Buracos negros gigantescos podem estar "por todo lado"

POR NOTICIAS AO MINUTO



O gigante, com uma massa estimada de 17 bilhões de vezes maior do que o nosso Sol, foi descoberto em uma "zona pouco ocupada"

Astrônomos 'tropeçaram' em um buraco negro supermassivo num canto inesperado do Universo, "o que implica que esses monstros galáticos são muito mais comuns do que se pensava", segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (6).

O gigante, com uma massa estimada de 17 bilhões de vezes maior do que o nosso Sol, foi descoberto em uma "zona pouco ocupada", disseram alguns astrônomos da Universidade de Berkeley, na Califórnia, à revista Nature.

"Enquanto encontrar um buraco negro gigantesco em uma galáxia maciça ou em uma área 'muito populosa' do Universo é de se esperar, parecia menos provável que eles pudessem ser encontrados em pequenas "cidades" do Universo", explicou a universidade.

A questão agora que se põe é a possibilidade de ter mais buracos negros do que se pensava, disse o coautor do estudo Chung-Pei Ma: "Esta é a ponta de um iceberg? Talvez haja muito mais buracos negros gigantescos lá fora, que não vivem em arranha-céus em Manhattan, mas num edifício alto em algum lugar nas planícies".

Um buraco negro supermassivo pode ter uma massa de cerca de um milhão de sóis e ir até aos bilhões. Os buracos negros menores, "comuns" variam entre dezenas a centenas de massas solares, adianta o estudo, que explica que "os buracos negros são regiões muito densas no espaço-tempo, com uma força gravitacional tão forte que nem a luz consegue escapar, tornando-os invisíveis".

"Formados quando estrelas massivas implodem no fim das suas vidas, os buracos negros normalmente se escondem dormentes e sem serem detetados nos centros de galáxias", refere.

O maior buraco negro supermassivo detectado até agora derrubou as escalas, com cerca de 21 bilhões de massas solares, disseram os autores do estudo.