Desabamento de parte da ciclovia Tim Maia resultou na morte de duas pessoasFernando Frazão/Agência Brasil |
A reconstrução é de responsabilidade do consórcio que construiu a ciclovia, o Contemat/Concrejato. De acordo com o laudo pericial parcial ainda em andamento de técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) e do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeir (UFRJ), a estrutura não era pesada o suficiente para resistir às ondas que a atingiram. O estudo foi encomendado pela prefeitura dias depois da tragédia.
O técnico do INPH Domenico Accetta explicou que a onda de aproximadamente 25 metros que derrubou a estrutura tinha força de cerca de três toneladas por metro quadrado, enquanto a parte que colapsou da ciclovia pesava cerca de 0,5 tonelada. Acceta disse que o ideal seria que a lage pesasse cerca de 6,6 toneladas por metro quadrado para aguentar a força das ondas.
O técnico disse que seria importante se instalar medidores de ondas no local, monitoramento e alerta de riscos e fechamento da via nos dias de ressaca.
Indenizações
O prefeito adiantou que o município continua em negociação com as famílias do engenheiro Eduardo Marinho e do garçom Ronaldo Severino, que morreram no dia para definir valores das indenizações e evitar ações judiciais contra o município.
Paes declarou que está claro que houve erro de projeto e cabe agora à polícia identificar os responsáveis. “Infelizmente houve falha de projeto e de utilização da ciclovia. Todos esses elementos produzidos pelo estudo servirão para a Polícia identificar os responsáveis pelo acidente. Feita essa conclusão a empresa responderá pelos seus atos se ela for responsável, que acredito que seja. Em se confirmando a responsabilização da empresa, vamos cobrar as indenizações da empresa”.
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli