O presidente da Câmara dos Deputados é investigado no colegiado pela suspeita de manter contas bancárias secretas no exterior e de ter mentido sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras no ano passado
A defesa de Eduardo Cunha já entrou com um pedido no Conselho de Ética para anular todas as testemunhas de acusação arroladas pelo relator do seu caso, Marcos Rogério. O presidente da Câmara dos Deputados é investigado no colegiado pela suspeita de manter contas bancárias secretas no exterior e de ter mentido sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras no ano passado.
O advogado Marcelo Nobre, que defende Cunha, alega que essas testemunhas são beneficiárias de um acordo de delação premiada e irão apenas confirmar as suas teses. Ele argumenta também que os depoimentos deles não têm relação direta com o objeto alvo de investigação no conselho, que é a suposta existência de contas.
O colegiado deverá ouvir, a partir desta quinta, o doleiro Leonardo Meirelles, ex-sócio de Alberto Youssef e que entregou ao Ministério Público comprovantes de depósitos de propinas pagas no exterior para políticos suspeitos de terem se beneficiado do esquema de corrupção da Petrobras.
Além do cancelamento da sessão para ouvir Meirelles, a defesa de Cunha quer cancelar os depoimentos, que ainda não foram marcados, do doleiro Alberto Youssef, do empresário Júlio Camargo, dos lobistas que seriam ligados ao PMDB Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e João Augusto Henriques, do ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa e dos empresários Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, donos da empreiteira Carioca Engenharia.
