Saiba como levar projetos artísticos ao Passeio Público



Foto: Pedro Moraes/GOVBA

No centro de Salvador, mais especificamente no Campo Grande, um espaço cultural está aberto para receber grupos e manifestações artísticas de diferentes linguagens, além de atividades educativas e culturais. Área de preservação ambiental e antigo local de efervescência da cultura baiana, o Passeio Público está à disposição de soteropolitanos criativos que queiram ocupá-lo com projetos que acompanhem a proposta do local, de preservação da memória e das obras de arte, que é um dos cuidados da Diretoria de Museus (Dimus) e do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac).

Depois de passar por meses de intervenções de conservação e reforma, o espaço, que também abriga o tradicional Teatro Vila Velha, está pronto para receber soteropolitanos e turistas e, principalmente, criar uma agenda cultural de utilização da área do Passeio Público. Para isso, os interessados passam por um procedimento simples, que exige responsabilidade de quem organiza os eventos, como o compromisso de cuidar do espaço, da flora e de promover a ocupação com ações abertas ao público.

Segundo a diretora da Dimus, Ana Liberato, é preciso um contato com a Diretoria de Museus, que funciona no Palácio da Aclamação, no Campo Grande, ou com o Ipac, localizado na Rua 28 de Setembro, no Centro Histórico de Salvador. Nesse primeiro contato, os interessados recebem orientações para formular uma solicitação por escrito e tudo o que deve conter no documento, como data, duração, período, quantas pessoas participam da idéia e qual o público estimado. Essa solicitação, depois de enviada para a Dimus, é avaliada e conciliada com a agenda do Passeio. Quando autorizado o evento, os responsáveis assinam um termo de compromisso para conservação local e agendamento da programação.

“Esse é um espaço cultural e damos preferências a eventos que têm compromisso com isso. Estamos prontos para receber apresentações culturais de todos os tipos, oficinas, biblioteca móvel, gastronomia, feira de artesanato, de plantas. O que o Passeio Público não pode receber são grandes eventos, com um público grande demais. Tivemos um trabalho grande para restaurar o espaço. Nesse sentido, temos trabalhado com educação patrimonial trazendo escolas, ongs, para que as pessoas entendam a importância de se preservar um local como esse”, falou a diretora.

Atualmente, já são realizadas aulas de tai-chi-chuan, yoga, grupos de meditação, além de apresentações, como da orquestra do Neojibá (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia), e de grupos de dança, além da visitação de escolas. Quem passa pelo local aprova a nova forma de ocupação, como a atriz Elaine Belavista. “De modo geral, existem espaços onde há acesso à arte e à cultura, mas o mais bacana do Passeio Público é estar aberto aos transeuntes, um lugar acessível, que as pessoas podem chegar a qualquer momento, sem precisar pagar para ver, é muito bom”, elogiou.