Senador afirma que PMDB irá dividido à reunião do dia 29

POR NOTÍCIAS AO MINUTO


“Mesmo o PMDB tomando a decisão de se afastar do governo, o PMDB não será irresponsável aqui nesta Casa e na Câmara em relação ao país”




O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), afirmou nesta quarta-feira (23), que o partido irá "fracionado" para a reunião do próximo dia 29 e que pode definir o desembarque do partido da base aliada ao governo.


Para Oliveira, o ideal seria que a sigla mantivesse a reunião do diretório nacional para o dia 12 de abril, conforme acertado pela cúpula convenção no início deste mês.

“Havia o entendimento de que, se fosse mantida para o dia 29 de março a reunião, haveria uma divisão interna. Por isso, eu procurei o [Michel] Temer [vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB] para fazermos o entendimento. Lamentavelmente, não foi possível o entendimento. O partido vai para esta reunião do dia 29 de março, dividido, fracionado”, lamentou o senador.

Segundo o G1, a divisão do partido “não é conveniente” para o momento de crise política e econômica que passa o país, declara o líder do PMDB.

Todavia, o peemedebista afirmou que se o partido decidir sair do governo no dia 29, a sigla continuará a atuar com responsabilidade. “Mesmo o PMDB tomando a decisão de se afastar do governo, o PMDB não será irresponsável aqui nesta Casa e na Câmara em relação ao país”, disse Eunício.

A antecipação da reunião, para o senador, poderia gerar divergências no posicionamento dos ministros sobre a entrega dos cargos. “Acontecendo a reunião no dia 12 de abril, havia o entendimento com todos os ministros, que, se vitoriosa fosse a decisão de sair do governo, eles sairiam do governo e, antecipando para o dia 29, existem divergências. Eu não sei por que a reunião não vai ser feita no dia 12. Num momento tão grave, o PMDB não pode se dividir”, falou o peemedebista.

Destaca-se que, dos 32 ministérios, o PMDB comanda sete: Aviação Civil, Turismo, Minas e Energia, Agricultura, Portos, Ciência e Tecnologia e Saúde.

Em contrapartida, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nesta quarta-feira (23) voltou a defender que o PMDB rompa com o governo federal.

“O PMDB tem que ter compromisso com o país, não tem que continuar atrelado num projeto do PT, que é um projeto com o qual a grande parte do PMDB não concorda. O PMDB não fez parte do projeto, só serviu para dar apoio parlamentar. Não temos que continuar atrelados a um projeto que está afundando o país”, afirmou.