uma sexualidade nada amarrada, uma conduta feminina que não fosse secundarizada. A geração atual não vive esses bloqueios nem tem grandes batalhas. A maior das batalhas hoje é a ambiental. Mas não interessa tanto aos novos, porque a minha geração não erotizou a ecologia. Conseguimos erotizar um jeans, um carro, uma balada, uma cerveja... Mas não a causa do meio ambiente. Ela não se tornou um desejo.

Por que a juventude não se preocupa com o fim dos recursos naturais?

Eles deveriam pensar nisso. Mas é uma causa abstrata. Ninguém via o problema da água até poucos meses atrás. Agora temos que tomar providências. A ecologia fala de algo que ao jovem não interessa, que é o futuro. Essa não é uma má geração, ao contrário, tem censo de urgência, é criativa e disponível para uma série de interfaces. Mas vive o dia como se fosse o único. Por quê? Os mais velhos disseram a eles: "Vocês não terão futuro, não haverá emprego, ar puro, segurança". Os pais também vivem repetindo que os filhos não tiveram infância, não souberam brincar e subir em árvores, como eles. Ora, quem acredita que não tem futuro nem teve passado só enxerga a alternativa de viver o presente até o esgotamento. "Aproveite o dia", é o lema atual. Grandes causas, como o fim da homofobia e da violência doméstica, demoram. Leva-se tempo para conquistá-las.

Em um bairro paulistano, moradores fizeram refém um funcionário da Eletropaulo. Disseram que ele só sairia dali se a luz voltasse. Em um condomínio, também da capital paulista, moradores andam pondo o ouvido na parede para fiscalizar quanto tempo demora o banho do vizinho, quantas vezes ele dá descarga ou lava a roupa. Isso pode gerar truculência? Acirra os ânimos e cria um clima de desconfiança? Ou é aceitável?

No caso do refém, é um esgotamento de paciência. O usuário diz à empresa, ali representada pelo funcionário: "Não aguento mais ficar no escuro. Não posso ouvir a mensagem gravada informando que o serviço será prestado em seis horas, depois em oito e, mais tarde, em dez horas". O cidadão já foi enganado demais. A atitude é perfeitamente compreensível, embora possa caracterizar até cárcere privado. Quanto ao controle do banho, penso que a escassez deve se tornar um tema coletivo. Falta de água é grave. Isso é que acirra os ânimos. Num transatlântico, se a terceira classe afundar, a primeira afunda junto. Tomar conta do vizinho é o primeiro passo para organizar uma reação conjunta à falta de água. Se um denuncia o outro por desperdício - e deve haver multa para isso -, não está sendo dedo-duro, mas cuidando do bem de todos. A medida não pode, porém, se tornar uma atividade persecutória, na qual alguém assume uma autoridade que não tem e passa a fazer daquilo uma cruzada. Seria perigoso.

Os autores das ações radicais, no terrorismo, têm entre 20 e 30 anos. Eram crianças no atentado às Torres Gêmeas, em 2001, e, de lá para cá, enfrentaram preconceito e islamofobia. Viram os muçulmanos se tornarem mal recebidos no mundo, com dificuldade de entrar em diferentes países e as mulheres serem proibidas de usar o véu nas escolas. Outro dado: na França, 70% dos presos são muçulmanos. A maioria morava na periferia e, sem estudo e trabalho, cometeu pequenos ou médios delitos. O Estado falhou com eles. Qual é a sua análise sobre as duas coisas?

Não estão presos por serem muçulmanos, e sim porque são estrangeiros pobres, de uma minoria excluída, encostados nas bordas das grandes cidades da Europa. A cadeia deve estar cheia de indígenas, em Dourados (MS); de mexicanos, na fronteira com a Califórnia, nos Estados Unidos; e de sem-terra em áreas de conflito agrário no Brasil. O problema é a exclusão. O jovem muçulmano na França é muito assemelhado ao da periferia das nossas grandes cidades. A arma na mão, no nosso país, é respeito e dinheiro imediato. Na França, é o terror que oferece reconhecimento a esses meninos. Alguns islâmicos entendem o suicídio (caso do homem-bomba) como martírio. Esses jovens se dão importância desse jeito. O propósito dá sentido à vida. De certo modo, eles se ressentem do preconceito no mundo todo, não só na Europa. O véu é problema aqui também. Em Foz do Iguaçu (PR), quem estiver com ele não tira carteira de motorista. A rejeição, porém, não é de natureza religiosa. Uma muçulmana da elite usa o véu onde quiser e é até imitada. Outra coisa é a falta de trabalho para os garotos. Na Arábia Saudita, por exemplo, a economia é restrita ao petróleo, não tem indústria, comércio. Eles vão para o Exército ou cedem ao apelo de psicopatas que recrutam para o terrorismo. Mas eu não tenho uma visão catastrófica do mundo atual. Há muito mais estados com democracia do que antes. Na ausência dela, coloca-se um nível de vitamina mais elevado no terror, caso do Irã e do Iraque, em comparação com a França.

Na democracia, a liberdade de imprensa é imprescindível. Debates após o atentado ao Charlie se deram em torno do limite do direito de expressão. Pode-se ser livre e causar dor no outro?

Não deve haver limite para a liberdade de expressão. E ela não causa dor. Ali ocorreu um excesso de sensibilidade. Quando eu era menino, meu pai dizia: "Se te xingarem na rua e você for aquilo, então não é xingamento, é verdade. E, se você não for, não é contigo". Logo, se tenho uma religião e alguém tripudia com meus símbolos, não levo em conta. Não tem a ver comigo, mas com quem fez a piada. Pena dele. A grande encrenca do fanatismo é tomar como ofensa a postura do outro. Se quer ser imbecil, seja. Eu não assinaria o Charlie Hebdo. Aquela escatologia não interessa mais. O humor inteligente está na base da recusa ao preconceito. Algo como: "Não ria de mim, ria comigo".

As pessoas estão agressivas na internet. Ali, há todo tipo de insulto, o que abala os ofendidos. Reagir ao preconceito, dessa forma, não parece tão simples.

Todo preconceituoso é covarde. O ofendido precisa compreender isso. O preconceito tem duas fontes: a covardia e a tolice. O intolerante em relação a etnia, cor da pele, orientação sexual, religião e extrato econômico tem medo de ser o que é. Ele só se eleva quando rebaixa o outro. Necessita ver que o outro não serve e não presta para ele poder valer alguma coisa. É um fraco que teme aquele que não é igual e se sente ameaçado por ele. Além disso, ser preconceituoso é ser burro e tonto.

Hoje, há passeata para tudo. O psicanalista Contardo Calligaris escreveu que levar crianças a uma manifestação de rua parece perigoso. Mas não levar o filho é mais perigoso para o seu futuro e o seu espírito. Eles devem participar?

O omisso é cúmplice. Os pais que escondem do filho temas importantes estão furtando dele a completude na formação - e tendem a fazer da criança uma vítima de um sistema que pode ser maléfico. A família deve discutir temas sociais, sim. Se ela decide não ir à rua, deve explicar o porquê. Há pais que dizem: "Não me meto em política". Ao agir assim, já se meteram. Isso é nocivo.

Quando símbolos fortes, que serviam de balizadores para a sociedade, se enfraquecem, aumenta a sensação de impotência. Exemplos: a Universidade de São Paulo (USP) vive uma crise financeira e científica e também moral, por ter abrigado o estupro de alunas por colegas sem que isso fosse apurado. A maior empresa pública, a Petrobras, está envolvida em escândalos e corrupção. Por que isso mina nossas forças?

Mexe com a gente porque são nossos símbolos de poder. Mas estão surgindo outros ícones, como comunidades que se conectam em blogs para cooperar; dentistas que se juntam para atender sem cobrar; instituições como Doutores da Alegria, que vão brincar com crianças em hospitais. Conheço desembargadores, em São Paulo, que saem do tribunal, colocam o nariz de palhaço e vão entreter doentes. São novos marcadores.

O que é preciso fazer para entender este momento da humanidade que vivemos?

Os chineses acham que devemos lidar com a história e não com o momento. Você só compreende o hoje se olha a história no seu desenvolvimento. É bom recordar o que falavam as avós: "Não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe". Portanto, nada de desespero. Problemas agudos se dissolvem no tempo. Os efeitos colaterais não são insuperáveis; podemos lidar com eles. É bom lembrar que devemos ter cuidado num mundo multifacetado, multicultural e multidiverso. Por isso, não podemos nos fechar em grupos exclusivos - só católicos, só gays, só muçulmanos -, o que leva à política do gueto e dilui a ideia de humanidade. Acabar com hinos nacionais também seria bom. Em geral, dizem: "Pega, esfola, estripa, arranca, mete a espada". Temos de enxergar uma sociedade global e interconectada. Não pelo digital e pelo econômico somente, mas pela antropologia. Ou seja, pela convivência humana. E que cada um seja capaz de olhar o outro como o outro, não como o estranho. Homens e mulheres são diferentes, não desiguais. Brancos e negros são diferentes, mas devem ter os mesmos direitos.

O papa Francisco tem opinado em conflitos entre judeus e árabes, entre nações fortes e sociedades pobres, sempre na defesa da paz e da autonomia política dos povos. Repudia o terrorismo, mas critica o insulto à fé. Denuncia que o mundo é machista com as mulheres e prega respeito aos gays. Até provocou com a frase: "Sejamos revolucionários". Muitos dizem que é o maior estadista do momento. Concorda?

Ele cumpre uma grande tarefa. Traz à tona questões difíceis. Não mexerá na doutrina, mas no campo da moral. Ele prega o acolhimento dos excluídos. Diz "Seja revolucionário" no limite que o cristianismo romano entende como revolução. A inspiração em Jesus ou São Francisco de Assis é boa para os jovens. O papa é uma expressão de alegria. Trata temas sérios de modo leve, não é carrancudo, não olha de cima. Assumiu o papel de defesa da paz onde há conflito. Ele me faz lembrar Benedito Spinoza, filósofo judeu que propõe a ética da alegria. É algo que precisa entrar na nossa rotina. Não quer dizer que a sociedade deva seguir no vício do hedonismo, buscar o prazer em tudo o que faz, seguir na lógica de que a vida é uma festa e não requer esforço. Isso degrada nossa capacidade, que deixa de construir algo um pouco mais forte.

Comissão Europeia espera implementação de cessar-fogo na Síria

Da Agência Lusa



A porta-voz para os Negócios Estrangeiros da Comissão Europeia, Maja Kocijancic, espera o compromisso de cessar-fogo na Síria seja implementado e lembrou que o assunto estará na agenda da reunião de ministros de segunda-feira (15).

“O que esperamos é que o compromisso seja implementado” disse hoje (12), em coletiva de imprensa diária da comissão, adiantando que as decisões tomadas em Munique, na Alemanha, estão “em linha com a posição da União Europeia (UE)”.

Os principais atores do conflito sírio chegaram a um acordo, ontem à noite, para cessar as hostilidades na Síria, em prazo de uma semana, e um acesso intensificado dos civis à ajuda humanitária.

“Acordamos cessar as hostilidades em todo o país no prazo de uma semana”, disse o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, em Munique. O acesso à ajuda humanitária vai ser ampliado a uma série de cidades.

Os ministros dos negócios estrangeiros de países envolvidos no conflito da Síria se reuniram na tentativa de impulsionar o processo de paz no país que, até agora, tem falhado no objetivo de suspender a guerra que dura há cinco anos e que já matou mais de 260 mil pessoas e obrigou milhões a deixarem as suas casas.

Na segunda-feira, o conselho de Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), vai debater, além da Síria, a diplomacia do clima, a Moldova e a Bielorrússia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Líbano, Gebran Bassil, será o convidado do almoço de trabalho, durante o qual será debatida a situação regional e as várias componentes do apoio da UE ao país.


Cuba reforça vigilância epidemiológica em aeroportos e portos por causa do Zika

Da Agência Lusa Edição: Graça Adjuto



O governo cubano reforçou a vigilância epidemiológica em 24 pontos de suas fronteiras com o objetivo de detectar possíveis infectados com o vírus Zika, apesar de não ter registrado qualquer caso até agora, informa hoje (12) a televisão estatal.

Em dez aeroportos e em 14 portos e marinas internacionais haverá controle de temperatura dos viajantes. Cada pessoa que chegar ao país será interrogada e terá que preencher um formulário.

A Organização Mundial da Saúde declarou, no dia 1º de fevereiro, emergência de saúde internacional devido à possível relação entre os casos de microcefalia em recém-nascidos registrados no Brasil com o vírus Zika, apesar de declarar que essa ligação ainda não foi provada cientificamente.

O Brasil é o país mais atingido no mundo pela epidemia de Zika, com 1,5 milhão de doentes e três mortes confirmadas, seguindo-se a Colômbia, com 22.600 casos.


Austrália confirma segundo caso de grávida com o vírus Zika no país

Da Agência Lusa


Um teste para detetar o vírus Zika acusou positivo para uma mulher grávida do estado de Victoria, no Sul da Austrália, sendo o segundo caso no país, informaram fontes oficiais australianas.

A ministra regional da Saúde de Victoria, Jill Hennesy, disse que a mulher – diagnosticada com Zika esta semana, depois de regressar ao país de uma viagem – não representa um risco para a saúde pública.

“O meu ministério fará absolutamente todo o possível para nos assegurar que essa mulher receba todo o apoio e o cuidado necessários durante esse período difícil”, declarou Hennesy numa conferência de imprensa.

A este caso de Zika acrescenta-se outros três detetados este ano no estado de Queensland, no Noroeste da Austrália, entre os quais uma mulher grávida.

A ministra recomendou à população, “especialmente às grávidas, a não viajar para os países afetados pelo surto de Zika”. "O vírus do Zika não está presente nos mosquitos da Austrália", acrescentou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, no início de fevereiro, emergência de saúde internacional devido à possível relação entre os casos de microcefalia em recém-nascidos registados no Brasil com o vírus Zika, apesar de declarar que a ligação ainda não foi provada cientificamente.

Transmitido pela picada de mosquitos Aedes aegypti, o Brasil é o país mais atingido no mundo pela epidemia de Zika, com 1,5 milhão de doentes e três mortes confirmadas, seguido da Colômbia (22,6 mil casos).


Zika: ensaios clínicos com vacinas demorarão pelo menos 18 meses, diz OMS

Da Agência Lusa



A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou hoje (12) que uma vacina para o vírus Zika, que pode estar relacionado com casos de microcefalia e problemas neurológicas, não vai estar disponível para ensaios clínicos antes dos próximos 18 meses.

“Apesar do cenário encorajador, as vacinas vão demorar pelo menos 18 meses para poderem estar prontas para um ensaio [clínico] em larga escala”, disse Marie-Paule Kieny, vice-diretora da OMS encarregada do departamento de Sistemas de Saúde e Inovação.

A vice-diretora acrescentou ainda que a organização identificou 15 companhias que trabalham no desenvolvimento de uma vacina para o Zika.

A Organização Mundial de Saúde declarou, no início de  fevereiro, emergência de saúde internacional devido à possível relação entre os casos de microcefalia em recém-nascidos registados no Brasil com o vírus Zika, apesar de declarar que esta ligação ainda não foi provada cientificamente.

Transmitido pela picada de mosquitos Aedes aegypti, o Brasil é o país mais atingido no mundo pela epidemia de Zika, com 1,5 milhão de doentes e três mortes confirmadas, seguido da Colômbia (22,6 mil casos).

Conferência de Segurança de Munique debate crise de refugiados e guerra na Síria

Da Agência Lusa Edição: Denise Griesinger


A edição deste ano da Conferência de Segurança de Munique começa hoje (12), com a política externa e a segurança no centro dos debates.

Durante três dias, centenas de autoridades de política internacional, incluindo chefes de Estado e de Governo, ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, se reúnem na 52.ª edição da conferência, presidida pelo diplomata alemão Wolfgang Ischinger.

Sob o lema Crise Sem Limite, Capacidades Limitadas - a Fragilidade da Ordem Internacional, o encontro vai discutir, entre outros temas, a resposta da Europa à crise dos refugiados, a guerra na Síria e o futuro da ordem de segurança europeia. A estabilidade na África Subsaariana e o controlo de armas no espaço cibernético são outros temas da agenda.

Entre os participantes estão o rei da Jordânia, Abdullah II, os presidentes da Polônia, Andrzej Duda, e da Ucrânia, Petro Poroshenko, os primeiros-ministros da Rússia, Dmitri Medvedev, e do Iraque, Haider Al-Abadi, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov.


Síria terá uma semana para negociar fim de combates

Da Sputnik

Secretário de Estado Norte-americano John Kerry (ao centro), ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov (à esquerda) e enviado especial da ONU, Staffan de Mistura (à direita), se reuniram em Munique para discutir o fim da guerra na SíriaSven Hoppe/Agência Lusa


O encontro do grupo internacional de assistência à Síria em Munique, nesta quinta-feira (11), resultou em acordo sobre a necessidade de entrega de cargas humanitárias para o país no prazo de uma semana, bem como de determinar as possibilidades de cessar-fogo na república árabe.

O encontro do grupo internacional de assistência à Síria na capital da Bavária durou muitas horas. No final da reunião, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) na Síria, Stefan de Mistura, participaram de coletiva de imprensa. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, conversou com jornalistas em separado. O mais breve possível, dois grupos de trabalho iniciarão suas atividades: um será dedicado às questões de cessar-fogo, e outro aos assuntos humanitários.

Steinmeier informou que o encontro em Munique resultou em um acordo sobre início imediato dos esforços voltados para reduzir a violência na Síria e que, em uma semana, os combates devem ser encerrados. “Quando falamos no fim de combates, entendemos os combates entre o regime, de um lado, e partes da oposição, por outro”, destacou a autoridade alemã.

O ministro frisou que o Estado Islâmico e a Frente Al Nusra não serão contemplados por essa pausa, pois não deve ser dada a esses grupos a possibilidade de aumentar a influência na Síria.

Sergei Lavrov informou que os países do grupo de assistência à Síria concordaram em, no prazo de uma semana, preparar um estudo de modos para cessar-fogo na república árabe. “Neste tempo, o governo da Síria e os grupos de oposição poderão tomar medidas necessárias para se preparar o fim dos combates. Os modos [de cessar-fogo] serão preparados por um grupo de trabalho, sob a supervisão da Rússia e dos EUA.”

Após a reunião em Munique, Lavrov manifestou a necessidade de aprimorar os contatos entre os militares russos e norte-americanos na Síria. Segundo o ministro, o documento conjunto da reunião contempla, pela primeira vez, a coordenação militar na Síria, o que é muito bem-vindo pela Rússia. “Devo destacar que, pela primeira vez durante o nosso trabalho conjunto, o documento aprovado hoje determina a necessidade de cooperação e coordenação não só em assuntos políticos e humanitários, mas também na dimensão militar da crise síria. É uma mudança qualitativa de abordagem que nós saudamos. Sempre defendemos isso.”

O ministro russo destacou que, apesar dos planos de cessar os combates, a Rússia, bem como a coalizão liderada pelos Estados Unidos, seguirão combatendo os grupos terroristas Estado Islâmico e Frente Al Nusra na Síria.


Venezuela confirma três mortes por complicações ligadas ao Zika

Da Agência Lusa Edição: Graça Adjuto


Três pessoas morreram na Venezuela por complicações de saúde ligadas ao vírus Zika, informou nessa quinta-feira (11) o presidente Nicolás Maduro. Em declarações à televisão estatal, Maduro disse que há 319 casos confirmados no país. “Infelizmente tivemos três mortes por Zika em todo o país”, afirmou.

As autoridades sanitárias suspeitam que o Zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, seja a causa de numerosos casos de deformações congênitas em bebês cujas mães foram contaminadas durante a gravidez.

O Brasil é atualmente o país mais atingido no mundo pela epidemia de Zika, com 1,5 milhão de doentes e três mortes confirmadas, seguindo-se a Colômbia, com 22.600 casos.

No dia 1º de fevereiro, a Organização Mundial da Saúde considerou que o recente aumento de casos de microcefalia e de desordens neurológicas em bebês na América Latina constitui emergência de saúde pública de alcance internacional e que há forte suspeita de que o aumento dos casos seja causado pelo vírus Zika.

A microcefalia é um distúrbio de desenvolvimento fetal que resulta em um perímetro do crânio abaixo do normal, com consequências no desenvolvimento do bebê.

O vírus Zika também é suspeito de causar a síndrome neurológica de Guillain-Barré, que pode causar paralisia definitiva.


Hillary ataca rival em debate do Partido Democrata

José Romildo - Correspondente da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto


Na corrida para disputar a presidência dos Estados Unidos, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton disse duvidar da proposta de seu rival Bernie Sanders visando a tornar gratuito o atendimento médico em hospitais e o pagamento de matrícula em universidades norte-americanas. “Não devemos fazer promessas que não podem ser cumpridas”, afirmou.

Hillary e Sanders lutam para ser indicados pelo Partido Democrata para concorrer às eleições dos Estados Unidos, que serão realizadas em novembro.

Em seu primeiro debate na TV, ontem (11), depois que foi derrotada nas prévias eleitorais por uma diferença de mais de 20 pontos percentuais, Hillary Clinton tentou recuperar a preferência do eleitorado. Uma de suas táticas foi desacreditar Bernie Sanders, que se proclama socialista democrático.

Sanders respondeu que sua proposta é estabelecer novos impostos para os ricos e o sistema financeiro de Wall Street. Segundo ele, esses novos impostos tornariam viável a gratuidade do atendimento médico e da educação superior no país.

A campanha de Hillary tenta montar um discurso dirigido para negros, latinos e mulheres a fim de enfrentas os próximos desafios eleitorais, na Carolina do Sul e em Nevada, onde existem populações maiores e mais diversificados.

Para os organizadores da campanha de Hillary, Sanders foi beneficiado nas etapas anteriores, em Iowa e New Hampshire, estados rurais e com população majoritariamente branca. Os discursos de Hillary, de amplo apelo social, não têm efeito que possa fazer diferença sobre os eleitores desses estados.

O desempenho de Sanders em New Hampshire rendeu ao candidato ampla cobertura da mídia e uma arrecadação extra de US$ 6 milhões em contribuições online apenas no período de um dia após ter derrotado Hillary.

No debate de ontem, porém, os dois candidatos coincidiram em suas opiniões sobre a questão da imigração nos Estados Unidos. Sanders renovou seu pedido para uma revisão abrangente das leis de imigração. Segundo ele, esse é o caminho da “cidadania para 11 milhões de pessoas em situação irregular no país”. Hillary se comprometeu a buscar novas oportunidades para os imigrantes e menor desigualdade para a população pobre.


EUA dizem que Estado Islâmico utilizou armas químicas no Iraque e na Síria

Da Agência Lusa


O grupo extremista Estado Islâmico utilizou várias vezes armas químicas no campo de batalha e consegue fabricar pequenas quantidades de cloro e gás mostarda, denunciou hoje o diretor da CIA (a agência de inteligência dos Estados Unidos), John Brennan.

“Houve um certo número de vezes em que o grupo extremista Estado Islâmico utilizou armas químicas no campo de batalha” e a “CIA acha que o grupo tem capacidade de fabricar pequenas quantidades de cloro e gás mostarda”, afirmou em entrevista à estação televisiva CBS.

Brennan também avisou para a possibilidade do grupo tentar vender armas para o Ocidente para obter ganhos financeiros. “Acho que há esse potencial. É por isso que é tão importante cortar as rotas de transporte e de contrabando que usam”, disse.

Quando questionado sobre se havia “ativos norte-americano no terreno” à procura de possíveis esconderijos de armas químicas ou laboratório, Brennan respondeu que a CIA está “ativamente envolvida nos esforços para destruir o grupo Estado Islâmico e obter o máximo conhecimento sobre o que existe na Síria e no Iraque”.

A entrevista de Brennan ocorre dois dias depois de comentários semelhantes feitos pelo conselheiro do Presidente norte-americano para assuntos de informações, relacionados com a segurança nacional, James Clapper, a uma comissão do congresso.

“O Estado Islâmico usou produtos químicos e tóxicos no Iraque e na Síria, incluindo gás mostarda”, afirmou terça-feira (9) James Clapper. Clapper informou também que é a primeira vez que um grupo extremista produziu e usou um agente de guerra químico desde o ataque com gás sarin no metro de Tóquio, em 1995.

Grandes potências fecham acordo para “cessar hostilidades” na Síria

Da Agência Lusa Edição: Graça Adjuto


Os principais atores do conflito sírio chegaram a um acordo na noite desta quinta-feira (11) para “cessar as hostilidades” na Síria dentro de uma semana e garantir acesso intensificado dos civis à ajuda humanitária.

O acordo assinado também vai garantir acesso intensificado dos civis sírios à ajuda humanitária Sven Hoppe/EPA/Agência Lusa

“Acordamos uma cessação das hostilidades em todo o país no prazo de uma semana”, disse o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, durante uma conferência de imprensa. Não haverá cessar-fogo contra o grupo terrorista Estado Islâmico.

O acesso à ajuda humanitária será ampliado a uma série de cidades, segundo Kerry.

Os EUA e a Federação Russa vão controlar as “modalidades” de concretização da paralisação das hostilidades, acrescentou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.

A paralisação das hostilidades envolve todos os grupos armados, exceto “os grupos terroristas Estado Islâmico e Al-Qaida”, especificou Kerry.

“Também decidimos acelerar e alargar o fornecimento de ajuda humanitária desde agora” a uma série de cidades cercadas, acrescentou o norte-americano, mencionando, entre outras, Deir Ezzor, na Região Leste da Síria, que está sitiada pelo Estado Islâmico.

Um grupo de trabalho dirigido pela Organização da Nações Unidas vai reunir-se hoje em Genebra, para realizar a vertente humanitária, que prestará contas semanalmente.

As negociações intersírias, suspensas no início de fevereiro, devido a uma ofensiva do regime, apoiado pela aviação russa, contra os rebeldes, devem “recomeçar assim que possível”, acrescentou Kerry. Segundo Lavrov, estas negociações devem ocorrer “sem ultimatos nem pré-condições”.






Governo quer que mobilização contra Zika tenha repercussão em todo o país

Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil Edição: Jorge Wamburg


O governo federal quer fazer com que a mobilização nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti, no próximo sábado (13), seja também uma “medida de impacto” e tenha repercussão em todo o país. O objetivo é fazer com que a sociedade se sensibilize com o tema e ajude a eliminar os criadouros do inseto transmissor do vírus Zika.

Após coordenar, hoje (11), mais um encontro preparatório para o chamado Dia da Faxina, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, ligou para o vice-presidente Michel Temer, convidando-o a participar das mobilizações. Desde a semana passada, todos os ministros do governo foram convocados pela presidenta Dilma Rousseff para viajar a capitais e cidades de grande porte.

Após o telefonema de Wagner, ficou decidido que Temer vai para Curitiba. Mais de quinze ministros participaram do encontro no Palácio do Planalto, além de secretários e representantes de órgãos federais. Durante a reunião, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, disse que o governo vai precisar da ajuda das equipes dos ministérios para que a visita de conscientização dos cerca de 220 mil militares a mais de 300 municípios seja também uma “ação de comunicação”.

As autoridades foram informadas de que os materiais impressos estarão prontos até esta sexta-feira (12) e que chegarão a todos os cantos do país por meio dos Correios. Edinho Silva também pediu aos ministros que dêem entrevistas durante as vistorias para que a ação seja veiculada na imprensa.

De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, o ato será “simbólico”. Além da distribuição de panfletos, porém, os membros do primeiro escalão do governo poderão visitar  casas ao lado dos governadores dos estados, de prefeitos e de agentes de combate às endemias. Castro disse que a estimativa da Organização Mundial da Saúde é de que quatro milhões de pessoas estejam contaminadas pelo Zika em todos os países das Américas, com exceção do Canadá e do Chile, que têm climas mais frios.

“A recomendação é que a gente visite algumas residências e demostre o interesse da gente de fazer o trabalho, para ficar como exemplo. Mas é importante também que a gente visite hospitais e as salas de coordenação e controle nos estados”, afirmouo ministro, em entrevista a jornalistas após o encontro. Segundo Marcelo Castro, o governo quer que, a partir da mobilização, cada pessoa faça o “sábado da faxina” com o intuito de, semanalmente, verificar os possíveis focos do mosquito e destrui-los.

Para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, é importante que os próprios ministros batam de “porta em porta” e busquem conscientizar a população sobre os riscos da epidemia. Marcelo Castro informou que, além dos militares, a ação vai contar com a presença de 46 mil agentes de combate às endemias, mais de 266 mil agentes comunitários de saúde, além de governadores, forças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Mais cedo, ao detalhar a ação, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, lembrou que milhares de militares estão sendo treinados para a aplicação de produtos químicos para matar o Aedes aegypti, preparando-se para atuarem em etapas posteriores à mobilização deste sábado.


Ataques em Paris: Casa de shows Bataclan voltará a funcionar ainda em 2016, dizem proprietários

HuffPost Brasil



Os proprietários do Bataclan, em Paris, onde 89 pessoas foram mortas em um ataque terrorista em novembro do ano passado, anunciaram que a casa irá reabrir para shows até o final deste ano.

Em um comunicado divulgado na quarta-feira (10), os proprietários do clube afirmaram: "vamos fazer o nosso melhor para acolher eventos antes do final de 2016."

Localizado no 11º arrondissement, o Bataclan é um prédio histórico inspirado na arquitetura chinesa. Inaugurado em 1865, seu nome deriva de Ba-ta-clan, uma opereta de temática oriental de Jacques Offenbach.

O Bataclan já foi palco de milhares de artistas nacionais e internacionais, e é uma referência na noite parisiense.

Na noite de 13 de novembro de 2015, militantes do Estado Islâmico fizeram mais de cem reféns dentro da casa durante o show da banda americana Eagles of Death Metal. Armados com fuzis, eles mataram 89 pessoas no local em uma ação coordenada que deixou, ao todo, 130 mortos na cidade de Paris.

O cinema e a literatura podem dar aquela valorizada nas nossas vidas comuns

HuffPost Brasil  |  De Amanda Mont'Alvão Veloso



Uma vida ordinária, comum, seria desinteressante?

O cinema e a literatura, de maneira bastante delicada, nos mostram que é bem o contrário disso.

Na comédia romântica Questão de Tempo (About Time, 2013), o personagem de Domhnall Gleeson descobre que herdou do pai a possibilidade de voltar no tempo. Ele explora o dom sempre que os ventos não conspiram a seu favor, corrigindo situações e convertendo (quase) tudo em vitória.

John Marcher, o protagonista do romance A Fera na Selva, de Henry James (The Beast in the Jungle, 1903), passa anos esperando, angustiado, a chegada de um evento raro e estranho que mudaria a vida dele. A espera define a existência do personagem que, tão focado em aguardar o extraordinário, acaba sofrendo as consequências de não enxergar as possibilidades de direcionar a própria vida.

De olho no feed do Facebook, compartilhamos o que julgamos ser interessante, vibramos com conquistas de amigos, lamentamos derrotas ou tristezas, confirmamos presença em eventos e comparamos nossas vidas às vidas alheias. Somos tão felizes quanto? Estamos nos divertindo tanto quanto? Nosso dia foi tão agitado quanto o deles? Nossos bichinhos são tão inteligentes quanto? Nossos feitos são tão entusiasmantes quanto?

Hoje em dia, arrisco dizer que tais perguntas geralmente servem, para algumas pessoas, como filtro para se definir quão grandiosa ou empolgante é uma vida. A grande questão deveria ser: quem disse que uma existência comum, simples, ordinária, sem acontecimentos magníficos, não é extraordinariamente deliciosa e digna de lembranças? Ainda mais em um país em que o viver é luxo para aqueles que estão tentando meramente sobreviver a um rol de adversidades.

Claro que sobreviver é um objetivo muito pequeno para qualquer um de nós, capazes de idealizar acontecimentos e realizar sonhos. O que talvez a gente não perceba é que a cobrança de se ter uma vida monumental ou extraordinária pode nos cegar para todos os minutos imponentes, memoráveis e encantadores revelados em nosso dia a dia.


Depois de experimentar a morte de uma pessoa muito querida e de lidar com o incontornável, o protagonista de Questão de Tempo percebe que não há viagem no tempo que proporcione a felicidade de seu convívio com a mulher, os três filhos, a mãe, a irmã e o trabalho. A conclusão a que ele chega é emocionante, e todos nós podemos nos apropriar dela: “Eu simplesmente tento viver cada dia como se eu tivesse voltado no tempo para a data de hoje, como se fosse o último dia da minha vida extraordinariamente comum”.

Não encontramos esta cena legendada em português, mas vale assisti-la mesmo assim. Mas atenção, é a cena final!



Ministro diz que zika não vai impedir que atletas venham aos Jogos do Rio

Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil Edição: Luana Lourenço


O ministro do Esporte, George Hilton, disse hoje (11) que o governo brasileiro não teme que atletas que participarão dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 desistam de vir ao Brasil por causa da epidemia do vírus Zika. Os Jogos do Rio começam em 5 de agosto.

Nos últimos dias, circularam informações de que os comitês olímpicos de alguns países deixariam seus atletas à vontade para decidir se participariam ou não da Olimpíada do Rio. Nessa terça-feira (9), porém, o comitê norte-americano negou que tenha feito tal comunicado às federações esportivas dos Estados Unidos.

O ministro disse que, na próxima semana, o Comitê Olímpico Brasileiro vai se reunir com as federações internacionais para buscar conscientizá-las sobre os cuidados com o mosquito Aedes aegypti, mas que “não há possibilidade” de os atletas deixarem de vir ao Brasil.

“Definitivamente, a Olimpíada está garantida e será um grande evento. É um trabalho de conscientização inclusive das lideranças das federações internacionais, está todo mundo mobilizado. Não é um problema do Brasil, isso é um medo do mundo, e todos estamos cientes da responsabilidade, mas nada que comprometa o grande espetáculo”, disse o ministro após participar de reunião no Palácio do Planalto sobre o combate ao vírus Zika.

Segundo Hilton, se algum atleta for infectado pelo Zika durante as competições, terá “toda a assistência” das autoridades brasileiras e tratamento no país.








Oposição tenta atingir Lula ao associar ex-presidente à Lava Jato, diz Cardozo

Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil Edição: Luana Lourenço


O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse hoje (11) que a oposição procura atingir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao tentar associar o nome do petista às investigações da Operação Lava Jato.

Ao comentar as notícias veiculadas nos últimos dias sobre as relações de Lula com dois imóveis que passaram por reformas pagas por empreiteiras investigadas na Lava Jato, Cardozo disse que a investigação será feita com “autonomia, como todas as investigações”.

Segundo o ministro, setores da oposição buscam “a cada passo” afetar a imagem de Lula.

“Não tenho a menor dúvida que muitos da oposição, não todos, mas muitos, se unificam nessa hora para tentar atingir a imagem de um líder que politicamente é muito forte e que sempre foi muito respeitado”, afirmou o ministro em entrevista após participar de reunião no Palácio do Planalto sobre o combate ao vírus Zika.

Cardozo disse ainda que Lula age com “absoluta lisura em seus comportamentos”.

Delações
O ministro reafirmou que a orientação dada à Polícia Federal (PF) é investigar todos os casos de vazamento ilegal de informações da operação, independentemente dos atingidos, sejam aliados ou adversários do governo. Quando há indícios de que as irregularidades envolvem servidores da PF, segundo Cardozo, há abertura de processo disciplinar.

“Quando eu tenho uma situação de dúvida, quando, por exemplo, é um vazamento de delação premiada, em que nós não sabemos se houve vazamento ou levantamento de sigilo, eu busco fazer uma apuração preliminar. Se confirmado que há um vazamento ilegal, determinamos a abertura de um inquérito policial”, disse.


Cardozo diz que ação contra Dilma e Temer no TSE busca evitar vitória das urnas

Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil Edição: Jorge Wamburg


Elza Fiuza/Arquivo/Agência Brasil
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que a defesa da chapa da presidenta Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer, busca colocar os "pingos nos is" com relação ao processo que pede a cassação do mandato de ambos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com ele, a ação proposta pela coligação do candidato da oposição, Aécio Neves (PSDB-MG), busca apenas "evitar que a vitória das urnas se concretize".

Segundo o ministro, a defesa de Dilma e Temer "deixa claro que não há nenhum fato" que possa causar preocupação quanto à impugnação do mandato da chapa presidencial. "Não há como se imaginar que nesse processo possa se tentar fazer aquilo que a oposição quer. A oposição, desde o dia seguinte da eleição, busca de todas as formas evitar que a vitória das urnas se concretize. Primeiro pediram recontagem de votos, depois disseram que as maquininhas não estavam funcionando, depois tentaram a rejeição das contas, então vários expedientes que vêm sendo utilizados. E esse é mais um", afirmou.

Temer entregou hoje ao TSE sua defesa na Ação de Investigação de Mandato Eletivo (Aime) 761. A presidenta Dilma vai entregar a sua parte da defesa nos próximos dias. Para pedir a impugnação do mandato de Dilma e Temer, a ação alega que foi praticado crime eleitoral durante as últimas eleições presidenciais.

Justiça marca para 14 de março depoimento de Lula como testemunha de Bumlai

André Richter – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco


O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, marcou para o dia 14 de março o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como testemunha de defesa do pecuarista José Carlos Bumlai. A oitiva de Lula será feita por meio de videoconferência, na Justiça Federal em São Paulo, às 9h30. Para o mesmo dia, Moro marcou depoimentos de outras testemunhas arroladas pela defesa do pecuarista.

Os depoimentos ocorrem na ação penal em que Bumlai e mais dez investigados na Operação Lava Jato foram denunciados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

De acordo com a acusação do Ministério Público Federal (MPF), Bumlai usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin. Segundo os procuradores, depoimentos de investigados que assinaram acordos de delação premiada revelam que o empréstimo de R$ 12 milhões se destinava ao PT e foi pago mediante a contratação da Construtora Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, em 2009.

Desde o surgimento das primeiras denúncias, o PT sustenta que todas as doações obtidas pelo partido foram feitas de forma legal e declaradas às autoridades. A Schahin afirma que o modelo de contratação dos navios-sonda foi o mesmo praticado pela Petrobras com todas as concorrentes que prestaram o mesmo serviço.

Procurado pela Agência Brasil, o Instituto Lula informou que não irá se manifestar sobre o assunto.



*Matéria atualizada às 20h45 para acréscimo da resposta do Instituto Lula


Brasil poderá ampliar parcerias comerciais com o Irã

Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco


O governo brasileiro deverá iniciar em breve tratativas para novas parcerias comerciais com o Irã. Segundo o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o governo recebeu em novembro correspondência em que o governo iraniano manifesta interesse em desenvolver parcerias comerciais com o Brasil que envolvem produtos como tecnologia, automóveis e equipamentos brasileiros. O assunto será tratado pelos ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

“O Brasil tem uma boa relação com o Irã, que acaba de vencer a questão das barreiras, portanto, é um grande mercado para o nosso país e, óbvio, nós temos todo o interesse em ampliar esse intercâmbio", disse Braga. O assunto foi tratado na manhã de hoje (11) em uma reunião com a presidenta Dilma Rousseff. Uma reunião com o embaixador do Brasil no Irã deve ser marcada para discutir a questão.

Recentemente, os Estados Unidos e a União Europeia decidiram suspender as sanções aplicadas ao Irã, logo após a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) confirmar que o país cumpriu todas as exigências do acordo nuclear assinado em Viena. De acordo com o ministro de Minas e Energia, o Brasil tem interesse em acordos na área de energia. “Eles têm petróleo, têm muito gás, nós temos uma indústria de petróleo, temos interesses, viemos ao longo dos últimos meses tratando com iranianos a questão de refinarias no Brasil.”

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, entre 2002 e 2009, a corrente bilateral de comércio entre Brasil e Irã passou de US$ 500 milhões para US$ 1,24 bilhão. Em 2010, o Irã tornou-se o segundo maior comprador de carne do Brasil, ficando atrás apenas da Rússia.


Ministério da Saúde confirma a 3ª morte por zika e amplia dúvidas sobre alcance do vírus

Estadão Conteúdo



O Ministério da Saúde confirmou a terceira morte provocada pelo zika em adultos no Brasil. A paciente, uma jovem de 20 anos do município de Serrinha, foi internada em 11 de abril no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, no Rio Grande do Norte, com queixas respiratórias. Morreu 12 dias depois.

Na época, médicos suspeitaram que a morte poderia estar relacionada à dengue grave, mas exames deram inconclusivos. Diante do aumento de casos de zika registrados no País ano passado, o Instituto Evandro Chagas decidiu fazer uma nova análise do material, encontrando, desta vez, confirmação para a infecção por zika.

O achado, considerado de extrema importância por autoridades sanitárias, foi levado à Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora não seja o primeiro diagnóstico de morte por zika, o terceiro caso traz mostras mais robustas de que a doença pode levar a quadros mais graves do que inicialmente se imaginava. Não apenas para bebês infectados no período da gestação, mas para adultos que, até então, não apresentavam problemas graves de saúde.

"Vamos percebendo um espectro mais amplo da doença, com maior gravidade", afirmou o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. Informações obtidas até o momento mostram que a jovem tinha saúde normal até a infecção.

As mortes registradas no Brasil são as primeiras no mundo. O primeiro paciente a ter óbito por zika era um homem do Maranhão. O resultado, divulgado em novembro, foi analisado com cuidado por causa das condições do paciente. Ele apresentava lúpus, uma doença que pode se complicar de forma expressiva quando o organismo é infectado por bactérias ou por vírus, como o zika.

No segundo caso, confirmado dias depois, a paciente, também uma jovem, não tinha até a infecção problemas graves de saúde. Os primeiros sintomas apresentados foram dor de cabeça, náuseas e pontos vermelhos na pele e nas mucosas em setembro. Ela morreu no fim de outubro.

Orientação

Maierovitch avalia que o fato de a terceira paciente ter apresentado problemas respiratórios não é suficiente, por si só, para que médicos investiguem infecção por zika quando queixas semelhantes surgirem. "Mas a morte confirma a necessidade de que médicos tratem pacientes com suspeita de zika com muita atenção."


O diretor do Ministério da Saúde afirma não haver ainda uma hipótese para explicar o fato de zika poder levar pacientes adultos - e sem histórico de doenças - à morte. "Essa é mais uma pergunta das inúmeras que ainda precisam ser respondidas sobre o zika", completou.

Brasil busca acordo para vacina contra zika

O governo federal discutiu na quarta-feira (10) medidas para viabilizar acordos com laboratórios internacionais para a produção conjunta de uma vacina contra o vírus zika. Segundo o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, esse foi o tema da reunião que ele teve com os ministros Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia).

As duas pastas estão elaborando um pacote de medidas para o combate à doença. A presidente Dilma Rousseff também já discutiu o assunto com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para que os dois países façam uma parceria.

Outra preocupação do governo é adequar a Lei da Biodiversidade para que o Brasil possa exportar, com menos burocracia, amostras para que outros países estudem a relação entre o zika e outras doenças.

Temer apresenta defesa em processo de cassação de mandato

Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco


A peça de defesa do vice-presidente Michel Temer, relativa à Ação de Investigação de Mandato Eletivo (AIME) 761, que pede a cassação do mandato dele e do da presidenta Dilma Rousseff por crime eleitoral praticado durante as últimas eleições presidenciais, foi apresentada na noite de ontem (10) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Proposta pela Coligação Muda Brasil, que teve como candidato à Presidência o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a ação foi impetrada contra a Coligação Com a Força do Povo, PT e o PMDB, além de Dilma e Temer.

Segundo o TSE, das cinco partes citadas, apenas duas já receberam o mandado de citação.

“O PMDB e Temer optaram por antecipar suas defesas”, disse à Agência Brasil Flávio Caetano, que, além de porta-voz, é responsável pela coordenação da defesa das cinco partes envolvidas. Segundo o advogado, até o momento, apenas Dilma e Temer foram notificados, o que influencia diretamente no prazo de sete dias corridos para apresentação das peças de defesa. “Esse prazo só começará a ser contado a partir da juntada [recebimento] do último mandado de citação. Por esse motivo, não há ainda data definida para a apresentação da peça de defesa da presidenta Dilma”, disse Flávio Caetano.

O advogado foi o coordenador de campanha da coligação Com a Força do Povo, motivo pelo qual cabe a ele coordenar as defesas que, “apesar de serem feitas em separado e com diferentes advogados, têm sido discutidas conjuntamente”.

TSE: todas as partes têm de ser notificadas

Contatada pela Agência Brasil, a assessoria do TSE confirmou que é necessário notificar todas as partes citadas na ação para que o prazo de sete dias corrido comece a valer. No entanto, apenas as pessoas físicas precisam ser notificadas pessoalmente. A notificação dos dois partidos e da coligação, que são pessoas jurídicas, poderá ser feita por meio dos Correios. De acordo com o TSE, essas notificações já foram enviadas. O tribunal aguarda, ainda, a confirmação do recebimento dessas correspondências.

De acordo com a argumentação apresentada pelo PSDB para a ação, publicada em agosto no site do TSE, durante a campanha eleitoral de 2014, a coligação vencedora cometeu irregularidades como abuso de poder político; desvio de finalidade na convocação de rede nacional de emissoras de radiodifusão; manipulação na divulgação de indicadores socioeconômicos; uso indevido de prédios e equipamentos públicos para realização de atos próprios de campanha e veiculação de publicidade institucional em período vedado. Na ação, o PSDB alegou ainda que a coligação vencedora das eleições praticou abuso de poder econômico e fraude, com gastos de campanha em valor que extrapola o limite informado; financiamento de campanha mediante doações oficiais de empreiteiras contratadas pela Petrobras como parte da distribuição de propinas; e massiva propaganda eleitoral levada a efeito por meio de recursos geridos por entidades sindicais.

Segundo Flávio Caetano, o que está sendo apresentado na AIME 761 são ações repetidas. Portanto, disse ele, a linha de defesa será a mesma, tendo por base três grupos de argumentos. “O primeiro [grupo de argumentos] trata de situações que já foram decididas ao longo das eleições pela própria Justiça Eleitoral. São fatos isolados, no caso do uso de cadeia de tevês, da ajuda dada por sindicatos e da apresentação de índices econômicos supostamente maquiados. Tudo isso já foi objeto de ações específicas eleitorais e todas já foram decididas, na maioria a nosso favor. Mesmo nas decisões contrárias, o tribunal já isentou tanto a Dilma como o Temer, das responsabilidades.”

O segundo bloco de argumentos está relacionado a questões referentes à arrecadação e aos gastos de campanha. “Tudo já foi também objeto de análise do tribunal na prestação de contas. Nesse caso, vencemos por unanimidade, com 7 votos a 0, inclusive com parecer favorável do MPF [Ministério Público Federal]. Em relação às contas, não houve nenhum voto contrário, inclusive do relator, ministro Gilmar Mendes”, lembrou Caetano.

O terceiro bloco citado pelo advogado é referente a “eventuais doações de origem ilícita”, o que inclui empresas investigadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. “Nós já refutamos essas acusações. Em primeiro lugar, porque elas só podem ser levadas em consideração após o correto juízo, que será emitido pela Justiça Criminal, e não Eleitoral. Como a criminal ainda não chegou a nenhuma conclusão, não pode ser considerada. Além disso, de tudo que há na Lava Jato, não há nenhum delator ou acusação envolvendo a presidenta ou seu vice em ilegalidades”, explicou o advogado.

Argumentações são infundadas, diz Caetano

“Já as argumentações de que as doações levariam a abuso de poder econômico e político são absolutamente infundadas. Basta comparar a campanha vencedora [que elegeu Dilma Rousseff] com a do então candidato Aécio Neves, para ver que isso não ocorreu e não procede. É visível e notório. Além do mais, as empreiteiras envolvidas na Lava Jato doaram também tanto para a campanha do candidato tucano quanto para a campanha de Marina Silva [candidata do PSB, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições presidenciais]”, acrescentou Flávio Caetano.

Para o advogado, a origem de todas essas ações está na “dificuldade do PSDB para reconhecer a derrota nas urnas, a ponto de até mesmo levantarem suspeitas de que as urnas eletrônicas estariam fraudadas”.

“Nós inclusive pedimos que as contas apresentadas por Aécio e Marina sejam investigadas. No caso do Aécio, por ele ter mudado 80% dos recibos de doação em março, após o prazo estabelecido por lei - que é dezembro. Já a Marina, por até hoje não ter apresentado justificativas convincentes sobre a titularidade do avião usado em sua campanha com Eduardo Campos [ex-governador de Pernambuco, que era candidato à Presidência pelo PSB e morreu em um desastre aéreo em agosto de 2014] ”.


Ministo reconhece atraso na distribuição de kits para diagnóstico de Zika

Paula Laboissière - repórter da Agência Brasil Edição: Maria Claudia


O ministro da Saúde, Marcelo Castro, admitiu hoje (11) que houve atraso na distribuição de kits para diagnóstico do vírus Zika por laboratórios credenciados pelo governo. “Houve uma pequena demora, mas já perfeitamente corrigida”, disse. Segundo ele, o entrave envolveu a própria licitação, que atrasou.

A previsão da pasta é que 100 mil kits para diagnóstico do Zika sejam distribuídos a todos os estados. “Quem não recebeu está recebendo”, disse o ministro. “Já tomamos a decisão de tornar a enfermidade de notificação compulsória. A gente quer fazer isso com toda a segurança”, afirmou.

Em janeiro, Castro anunciou que kits para testes rápidos de detecção do vírus Zika, da febre chikungunya e da dengue seriam distribuídos para laboratórios de todo o país em fevereiro. O kit foi desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), uma das unidades da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).


Validade de receita para retirar remédios do Farmácia Popular sobe para 180 dias

Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto


O prazo de validade das prescrições, laudos ou atestados médicos para retirar medicamentos do Programa Farmácia Popular do Brasil passará de 120 para 180 dias, exceto para os anticoncepcionais que permanecem com validade de 365 dias. O Ministério da Saúde alterou as regras do programa, que começam a valer a partir de amanhã (12).

Segundo o Ministério da Saúde, a ampliação tem o objetivo de equiparar os prazos das receitas emitidas e atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com as receitas emitidas e atendidas pela rede credenciada do Farmácia Popular.

Outra alteração no programa é em relação à obrigatoriedade da apresentação da receita com o endereço do paciente. Agora, o preenchimento dessa informação poderá ser feita pelo profissional farmacêutico, com a anuência do paciente. Até então, conforme a Lei nº 5.991/73,, de controle sanitário do comércio de medicamentos, cabia somente ao médico disponibilizar o nome e o endereço residencial do paciente e, expressamente, o modo de usar a medicação, além das suas informações profissionais.

O Programa Farmácia Popular foi criado em 2004 e distribui medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma em unidades próprias e farmácias credenciadas. O programa ainda oferece 11 itens em medicamentos, com preços até 90% mais baratos, utilizados no tratamento de dislipidemia, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátricas para incontinência urinária.

Em nota, o ministério ressaltou que as farmácias e drogarias deverão respeitar o valor de referência dos medicamentos disponibilizados gratuitamente ou para venda pelo programa. A partir de amanhã, a solicitação de distribuição de medicamentos gratuitos somente será autorizada se a farmácia e drogaria informar o valor do medicamento igual ou abaixo do valor de referência definido. Alguns medicamentos que têm parte paga pelo usuário também tiveram o valor ajustado.

A portaria com os valores de referência dos medicamentos e as novas regras do programa foi publicada no Diário Oficial da União no dia 29 de janeiro.


Vacina contra Zika pode ser desenvolvida em até um ano, diz ministro

Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil Edição: Juliana Andrade


O ministro da Saúde disse que a vacina poderá ser desenvolvida em menos tempo que o previstoMarcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse hoje (11) que uma parceria firmada entre o Instituto Evandro Chagas, no Pará, e a Universidade do Texas, nos Estados Unidos, possibilitará que a vacina contra o vírus Zika seja desenvolvida em até 12 meses.

Após essa etapa, a vacina ainda precisa passar por testes clínicos para, em seguida, começar a ser produzida e disponibilizada à população. Essa fase deve durar mais dois anos, totalizando três anos para que todo o processo seja concluído.

Durante entrevista coletiva, o ministro destacou que a experiência de ambas as instituições no ramo das chamadas arboviroses (doenças causadas por vírus semelhantes ao Zika, como dengue, chikungunya e febre amarela) pode ajudar a reduzir o prazo para a formulação da vacina, já que o cronograma oficial de trabalho prevê o desenvolvimento das doses em dois anos.

O investimento brasileiro na parceria com os Estados Unidos, segundo ele, é de US$ 1,9 milhão para os próximos cinco anos. “Há um grande otimismo de que poderemos desenvolver essa vacina em um tempo menor do que o que estava previsto. Aproximadamente, dentro de um ano, poderemos ter a vacina desenvolvida, podendo ser menos. Depois, vêm os testes e ensaios clínicos e a produção da vacina para poder ser comercializada e aplicada”, ressaltou Castro.

Mobilização nacional


O Aedes aegypti é vetor da dengue, da febre chinkungunya e do vírus Zika Divulgação/Fiocruz


No próximo sábado (13), uma mobilização nacional de combate ao Aedes aegypti vai levar cerca de 220 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica às ruas. Os militares irão distribuir material impresso com orientações para a população sobre como manter a casa livre dos criadouros do mosquito. O Aedes aegypti é vetor da dengue, da febre chinkungunya e do vírus Zika, que pode causar microcefalia em bebês.

A meta é visitar 3 milhões de residências. A mobilização vai abranger 356 municípios, incluindo todas as cidades consideradas endêmicas, de acordo com indicação do Ministério da Saúde, e as capitais do país.



ANTT abre consulta sobre gratuidade de transporte para jovens de baixa renda

Da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto


A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) abre consulta pública para que os cidadãos enviem sugestões com o objetivo de aprimorar os procedimentos de gratuidade do transporte rodoviário interestadual aos jovens de baixa renda. As contribuições serão feitas por meio de formulário virtual e podem ser enviadas de hoje (11) até as 18h do dia 1º de março.

A gratuidade do transporte é regulamentada pela Lei nº 12.852/2013, que confere aos jovens de baixa renda benefício tarifário no sistema coletivo interestadual, sendo reservadas duas vagas gratuitas por veículo, assim como duas vagas com desconto de, no mínimo, 50% do valor das passagens, a serem utilizadas após esgotadas as vagas gratuitas.

Os interessados também poderão participar de sessão pública, no dia 25 de fevereiro em Brasília. Todos os documentos referentes ao objeto da audiência e o formulário de contribuição estão disponíveis no site da ANTT.


Dilma pede que igrejas mobilizem fiéis na luta contra o Aedes aegypti

Agência Brasil  |  De Paulo Victor Chagas


A presidente Dilma Rousseff fez nesta quarta-feira (10) um apelo a todas as igrejas cristãs para que mobilizem os fiéis no combate ao mosquito transmissor do vírus Zika.

Dilma recebeu esta tarde, no Palácio do Planalto, líderes de diferentes denominações religiosas para pedir que ajudem na orientação à sociedade sobre o trabalho para eliminar os criadouros do Aedes aegypti, que também transmite a dengue e a febre chikungunya.

A presidente destacou que as lideranças religiosas possuem credibilidade para engajar os fiéis no combate ao inseto, evitando o acúmulo de água parada em casa. Segundo o governo, dois terços dos focos do mosquito estão localizados em residências.

Mais cedo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) lançaram a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016, cujo objetivo é alertar sobre o direito de todas as pessoas ao saneamento básico e debater políticas públicas e ações que garantam a integridade e o futuro do meio ambiente.

De acordo com o bispo dom Flávio Irala, presidente do Conic, Dilma lançou fez o convite e lançou um “desafio” para que as congregações ajudem na mobilização. “Historicamente, somos deficitários quanto à questão do saneamento básico. Mas a gente vê uma grande vontade e um grande investimento que já tem sido feito pelo atual governo no sentido de resolver esse sério problema”, disse.

O bispo disse que o cuidado com o espaço comum também é de responsabilidade dos moradores, e não somente do Poder Público, e que o objetivo da campanha é fazer um “grande chamado” para que os cristãos participem dos conselhos municipais e cobrem melhorias no saneamento. Segundo o presidente da Aliança Batista do Brasil, Joel Zeferino, o tema ainda é um “grande problema” que não foi resolvido no Brasil.

“Antes da epidemia do Zika, nós temos milhares de outros problemas relacionados ao saneamento básico. As crianças ainda morrem de diarreia. Embora o Brasil tenha uma grande cobertura de água potável, ainda há locais onde as pessoas não têm acesso à água potável, e isso também mata as pessoas. É preciso que a sociedade cobre dos Poderes Públicos, sobretudo os municipais, sobre o investimento de recursos para solucionar o problema”, disse.
O arcebispo núncio apostólico da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia, Tito Paulo Tuza, disse que vai orientar os padres da sua religião, que possui cerca de 200 mil fiéis, para que dediquem cinco minutos de cada celebração a orientarem as pessoas sobre a necessidade de se evitar o acúmulo de lixo e de água parada em casa.

Aborto

Diante do aumento dos casos de microcefalia em bebês filhos de mulheres que contraíram o vírus Zika, o debate sobre o aborto voltou à tona entre especialistas e religiosos. As lideranças das igrejas disseram que o tema não foi tratado na reunião com Dilma, mas concordaram com a urgência de se aprofundar no assunto.

De acordo com Joel Zeferino, a Aliança Batista do Brasil ainda não tem uma posição a respeito do tema.

“Nós entendemos que este é um tema que precisa ser discutido com a sociedade de forma muito democrática e aberta, e sobretudo, é preciso incluir nesse debate as mulheres que sofrem esse aborto e sobretudo as mulheres de periferia das nossas cidades, as mulheres negras, que são aquelas que de fato fazem esses abortos ilegais. Todos falam a respeito do tema, menos as mulheres que sofrem esse aborto, então é preciso empoderá-las”, afirmou.
“Tudo isso é um processo que precisamos tratar com urgência da questão, mas ainda não temos nenhuma discussão feita”, disse Flávio Irala, bispo da Diocese Anglicana de São Paulo. Já a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia proíbe todos os casos de aborto, com exceção de quando as mulheres correm risco de morrer.