Judoca belga Sarah Loko diz ter sido vítima de racismo em aeroporto de São Paulo

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A belga Sarah Loko, a 92º lugar do ranking mundial do judô, afirma ter sido vítima de racismo em sua curta passagem pelo Brasil. A atleta fazia uma conexão no Aeroporto Internacional de Guarulhos (Cumbica) nesta quarta-feira quando acabou barrada por uma funcionária da companhia aérea LAN. As informações são da repórter Bianca Daga, do Espn.com.br.

Sarah está em viagem para a disputa de competições classificatórias para a Olimpíada do Rio de Janeiro. Ela vinha do Peru e fazia uma conexão em Guarulhos para seguir voo em direção a Buenos Aires.


A judoca diz que era a única negra na aeronave e teve de enfrentar uma espécie de interrogatório por parte da funcionária da companhia aérea. " Ela começou a falar comigo e fez várias perguntas: perguntou de onde eu era e disse que havia um problema com meu passaporte. Eu disse que era impossível porque ele era novo, de dois meses atrás. Depois, questionou se eu estava mesmo competindo e pediu pra ver minha passagem de volta para a Bélgica".

Ainda segundo a Espn, Sarah reclamou com a funcionária, tentando entender porque a seleção da Grã-Bretanha não estava sofrendo as mesmas consequências que ela.

A TAM, que foi comprada pela LAN, afirmou, em nota, que a empresa "reforça que valoriza e respeita a diversidade entre as pessoas independentemente de idade, gênero, orientação sexual, religião e etnia".