Priscilla Presley revela última conversa com Elvis Presley, dias antes da morte dele

The Huffington Post UK  |  De Caroline Frost




Priscilla Presley revelou detalhes da última conversa que teve com o ex-marido Elvis Presley, dias antes da morte do cantor, em 1977

Priscilla, casada com Elvis por seis anos até o casal se divorciar amistosamente, em 1973, disse em entrevista ao apresentador de TV britânico Jonathan Ross que estava preocupada com o bem estar do ex-marido, mas que era incapaz de ajudar.

“Conversamos alguns dias antes de ele falecer, o que foi muito difícil, [eu estava] perguntando se ele estava bem e se estava empolgado para sair em turnê, e ele estava”, lembra ela.
“Ele amava o trabalho, mas estava lidando com várias questões... decisões que tinha de tomar... então não era fácil.”

Elvis e Priscilla se casaram em Las Vegas, em 1967

Admitindo estar preocupada com o ex-marido, ela diz: “Eu estava [preocupada], mas Elvis, ele achava que estava bem.
Ele não era o tipo de pessoa para quem você pudesse simplesmente dizer: ‘Você tem de se cuidar...’ Era difícil para todo mundo fazer alguma coisa, porque no final das contas a decisão era dele, e ele achava que estava bem.”
Falando sobre Elvis ao longo dos anos, depois da separação, Priscilla diz: “Era duro, Elvis ficava meio perdido e basicamente achava que estava envelhecendo. Ele estava lidando com várias questões, se isolando, e era difícil, sim.”

Priscilla conheceu Elvis quando era adolescente. O cantor estava na Alemanha, como o Exército americano. Surpreendentemente, houve poucas reações quando ele levou a jovem amante de volta para sua casa, em Memphis.

Priscilla morou em Graceland até o casamento, em Las Vegas, no ano de 1967.

Ela falou a Jonathan Ross sobre essa época da vida, admitindo que perdeu muito da adolescência à sombra do marido superstar:

“Você começa a ser perder, e as pessoas sempre queriam, e ainda querem, saber dele, e entendo isso agora melhor do que quando era mais nova.

Estava meio perdida em relação a quem eu era, não tive adolescência, aprendi muito sobre ele e passei tanto tempo com ele que pensava como ele, sabia do que ele gostava, do que ele não gostava, sabia o que ele estava pensando, sabia tudo o que se pode saber quando você vive com alguém sendo tão jovem...

Hoje em dia estou muito mais à vontade em relação a isso, porque agora sei quem sou e sou capaz de falar sobre o assunto.”


Elvis e Priscilla – ainda amigos, imediatamente depois de assinar o divórcio, em 1973

Priscilla também revela que Elvis era “germofóbico”: “Uma das coisas que ele fazia – principalmente quando era mais novo – ele não gostava de ir à casa das pessoas porque não gostava de comer com os talheres dos outros”.

“Então ele levava os próprios talheres. Ele não gostava de beber da xícara copo dos outros, até mesmo em restaurantes ou na casa de outras pessoas. Ele sempre bebia do lado da asa da xícara, sabendo que ninguém faria a mesma coisa.”

“Ele era meio germofóbico, então?”, pergunta Jonathan.

“Sim, um pouco”, responde Priscilla. “Ele não gostava de ficar perto de coisas que eram muito manipuladas por outras pessoas... Ele era assim quando pequeno, quando era criança...

Acho que ele não gostava de colocar a boca onde outras pessoas colocavam a boca, talheres, esse tipo de coisa que você leva à boca.”

Falando sobre o momento em que soube da morte de Elvis, Priscilla admite que ficou “absolutamente devastada, até hoje é difícil acreditar”.


Fonte: HuffPost Brasil

Marina Silva: 'É o atraso na política que está produzindo os problemas que temos no Brasil'

Estadão Conteúdo



A ex-candidata à presidência, Marina Silva (Rede), criticou nesta sexta-feira (20), durante evento em Nova York, a forma como a política é feita no País e disse que é preciso acabar com o que chamou de "dualidade opositiva", fazendo referência tanto aos partidos de oposição quanto aos de situação no Brasil.

"Há uma insatisfação muito grande com a quantidade e qualidade da participação e representação política. Não se faz aquilo que é necessário, mas o que é conveniente. Estamos sacrificando os recursos de milhares de anos pelo lucro de algumas décadas", disse Marina, diante de uma plateia formada majoritariamente por acadêmicos brasileiros e estrangeiros na Universidade Columbia.

"Não há como uma mudança dessa magnitude ser feita por apenas uma pessoa, um partido, um setor. É uma luta de todos ao mesmo tempo agora.”

Primeira palestrante desta sexta-feira no Lemann Dialogues 2015, evento promovido em parceria entre a Fundação Lemann e Columbia Global Centers Rio de Janeiro que este ano discute inovações em políticas públicas brasileiras, Marina Silva falou sobre sustentabilidade, crise, ajuste fiscal e reforma política no Brasil.

"É o atraso na política que está produzindo os problemas que temos no Brasil. O que está acontecendo é responsabilidade de todos nós", disse Marina, que também comentou as denúncias contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "É no Conselho de Ética que ele terá a oportunidade de refutar as provas contundentes que ali estão apresentadas contra ele", avaliou.

A ex-candidata à presidência também aproveitou sua fala para abordar a criação de seu novo partido, a Rede Sustentabilidade. "A Rede não tem a pretensão de ser a resposta. Espero que possamos ser o partido da transição para novos processos", disse.

Após a sua palestra, Marina falou com a reportagem e disse que apenas o ajuste fiscal não resolverá o problema do País. "Tenho insistido na ideia de um 'ajuste Brasil' para que os cortes não prejudiquem as pessoas e que mude a ideia de governabilidade baseada na distribuição de cargos do Estado", disse. "Não faz sentido fazer sacrifícios para emprestar dinheiro a juros baixos a meia dúzia de escolhidos do governo.”

Mariana

A ex-candidata também comentou o desabamento das barragens da Samarco, em Mariana. "Não foi um acidente natural, mas um crime ambiental. Havia avaliações técnicas que já haviam notificado a empresa, que poderia ter tomado medidas, como barreiras de contenção, criando um sistema de alerta eficiente, treinando a população local, por exemplo", disse Marina.

Marina Silva iniciou sua carreira política em 1984 na CUT e já foi vereadora, deputada, senadora e ministra do Meio Ambiente em 2003, durante o governo Lula. Em 2014, concorreu à presidência da Brasil em aliança com o PSB, ficando em terceiro lugar na disputa. O Lemann Dialogues é promovido em parceria entre a Fundação Lemann e Columbia Global Centers Rio de Janeiro.


Fonte: HuffPost Brasil

Bélgica aumenta alerta de terrorismo para nível máximo

Da Agência Lusa


A Bélgica aumentou para o nível máximo o alerta de terrorismo, que significa “ameaça iminente”, anunciaram hoje (20) as autoridades belgas.

“Após a última avaliação, o gabinete de crise aumentou o alerta para o nível 4, o que significa uma séria ameaça na região de Bruxelas”, diz o comunicado divulgado uma semana após os ataques do Estado Islâmico em Paris, que fez 130 mortos.

“A análise que foi efetuada demonstra uma ameaça séria que requer medidas específicas de segurança assim como a divulgação de recomendações especiais junto da população”, acrescenta o gabinete de crise que depende do Ministério do Interior.


Conselho de Segurança da ONU autoriza "todas as medidas" contra Estado Islâmico

Da Agência Lusa


O Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou hoje (20) uma resolução que autoriza todos os países com capacidade a utilizarem “todas as medidas necessárias” para atuar contra o grupo extremista Estado Islâmico na Síria e no Iraque. A resolução, aprovada por unanimidade, foi apresentada pela França em resposta aos atentados do  dia 13 em Paris, que provocaram pelo menos 130 mortos.

O texto propõe “aumentar e coordenar” a luta antiterrorista e manifesta a intenção de reforçar as sanções contra cidadãos e entidades relacionados com o grupo extremista Estado Islâmico. O documento pede ainda para que seja feito um maior esforço para deter o fluxo de combatentes estrangeiros que viajam para o Oriente Médio.


Economia é o maior desafio do próximo presidente da Argentina, diz especialista

Monica Yanakiew – Correspondente da Agência Brasil Edição: Aécio Amado


Os dois candidatos à Presidência da Argentina encerraram a campanha nessa quinta-feira (19) pedindo aos 32 milhões de eleitores que, no domingo (22), escolham entre a continuidade, do governista Daniel Scioli, ou a mudança, do oposicionista Mauricio Macri. “Mas não importa quem seja o vencedor, o sucessor da presidenta Cristina Kirchner vai ter que fazer ajustes na economia, para corrigir os desequilíbrios”, disse em entrevista à Agência Brasil, o economista Fausto Spotorno. “O que está em discussão não é que medidas serão tomadas, mas sim com que rapidez”, acrescentou.

Segundo Spotorno, o principal desafio vai ser reativar a economia argentina, que há quatro anos deixou de crescer, e aumentar as exportações. “Mas para isso, a Argentina vai ter que desvalorizar o peso, como o Brasil e a Venezuela, para ganhar competitividade”, afirmou. Desde outubro de 2011, quando Cristina impôs controles cambiais para impedir a fuga de divisas, surgiu um mercado ilegal. O dólar oficial vale hoje 9,6 pesos e o blue (paralelo), 15 pesos.

Tanto Scioli, quanto Macri prometeram eliminar as medidas que hoje limitam o número de dólares (ou de qualquer outra moeda estrangeira) que os argentinos podem comprar no mercado oficial. Mas, enquanto o candidato oposicionista promete fazer isso tão logo assuma, o governista fala numa mudança gradual.

“Acabar com o cerco de vez é arriscado, porque o Banco Central tem poucas reservas: dos US$ 26 bilhões existentes, apenas US$ 4 bilhões estão disponíveis para serem usados e pode haver uma corrida e uma desvalorização brusca”, disse Spotorno. “Por outro lado, esperar para fazer o inevitável também é arriscado porque, com o cerco, não podemos atrair investimentos, nem conseguir os dólares que precisamos para manter o câmbio estável”.

O empresário Mauricio Macri – fundador do partido conservador Proposta Republicana (PRO) e ex-presidente do clube de futebol Boca Juniors  – disputa a Presidência pela aliança Cambiemos (Mudemos, em português). Ele diz ser o candidato da “mudança” - depois de 14 anos de governos do Partido Justicialista (Peronista), sendo que 12 de Nestor Kirchner (2003-2007) e de sua viúva e sucessora Cristina Kirchner.

O peronista Daniel Scioli - ex-campeão de motonáutica e ex-vice de Nestor Kirchner – e candidato da Frente para a Vitoria, promete governar com um estilo diferente dos kirchneristas, mais conciliador e aberto ao diálogo. Mas diz que vai manter os subsídios aos serviços públicos, planos sociais e fazer uma política econômica independente do Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Mas, a verdade é que, no fundo, os dois têm propostas parecidas”, disse em entrevista à Agência Brasil o analista político Roberto Bacman. Segundo ele, Macri, na reta final da campanha, adotou um discurso mais “peronista”, prometendo manter as conquistas sociais do atual governo, enquanto Scioli afirmou que corrigirá os desequilíbrios herdados do atual governo, como a inflação anual de dois dígitos e reformar o Indec – o instituto que mede custo de vida e a pobreza na Argentina e que perdeu credibilidade, depois que o governo fez uma intervenção e modificou sua forma de calcular os índices.

Segundo Spotorno, o problema é que o governo não tem dinheiro para continuar gastando em subsídios e planos sociais. “Se emitir moeda, a inflação, que supera os 25% anuais, continuará crescendo”, diz o economista. “As únicas fontes de financiamento externo hoje são as exportações, que caíram por causa do câmbio pouco competitivo”. Para ter acesso a empréstimos do exterior (inclusive para financiar as exportações), a Argentina precisa antes negociar com a minoria de credores (7%), que não aceitou renegociar a dívida externa, depois do calote de 2001, e que tem mantido o país, até hoje, em default (falta).

Na reta final da campanha, Scioli apostou na polarização: diante do avanço do adversário nas pesquisas de intenção de voto, que consideram Macri o favorito, ele não perde oportunidade para alertar os indecisos (cerca de 11% dos eleitores) sobre os “perigos” da mudança. E Macri continuou pregando a mudança, sem explicar bem o que fará. Segundo ele, se conseguir estabelecer regras claras para o mercado, atrairá os dólares argentinos que hoje estão no exterior ou escondidos nos colchões.

“Os argentinos têm o equivalente a um Produto Interno Bruto (PIB) fora do sistema financeiro nacional”, disse Spotorno. “Mas ninguém pode garantir quanto e em que tempo esse dinheiro vai voltar”, acrescentou. Até porque, Macri – se for presidente – vai governar com minoria no Congresso: a Frente para a Vitoria tem maioria própria no Senado e é a primeira minoria na Câmara dos Deputados.


Coldplay anuncia dois shows no Brasil em abril de 2016

HuffPost Brasil




O Coldplay anunciou nesta sexta-feira (20), as datas da turnê A Head Full Of Dreams Tourna América Latina e na Europa.

No Brasil, o grupo se apresenta em São Paulo, no Allianz Parque, no dia 7 de abril. O segundo show confirmado pelo Coldplay será no Rio de Janeiro, no dia 10 de abril. Na capital fluminense, a banda vai tocar no Maracanã.


De acordo com informações do G1, a venda de ingressos começa no dia 10 de dezembro, no site Tickets for Fun. Também será possível comprar os ingressos sem a taxa de conveniência nas bilheterias oficiais de cada cidade: Citibank Hall em São Paulo, e Metropolitan no Rio.

A banda britânica se apresentou pela última vez no Brasil em 2011, no Rock in Rio.


Fonte: HuffPost Brasil



Senado da França aprova prorrogação do estado de emergência no país

Da Agência Lusa


O Senado francês aprovou hoje (20), quase por unanimidade, o projeto de lei que prorroga, por um período de três meses, o estado de emergência no país. O estado de emergência foi decretado pelas autoridades francesas após os ataques da sexta-feira passada em Paris, que deixaram 130 mortos.

Com 348 senadores presentes, o projeto de lei foi aprovado por 336 votos favoráveis. Houve 12 abstenções.

Na quinta-feira, o texto tinha sido aprovado pela Assembleia Nacional (câmara baixa), com 551 votos a favor, seis contrários e uma abstenção.

O projeto propõe a prorrogação, por três meses, do estado de emergência, a partir de 26 de novembro.

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou no sábado (14), em comunicado, a autoria dos atentados. Cerca de 350 pessoas ficaram feridas nos ataques.

Os ataques – que tiveram a participação de pelo menos oito terroristas, sete dos quais morreram, – ocorreram em vários locais de Paris, entre eles uma sala de espetáculos e o Estádio de França, onde ocorria um jogo de futebol entre as seleções da casa e da Alemanha.

A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controle de fronteiras após os atentados, classificados pelo presidente François Hollande como "ataques terroristas sem precedentes no país".

Em uma operação policial no bairro de Saint Denis, ao norte de Paris, as autoridades mataram Abdelhamid Abaaoud, apontado como o mentor dos ataques.


Sequestro em hotel no Mali acaba com 27 reféns e dois jihadistas mortos

Da Agência Brasil* Edição: Fábio Massalli


Fontes da Organização das Nações Unidas (ONU) disseram que o sequestro do Hotel Radisson em Bamako, capital do Mali, terminou com 27 reféns e dois jihadistas mortos. O hotel foi retomado hoje (20) por forças de segurança especiais francesas após ser invadido pela manhã por homens armados que mantinham 125 clientes e 13 funcionários reféns.

Os grupos terroristas Al Qaeda, no Magrebe Islâmico, e Al Murabitun assumiram a autoria do "ataque conjunto" de hoje.

A autoria do ataque foi informada por telefone à agência de notícias privada da Mauritânia, Al Ajbar, que mantém contato com grupos jihadistas da região do Sahel. Esta é a primeira vez que as duas organizações jihadistas declaram ter operações conjuntas. O Al Murabitun, liderado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar, é um dos grupos mais ativos na região do Sahel.

* Com informações das agências Lusa e Ansa


OAB vai exigir que Conselho de Ética não proteja Cunha, julgue e casse o mandato

Estadão Conteúdo




O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, informou nesta sexta-feira, 20, em Teresina, que a Ordem vai acionar a Comissão de Ética da Câmara dos Deputados exigindo celeridade no julgamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

"A OAB vai entrar firme e forte exigindo que a Comissão de Ética se reúna, sem protecionismo e sem rinhas, para julgar e cassar o mandato de Eduardo Cunha, porque a população não pode ser presidida por alguém com tantos problemas legais", afirmou Marcus Vinicius.

Segundo ele, o atual sistema eleitoral estimula a corrupção.

"A cada ano os gastos aumentam e entramos no Supremo Tribunal Federal porque a corrupção administrativa começa na corrupção eleitoral. O sistema eleitoral brasileiro hoje estimula a corrupção. É caixa dois, sobra de campanha. O que justifica, por exemplo, um candidato pagar R$ 70 milhões a um marqueteiro? Isso, com certeza, vai diminuir a corrupção. E essa é a função da OAB. Acabar com as causas", pontuou o presidente.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, adotou manobra para impedir que o parecer pela admissibilidade da ação contra ele no Conselho de Ética fosse lido no colegiado nessa quinta (19).

O peemedebista também se movimentou para postergar a tramitação dos requerimentos por suposto envolvimento em corrupção apresentados à Corregedoria da Câmara. Haverá análise prévia da aptidão do pedido de abertura de processo por quebra de decoro, mas não foi determinado um prazo para a elaboração do texto e sua votação na Mesa Diretora. Só depois disso os pedidos de cassação podem ser encaminhadas à Corregedoria da Câmara para o início das investigações.

"Eu não vou dar admissibilidade num processo contra mim mesmo. Não posso praticar ato a meu favor nem contra mim. Deleguei. Foi uma coisa bem transparente. Foi normal. Eu não tenho que protelar nada. Tem um processo contra mim no Conselho de Ética ao mesmo tempo", disse o parlamentar designando o 1º secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), para analisar o requerimento encaminhado à Corregedoria.

A decisão de Cunha de delegar a análise do requerimento a outro deputado e submeter os pareceres à Mesa Diretora diverge da prática adotada na tramitação de pedidos de cassação de mandato.

Em nota, a OAB argumentou que "Eduardo Cunha não pode ter qualquer tratamento diferenciado em relação aos demais deputados submetidos a processo perante o Conselho de Ética da Câmara. A lei vale para todos e ela deve ser aplicada com respeito ao princípio da igualdade. Assegurado o direito de defesa, deve o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados fazer justiça o quanto antes, implementando a necessária celeridade para o julgamento do processo de cassação do presidente da Câmara”.


Fonte: HuffPost Brasil

Duplo ataque a mesquita em Bagdá deixa pelo menos cinco mortos e 22 feridos

Da Agência Lusa


Pelo menos cinco pessoas morreram e 22 ficaram feridas, entre elas vários integrantes das forças de segurança iraquianas, em um duplo ataque a uma mesquita xiita no sul de Bagdá (Iraque), indicaram fontes oficiais citadas pela EFE.

Segundo fontes das forças de segurança, o primeiro ataque à bomba ocorreu em um templo xiita na região de Al Yousefyia, 20 quilômetros ao sul de Bagdá.

O segundo ocorreu pouco depois da chegada de integrantes das forças de segurança ao local, quando um homem se aproximou da multidão e explodir granadas presas à sua cintura.

Ambas as explosões provocaram também danos materiais na mesquita e em vários e edifícios nas proximidades.

Os xiitas representam 60% da população iraquiana. Desde 2003, os xiitas são alvo de atentados organizados por sunitas radicais, sobretudo durante as festividades religiosas.

Os ataques de hoje ocorreram quando esta comunidade religiosa se preparava para comemorar os primeiros 40 dias do aniversário da morte do imã Al Hussein (assassinado no Iraque no ano 680), neto do profeta Mohamed.


França fará todo o possível para libertar reféns em Mali, diz Hollande

Da Agência Lusa


O presidente francês, François Hollande, afirmou hoje (20) que a França “fará todo o possível” para conseguir a libertação das pessoas feitas reféns durante ataque armado contra um hotel de luxo em Bamako, capital do Mali.

Em declaração feita antes de um discurso dedicado à 2ª Cúpula do Clima da ONU (COP21), agendada para o fim deste mês em Paris, Hollande pediu aos cidadãos franceses que estão “em países sensíveis” que “tomem todas as precauções”, em particular os franceses que se encontram no Mali, que devem fazer contato com a representação diplomática francesa.

“No contexto que todos conhecemos, pedimos aos nossos cidadãos que tenham cautela extrema. A vida não para, nem tampouco a atividade econômica, em todos os países que precisam de nós, mas é muito importante que pensem também na segurança”, afirmou o chefe de Estado francês.

Em declarações à agência espanhola EFE, um porta-voz da polícia militarizada francesa (gendarmerie) disse que 40 agentes das forças especiais de intervenção e uma dezena de integrantes da polícia científica estão  viajando para o Mali.

A Air France informou que os 12 funcionários da companhia aérea francesa que estavam no Radisson Blu em Bamako, o hotel que foi alvo do ataque, conseguiram sair do local e “encontram-se em lugar seguro”.

Em nota, a transportadora francesa afirmou que os funcionários eram dois pilotos e dez integrantes da tripulação de cabine.

A Air France anunciou o cancelamento dos voos de hoje de e para Bamako, bem como um reforço da segurança em vários locais onde os aparelhos da companhia fazem escala.

Homens armados atacaram de manhã o hotel de luxo Radisson Blu em Bamako, fazendo 170 reféns, entre hóspedes e funcionários e matando pelo menos três pessoas.

Cerca de 80 reféns foram, no entanto, libertados. Entre eles encontram-se turistas e empresários de várias nacionalidades.

Fontes da segurança disseram que os homens armados são jihadistas, que eles chegaram ao hotel bem cedo, em um automóvel com matrícula diplomática, entraram e começaram a disparar armas automáticas.


Cade abre processo para apurar conduta anticompetitiva de taxistas contra Uber

Da Agência Brasil Edição: José Romildo


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu processo administrativo para investigar denúncias sobre condutas anticompetitivas praticadas por taxistas contra a entrada do aplicativo Uber no mercado de transporte de passageiros. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (20).

As denúncias foram apresentadas pela empresa Uber do Brasil Tecnologia, pelo Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília e pelo Diretório Central dos Estudantes do Centro Universitário de Brasília. Depois de aberto o processo administrativo, representantes dos taxistas e da empresa Uber terão 30 dias para apresentar os argumentos.

Taxistas fazem manifestação contra o Uber na Esplanada dos MinistériosMarcello Casal Jr/Arquivo/Agência Brasil

Segundo as denúncias, os taxistas teriam utilizado meios abusivos para excluir e barrar a entrada do aplicativo Uber no mercado de transporte individual remunerado.

Para o Cade, enquanto a atual controvérsia jurídica acerca da legalidade do Uber não for esclarecida pelos Três Poderes, a empresa deve ser considerada uma concorrente como qualquer outra e não pode ser alvo de condutas anticompetitivas previstas na Lei de Defesa da Concorrência.

Em instrução preliminar, o Cade verificou a existência de um suposto abuso de direito de petição em três ações judiciais movidas por representantes dos taxistas – conduta internacionalmente conhecida como sham litigation. Essas ações apresentaram o mesmo objeto e foram ajuizadas em diferentes foros. Há indícios de que as ações teriam como objetivo burlar as regras de distribuição dos processos e julgamento para dificultar a defesa da Uber e, assim, alcançar decisão contra a empresa. De acordo com o Cade, as demais ações judiciais analisadas foram ajuizadas pelos taxistas de maneira legítima e não abusiva.

O Cade identificou ainda, em fase preliminar, indícios de que alguns taxistas teriam usado de violência e grave ameaça contra motoristas do Uber e passageiros do aplicativo. Essas ações teriam gerado um clima real de ameaça à atuação de rivais, o que poderia causar efeitos anticoncorrenciais para entrada e o desenvolvimento da empresa no mercado, além de limitar a escolha dos consumidores.

Para o presidente do Sindicato dos Permissionários de Táxi e Motoristas Auxiliares do Distrito Federal (Sinpetaxi-DF), Sérgio Aureliano e Silva, a decisão do Cade pode abrir precedentes para funcionamento de qualquer transporte clandestino. ”Se o Cade decidiu isso [abrir o processo administrativo], qualquer um pode pegar seu carro e fazer transporte pirata. Só cobramos do governo a legalidade do Uber. Eles não têm autorização e regras para serem seguidas”, disse. O Sinpetaxi-DF é um dos citados no processo administrativo. A Agência Brasil não conseguiu contato com representante do Uber até a publicação do texto.

O Rio de Janeiro foi a primeira cidade do país a ter o serviço do Uber, em 2014. O aplicativo funciona também em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. Taxistas já promoveram protestos em várias cidades contra a atuação do aplicativo.


União Europeia decide reforçar controle de fronteiras Schengen

Da Agência Lusa


Os países europeus decidiram hoje (20) reforçar imediatamente o controle de todos os viajantes, incluindo os da União Europeia (UE), nas fronteiras externas da área de livre circulação Schengen, na sequência dos atentados de Paris, segundo fontes europeias citadas por agências internacionais.

Os ministros do Interior da UE apoiaram a proposta apresentada pela França de fazer uma revisão fundamental do Tratado de Schengen, para permitir o controle sistemático dos cidadãos europeus nas fronteiras.

“Os Estados-Membros se comprometem a aplicar imediatamente controles necessariamente sistemáticos e coordenados nas fronteiras externas, incluindo o de indivíduos com direito à livre circulação”, informa proposta de declaração da reunião, citada pela agência France Presse.

Representantes europeus disseram à agência que os cidadãos europeus não vão ter os passaportes controlados, mas a sua informação pessoal será verificada em bases de dados.

Os atentados ocorridos há uma semana em Paris, que deixaram 129 mortos, voltaram a suscitar questões sobre a segurança das fronteiras externas de Schengen, uma vez que alguns dos autores dos ataques viajaram da Bélgica para Paris e o suposto “mentor” do plano, Abdelhamid Abaaoud, pode ter regressado da Síria, onde combateu no grupo extremista Estado Islâmico, transitando pela Europa sem ser detectado.

O acordo de Schengen, que aboliu as fronteiras entre 26 países europeus, foi dotado de instrumentos de controle nas fronteiras externas, pensados para os estrangeiros, mas não para os europeus que, à luz das regras vigentes não podem ficar sujeitos a um controle sistemático.

O Conselho de Justiça e Assuntos Internos, reunido hoje em Bruxelas foi convocado pela França para discutir respostas operacionais imediatas ao terrorismo como um registro de nomes dos passageiros (PNR) europeu, o reforço do controle das fronteiras externas da UE, novos regulamentos para as armas de fogo e combate ao financiamento de terroristas, entre outras.


Cerca de 80 reféns são libertados no Mali

Da Agência Lusa

Cerca de 80 das 170 pessoas feitas reféns durante um ataque armado hoje ao hotel de luxo Radisson Blu, em Bamako, no Mali, foram libertadas.

O ministro da Segurança, coronel Salif Traoré, disse que a polícia libertou três dezenas de reféns e que outros conseguiram fugir sozinhos.

Homens armados atacaram hoje o hotel de luxo Radisson Blu, na capital do Mali, fazendo 170 reféns entre hóspedes e funcionários e matando pelo menos três pessoas.

Fontes da segurança disseram que os homens são jihadistas que chegaram ao hotel num automóvel com matrícula diplomática, entraram e começaram a disparar armas automáticas.

A França anunciou que vai enviar cerca de 40 policiais de uma unidade de elite.

Homens armados fazem reféns em hotel do MaliDivulgação/Agência Lusa



Paris se queixa de falta de coordenação europeia contra o terrorismo

Da Agência Lusa


O porta-voz do governo francês, Stéphane Le Foll, queixou-se hoje (20) de que a “Europa funciona sem coordenação” na luta contra o terrorismo, destacando que a França está “muito determinada em alcançar objetivos” no Conselho de Ministros da Justiça e Interior.

“É necessário que, em nível europeu, se mude a forma como trabalhamos juntos”, disse Le Foll em entrevista ao canal France 2.

O porta-voz lembrou os pedidos franceses aos parceiros europeus no Conselho de Ministros de hoje em Bruxelas: a adoção do dispositivo de registo dos passageiros aéreos, a partilha de fichários judiciais e “uma política mais coerente” contra o tráfico de armas.

Paris reclama também o reforço do controle das fronteiras e a partilha das informações dos serviços secretos.

Questionado se vai prolongar o controle das fronteiras francesas, incluindo os países da área Schengen, decretado duas horas depois dos ataques terroristas em Paris na sexta-feira passada (13), o porta-voz disse que será feito “o que for necessário”.


Supostos jihadistas fazem tiroteio em hotel no Mali

Da Agência Lusa


Um tiroteio hoje (20) de manhã, no Hotel Radisson em Bamako, centro da capital do Mali, supostamente feito por jihadistas, levou à definição de um perímetro de segurança no local, informou um jornalista da France Press que se encontra no local.

De acordo com o testemunho, o fogo disparado por armas automáticas foi ouvido fora do hotel, mas ainda não há relatos sobre vítimas.

“Tudo aconteceu no sétimo andar, os jihadistas estão disparando no corredor”, disse uma fonte de segurança à France Presse.

Segundo a mesma fonte, as forças policiais já estabeleceram um cordão de segurança.


Estado Islâmico ameaça atacar Casa Branca, Roma e novamente Paris

Da Agência Lusa

O grupo extremista Estado Islâmico divulgou nessa quinta-feira (19) um vídeo em que ameaça fazer novos atentados na Casa Branca, em Roma e novamente em Paris, após os ataques da última sexta-feira (13) na capital francesa.

No vídeo de seis minutos, supostos integrantes da organização ameaçam fazer ataques suicidas na residência do presidente dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que se congratulam com os atentados em Paris, em que morreram 129 pessoas.

Os terroristas também ameaçam com mais atentados na capital francesa e mencionam “a conquista de Roma”, depois de a Praça de São Pedro, no Vaticano, ter sido capa da revista online do grupo.

O novo vídeo foi divulgado depois de, na quarta-feira (18), o presidente da Câmara de Nova York, Bill de Blasio, ter dito que “não existe qualquer ameaça credível e específica” contra a cidade.

“Quero encorajar todos os nova-iorquinos a manterem as suas rotinas habituais e quero que saibam que não existe qualquer ameaça credível e específica contra a cidade”, afirmou de Blasio, em entrevista na Times Square, acompanhado do chefe da polícia, William Bratton.


Polícia chinesa mata 28 supostos terroristas em Xinjiang

Da Agência Lusa

A polícia da região autônoma chinesa de Xinjiang desarticulou um suposto grupo terrorista, matando 28 dos seus integrantes em uma operação que durou 56 dias, anunciaram as autoridades locais, citadas hoje (20) pela agência oficial Xinhua.

Na última quarta-feira (18), um grupo armado atacou uma mina de carvão no condado de Baicheng, na prefeitura de Aksu, matando 11 civis, três policiais e mais dois integrantes da força, além de ferir 18 pessoas, de acordo com comunicado do Departamento de Propaganda de Xinjiang, informou a Xinhua.

Segundo a agência, um dos supostos terroristas rendeu-se e 28 foram mortos numa operação policial.

A China considera os separatistas de Xinjiang responsáveis pelos conflitos na região, entre eles a minoria muçulmana uigur e a maioria han, predominante em cargos de poder político e empresarial regional.

Peritos e grupos de defesa dos direitos humanos consideram, no entanto, que a política repressiva de Pequim, em relação à cultura e religião dos uigures, aumenta a tensão em Xinjiang.

Após os atentados em Paris, a China elevou o nível de alerta terrorista e pediu que os "separatistas uigures" sejam incluídos na luta mundial contra o terrorismo.

No ano passado, 712 pessoas foram condenadas na China por terrorismo e atividades separatistas, segundo dados oficiais apresentados durante a Assembleia Nacional Popular chinesa, realizada anualmente em março.

A maioria dos casos ocorreu em Xinjiang, mas houve também um atentado na Praça Tiananmen, em Pequim, e outro na Estação Ferroviária de Kunming, no Sudoeste da China.


EUA dizem que Estado Islâmico pode ser eliminado mais depressa do que Al Qaeda

Da Agência Lusa

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse estar convencido de que os Estados Unidos têm capacidade para “neutralizar” o grupo Estado Islâmico em menos tempo do que precisaram para eliminar a Al Qaeda.

“Começamos a nossa luta contra a Al Qaeda em 2001 e demoramos vários anos até que pudéssemos eliminar Osama bin Laden e os seus líderes, neutralizando-os como força efetiva. Espero fazê-lo com o Estado Islâmico muito mais rapidamente. Acredito que temos capacidade de fazer isso”, afirmou.

O responsável pela diplomacia norte-americana fez as declarações aos jornalistas em Washington, depois de comparecer ao Comitê de Inteligência do Senado, onde defendeu a estratégia de administração do presidente Barack Obama na Síria.

“Vamos derrotar o Estado Islâmico”, disse Kerry, acrescentando que a participação dos Estados Unidos no conflito resultará no desmantelamento do regime terrorista no Iraque e na Síria e levará a uma transição política para substituir o presidente sírio, Bashar Al Assad.


Jogador da seleção belga é confundido com terrorista em Bruxelas

Estadão Conteúdo



Nesta quinta-feira, uma situação no mínimo embaraçosa aconteceu em Bruxelas, local que sediaria o amistoso entre Bélgica e Espanha, que acabou sendo cancelado para prevenir prováveis atos terroristas.

Após retornar de uma tarde livre com os familiares, o jogador da seleção Radja Nainggolan encontrou seu quarto sendo revistado por três policiais no hotel em que a Bélgica está concentrada. Ele teria sido denunciado por um hóspede como possível terrorista. Porém, o jogador, de origem indonésia, foi rapidamente reconhecido pelas autoridades e ainda posou para uma foto.


"Obviamente, eu tenho um visual assustador. Porém, felizmente, a polícia me reconheceu imediatamente", afirmou Nainggolan, que atua na Roma, ao jornal local DH. Um amigo do atleta postou uma foto nas redes sociais tirando sarro da situação: "As pessoas chamaram a polícia porque Radja estava agindo de forma suspeita (risos)".

O medo do terrorismo tem tomado conta da Europa desde a última sexta-feira, quando pelo menos 129 pessoas foram mortas e 221 ficaram feridas em meio a uma série de ataques em Paris. Justamente pelo temor por novos ataques, o amistoso entre Bélgica e Espanha acabou cancelado.

Fonte: HuffPost Brasil

Mara Gabrilli peita Eduardo Cunha: 'O senhor está com medo?'

HuffPost Brasil  |  De Grasielle Castro



Os deputados de oposição ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) reagiram a manobra do peemdebista para protelar a reunião do Conselho de Ética. O colegiado analisa representação do PSol e da Rede contra Cunha por quebra de decoro.

Após Cunha anular a reunião do conselho e impedir que ela continuasse, a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) fez um aparte caloroso no plenário, no qual perguntou ao presidente se ele estava com medo.

Cunha ouviu tudo calado.

“Eu gosto do senhor e gostar do senhor me fez perceber que o senhor nos chama de imbecis muitas vezes, O senhor tem que dar exemplo, o senhor está perdendo a cada dia legitimidade de presidir esta Casa. Convido os deputados a sair da sessão. O senhor tem que revogar esse ato e valorizar nossa comissão de ética. O senhor está com medo? (…) Chega senhor presidente, o senhor não consegue mais presidir. Levanta dessa cadeira."
Após a fala da deputada, os deputados saíram em peso do plenário entoando gritos como “fora Cunha”e “ô Cunha, seu ditador, sua hora já chegou”.

Manobra

Marcada para a manhã desta quinta-feira (19), a reunião para apresentar o relatório de Fausto Pinato (PRB-SP) sobre a representação por quebra de decoro contra Cunha foi suspensa. Embora petistas e aliados do peemdebista tenham se faltado a sessão, houve quórum suficiente para que ela se iniciasse.

Uma manobra do presidente da Casa, porém, fez com que a reunião fosse cancelada. Cunha abriu uma sessão deliberativa no plenário, que automaticamente impede o funcionamento das demais comissões da Casa.

Os deputados protestaram no plenário e a reunião do conselho foi iniciada novamente. Para evitar atentar contra o regimento da Casa, o presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), abriu uma sessão de debates e o parecer de Pinato ficou para ser votado na próxima semana.

Cunha negou que tenha feito qualquer manobra.


Fonte: HuffPost Brasil

Projeto de Lei quer barrar candidatura de políticos condenados pela Lei Maria da Penha

HuffPost Brasil  |  De Andréa Martinelli



Foi protocolado na última quarta-feira (18), na Câmara dos Deputados, um projeto de lei que pretende colocar corruptos e homens que cometem violência contra a mulher no mesmo patamar. A ideia é que políticos condenados por violência doméstica não participem de disputas eleitorais.

Segundo a proposta dos deputados João Derly (RS) e Aliel Machado (PR), ambos da Rede, políticos enquadrados pela Lei Maria da Penha passariam a ser barrados pela Lei da Ficha Limpa. As informações são da coluna do Lauro Jardim no jornal O Globo.

O projeto visa alterar a Lei de Inelegibilidade (1990), que foi modificada em 2010 pela Lei da Ficha Limpa, que, desde então, já torna inelegível os políticos que tenham cometido alguma infração grave.

Crimes contra a administração pública, compra de votos, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas são alguns exemplos de atos que impedem a candidatura, tornando o candidato um "ficha suja".

Mas a proposta ainda precisa passar pela da Câmara, pelo Senado e, se aprovada, aguardar sanção da presidente Dilma Rousseff (PT). Caso o PL seja aprovado, os agressores só poderão participar de eleições oitos anos após o cumprimento da pena estipulada pela justiça em caso de condenação.

“Tendo no entanto incorporado um padrão de relacionamento em que o homem exerce poder sobre a mulher e acredita ter o direito de repreendê-la ou castigá-la, cremos não poder ser detentor de um mandato eletivo aquele que comete agressão contra a mulher, sobretudo quando a ele emocionalmente ligada”, disse o deputado João Derly ao justificar a proposta.

O Projeto de Lei é uma resposta às denúncias e declarações do secretário de governo da prefeitura do Rio de Janeiro, Pedro Paulo Teixeira (PMDB-RJ), que admitiu ter agredido, mais de uma vez, sua ex-mulher, Alexandra Marcondes. Na última quinta-feira (12), o secretário participou de uma coletiva de imprensa em que o pré-candidato à prefeitura do Rio assumiu que havia espancado a ex-mulher durante o Natal de 2008.

"Quem é que não tem uma briga dentro de casa? Quem é que não tem um descontrole? Quem é que não exagera numa discussão? Nós somos um casal como qualquer outro. Às vezes exagera, fala coisas que não deve. Agora, não achar que isso possa ser uma coisa normal na nossa vida?", disse durante a coletiva.

A coletiva foi convocada após duas denúncias contra ele feitas pela revista Veja e pela Época. Foi revelado que Alexandra havia sido arremessada no chão e levado chutes e pontapés em 2010. Depois, mostrou que aquela não havia sido a primeira agressão.

Nesta quinta-feira (19), a revista Época revelou que, em novo boletim de ocorrência, Pedro Paulo ameaçava sumir com a filha do casal, de apenas quatro anos de idade. “Diariamente liga para a declarante (Alexandra) e para a mãe da mesma, dizendo que vai tirar a guarda da criança e que vai sumir com ela”, diz o documento apurado pela revista. Procurados pela publicação, Pedro Paulo e Alexandra não se pronunciaram sobre o assunto.


Fonte: HuffPost Brasil

Câmara dos EUA suspende acolhimento de refugiados sírios e iraquianos

Da Agência Lusa


A Câmara dos Estados Unidos, de maioria republicana, aprovou hoje (19) um projeto de lei que suspende o acolhimento de refugiados sírios e iraquianos, apesar dos apelos em contrário e da ameaça de veto do presidente Barack Obama.

O texto foi aprovado com o apoio da maioria republicana e de uma parte dos democratas, por 289 votos contra 137, e deverá ser ainda examinado pelo Senado, também controlado pelos republicanos.

A Casa Branca assegurou que o Presidente vai vetar o novo texto, na sequência de uma votação que mostra a súbita e recente rejeição dos refugiados provenientes da Síria após os atentados de Paris.

Barack Obama tem insistido na determinação em acolher 10 mil refugiados sírios em 2016. Eles fogem dos conflitos em seu país.


França vai "intensificar" luta contra Estado Islâmico na Síria e no Iraque

Da Agência Brasil* Edição: Fábio Massalli


O presidente francês, François Hollande, ordenou a "intensificação" dos ataques contra o grupo extremista Estado Islâmico na Síria e no Iraque, numa decisão que surge seis dias após os atentados da organização jihadista ter morto 129 pessoas em Paris.

Em um comunicado da Presidência, o chefe de Estado "deu as instruções necessárias à intensificação das operações militares em curso para lutar contra o Daesh [acrónimo árabe que designa o grupo Estado Islâmico] na Síria e no Iraque".

Hoje (19), a França propôs ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) uma resolução com "todas as medidas necessárias" para combater o Estado Islâmico.

O texto apela à comunidade internacional para que "redobre os seus esforços e a coordenação dos mesmos" no sentido de prevenir e impedir os atos terroristas cometidos pelo Estado Islâmico e por outras organizações terroristas associadas à Al Qaeda.

A resolução refere-se a medidas tomadas "no território sob o controle do Estado Islâmico na Síria e no Iraque" e em conformidade com as leis internacionais.

*Com informações da Agência Lusa


França propõe à ONU "todas as medidas necessárias" contra o Estado Islâmico

Da Agência Lusa


A França propôs hoje (19) ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) uma resolução com "todas as medidas necessárias" para combater o grupo jihadista Estado Islâmico, que reivindicou a autoria dos atentados que causaram 129 mortes na sexta-feira (13) em Paris.

O texto apela à comunidade internacional para que "redobre os seus esforços e a coordenação dos mesmos" no sentido de prevenir e impedir os atos terroristas cometidos pelo Estado Islâmico e por outras organizações terroristas associadas à Al Qaeda.

A resolução refere-se a medidas tomadas "no território sob o controle do Estado Islâmico na Síria e no Iraque" e em conformidade com as leis internacionais.

No projeto, a França reitera que condena não apenas os ataques em Paris, mas as ações do Estado Islâmico em outubro e novembro em Sousse (Tunísia), em Ancara, em Beirute e contra um avião russo abatido sobre o Sinai egípcio.

O documento pede que os países intensifiquem esforços para evitar que os seus cidadãos se juntem a integrantes do grupo jihadista na Síria e no Iraque e para secar as fontes de financiamento dos grupos extremistas.

"Conforme anunciado pelo presidente da República, François Hollande, a França propôs um projeto de resolução forte e centrado numa prioridade: a luta contra o inimigo comum, o Estado Islâmico", disse o embaixador francês François Delattre, para quem "a ameaça sem precedentes que este grupo representa para toda a comunidade internacional exige uma resposta forte, unida e inequívoca do Conselho de Segurança".

Paris espera adotar o texto nos próximos dias, o mais tardar no início da próxima semana.


Dilma sanciona lei que institui o Programa de Proteção ao Emprego

Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado

A presidenta Dilma Rousseff sancionou hoje (19), sem vetos, a lei que institui o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). O programa prevê a redução temporária da jornada de trabalho, com diminuição de até 30% do salário. Para isso, o governo arcará com 15% da redução salarial, usando recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

A presidenta Dilma Rousseff sanciona a lei que institui o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), em solenidade no Palácio do Planalto Valter Campanato/Agência Brasil

No início de julho, Dilma editou a medida provisória que criou o programa e o Senado aprovou o texto no final de outubro.

Segundo a presidenta, nos quatro meses de vigência da medida provisória foram aprovadas 33 adesões ao PPE, beneficiando 30.368 trabalhadores. Outras 42 solicitações estão em análise envolvendo o emprego de 12.264 trabalhadores. “Agora, a sanção da lei vai permitir que a gente afaste qualquer preocupação com a segurança jurídica do processo, e, portanto, vai permitir que mais empresas possam acessar o programa”.

Dilma ressaltou que o PPE é vantajoso para diversos setores. “Para as empresas, porque, além de rápido [o processo de adesão], podem ajustar sua produção sem abrir mão dos seus trabalhadores; para os trabalhadores porque preserva emprego e a maior parte de rendimentos; para o governo federal, porque, diante da crise, essa é uma medida de proteção ao emprego, e, além disso, é possível que o gasto com o PPE seja menor do que com o seguro-desemprego e ainda preserva a arrecadação das contribuições sociais”, disse.

Segundo a presidenta, o governo está trabalhando “de forma obstinada” para reorganizar a situação fiscal do país a fim de reduzir a inflação, restaurar o crescimento econômico e a confiança na economia brasileira. “O Brasil vive hoje um momento de transição, na qual as escolhas que fizermos vão condicionar o futuro, principalmente a retomada [da economia]. Uma crise é um momento muito doloroso e nós devemos impedir que seja desperdiçada”, completou.

Pela proposta, para que o regime diferenciado seja aplicado, é necessário que ele seja acertado em acordo coletivo de trabalho específico com a entidade sindical. Para participar do programa, a empresa deve comprovar que passa por dificuldade econômico-financeira, demonstrar regularidade fiscal, previdenciária e conformidade com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

De acordo com o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, das 75 empresas que solicitaram adesão ao PPE, 27 são do setor automotivo, 17 do metalúrgico, 16 do fabril, cinco de serviços e quatro do comércio. São Paulo é o estado que com mais empresas que pediram adesão ao programa com 54 solicitações. A adesão ao PPE pode ser feita até o fim de dezembro do ano que vem e a vigência vai até dezembro de 2017.

“A garantia do emprego é o objetivo fundamental desse programa numa situação de dificuldades econômicas. A partir da sanção presidencial, estamos seguros da expansão do programa, que está disponível para todos os setores, todos os tamanhos de empresa”, disse o ministro.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos automotores (Anfavea), Luiz Moan, informou que várias empresas já estão conversando com os sindicatos e que a situação das vendas é crítica. “Nós estamos com uma crise muito forte, uma queda de praticamente 30% nas nossas vendas este ano em relação ao ano passado, na área de caminhões, queda de 45%”.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, a redução de salários é vantajosa em um momento de crise. “Ninguém gosta [de redução salarial], mas nas assembleias que já fizemos, em todas elas foi aprovada por unanimidade os acordos do PPE. Num momento como esse, o esforço é coletivo e os trabalhadores têm entendido por causa da ameaça de demissões”.


Emissão de gases de efeito estufa está estável, diz Observatório do Clima

Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo


As emissões de gases de efeito estufa do Brasil em 2014 ficaram estáveis em relação ao ano anterior, apesar da queda de 18% na taxa de desmatamento da Amazônia. A nova projeção do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), do Observatório do Clima, rede que reúne 37 entidades da sociedade civil para discutir as mudanças climáticas no Brasil, foi divulgada hoje (19).

De acordo com os dados do Seeg 2015, o Brasil emitiu no ano passado 1,558 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente, redução de 0,9% em relação ao patamar de 1,571 bilhão de toneladas emitidas em 2013.

Segundo o observatório, em 2013, um aumento de 28% na taxa de desmatamento na Amazônia fez as emissões totais do país crescerem 8,2% em relação ao ano anterior. Com a desaceleração do desmatamento em 2014, era esperado que as emissões também caíssem, mas não foi o que se verificou. Alta de 6% na quantidade de carbono lançada ao ar pelo setor de energia impediu que a queda de 9,7% das emissões pelo desmatamento fizesse diferença na contribuição do Brasil para o aquecimento global no ano passado.

“Os novos dados consolidam o fim da fase de queda de emissões verificada entre 2004 e 2009. Desde então, as emissões têm flutuado em torno de 1,5 bilhão de toneladas de CO2”, afirmou, em nota, o coordenador do Seeg, Tasso Azevedo.

O setor de energia emitiu, em 2014, 479,1 milhões de toneladas (mt) de CO2e, e hoje está lado a lado do desmatamento (486,1 mt CO2e) como principal fonte de gases estufa da economia brasileira.

Segundo o observatório, o crescimento foi puxado pelos setores de transportes, que está emitindo 3% mais do que em 2013; de geração de eletricidade, que teve um aumento de 23%, devido ao acionamento de usinas termelétricas fósseis por causa seca que esgotou os reservatórios das hidrelétricas no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sudeste; e de produção de combustíveis, que teve aumento de 6,8% nas suas emissões em razão da produção e do refino de óleo e gás, que inclui a exploração do pré-sal.

“A participação das usinas termelétricas na geração de energia para compensar a crise hídrica que afetou as hidrelétricas foi protagonista nesse resultado”, disse o coordenador-geral do Observatório do Clima, André Ferretti. “É preciso diversificar nossa matriz energética, investindo em fontes limpas como a eólica e o etanol de segunda geração.”


Cunha suspende decisão que anulou atos do Conselho de Ética

Da Agência Brasil* Edição: Carolina Pimentel

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspende decisão que anulou atos  do Conselho de ÉticaAntonio Cruz/Agência Brasil
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu suspender a decisão do deputado Felipe Bornier (PSD-RJ) que anulou a reunião do Conselho de Ética de hoje (19). A reunião foi marcada para a leitura do relatório do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) sobre a continuidade do processo contra Cunha. A reunião foi cancelada pelo deputado Felipe Bornier, que é um dos secretários da Mesa Diretora, enquanto estava como presidente da Câmara.

Em protesto, vários deputados deixaram o plenário após a decisão de Bornier. A reunião havia sido aberta pela manhã, mas foi suspensa após discussão entre os membros do conselho.

Ao suspender a decisão de Bornier, Cunha disse que não quer contaminar a Casa com algo que diga respeito a ele. “A questão de ordem será acatada e respondida a posteriore pelo 1º vice, de forma a evitar qualquer tipo de decisão que possa afetar o plenário”, disse.

O presidente afirmou que não tomou a decisão durante os protestos dos deputados para “não passar a impressão de que o grito vai prevalecer em plenário”.

Em relação à coincidência do horário da sessão do plenário e da reunião do Conselho de Ética, Eduardo Cunha declarou que sempre houve sessão na quinta-feira pela manhã, a partir das 9 horas, a pedido dos próprios líderes, para que não ocorra à tarde. "A sessão do plenário já estava decidida antes de a reunião do conselho ser combinada”, disse. De acordo com Cunha,  as decisões da Presidência sobre interpretações regimentais têm como base o regimento interno e disse que não vai se pronunciar sobre a decisão do  Conselho de Ética. “Questão de ordem que tem implicação em matérias que ora podem ser de interesse da oposição e ora de interesse do governo não pode ser decidida pelo clima politico do momento. O recurso à CCJ foi admitido”, disse, sendo interrompido várias vezes pelo protesto de deputados contra a anulação da reunião do conselho.

Para o deputado Roberto Freire (PPS-SP), a suspensão deveria ter ocorrido antes dos protestos dos deputados. “Se fosse adotada antes dos eventos que ocorreram com a retirada [dos deputados], poderíamos ter retomado o diálogo. Agora o fato já ocorreu". Já o deputado Hugo Motta (PMDB-PB) elogiou a decisão de Cunha. “Está mostrando imparcialidade”, disse, acrescentando que Cunha tem “plena condição de presidir a Casa”.

* Com informações da Agência Câmara


Conselho de Ética suspende reunião que iria analisar parecer contra Cunha

Da Agência Brasil* Edição: Carolina Pimentel


Foi suspensa a reunião do Conselho de Ética que iria apreciar parecer preliminar do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), que é relator no processo contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), disse que a reunião será retomada ainda hoje para a leitura do relatório, após o final da Ordem do Dia do plenário.

Araújo disse ainda que, antes da leitura do relatório, os advogados de Cunha terão direito a se pronunciar.

No último dia 16, Pinato recomendou a continuidade das investigações das denúncias contra o presidente da Câmara. Segundo Pinato, todos os requisitos formais foram atendidos.  Fausto Pinato defendeu ainda a antecipação da análise e afirmou que as denúncias são contundentes.

"Cheguei à conclusão que o processo contra Eduardo Cunha deve ter seguimento, pois ele preenche todos os requisitos de admissibilidade. A denúncia é apta por justa causa: tipicidade, indícios suficientes, como a denúncia do procurador-geral da República, o depoimento de Júlio Camargo e a transcrição da fala do presidente da Câmara à CPI da Petrobras", acrescentou Pinato.

De acordo com o regimento da Casa, o relatório prévio deveria ser entregue por Pinato até quinta-feira (19). Como se declarou convicto, Pinato decidiu antecipar a apresentação.

O deputado Eduardo Cunha é alvo de representação do Rede Sustentabilidade e do PSOL. Segundo a denúncia ao Conselho de Ética, ele teria mentido em depoimento à CPI da Petrobras, quando negou ter contas bancárias no exterior. Documentos do Ministério da Justiça da Suíça foram enviados ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, indicando contas em nome do presidente da Câmara naquele país.

Em nota, no mesmo dia, o advogado Marcelo Nobre, que defende o presidente da Câmara dos Deputados, acusou Pinato de ter ferido o direito de defesa do seu cliente ao apresentar antecipadamente parecer pela admissibilidade da representação contra Cunha. De acordo com Marcelo Nobre, a apresentação antecipada “representa o cerceamento do direito de defesa, imprescindível para o esclarecimento de dúvidas do relator e dos integrantes do conselho”.

* Com informações da Agência Câmara


Parlamento francês aprova prorrogação do estado de emergência

Da Agência Lusa Edição: Graça Adjuto


O Parlamento francês aprovou hoje (19) o prolongamento do estado de emergência, por três meses, na sequência dos atentados terroristas da última sexta-feira (13) em Paris.

O presidente François Hollande estabeleceu o estado de emergência pouco depois dos atentados, que deixaram 129 mortos e mais de 350 feridos.

"O estado de emergência, instituído pelo decreto de 14 de novembro de 2015", no dia seguinte aos ataques, "é prolongado por um período de três meses a partir de 26 de novembro" até 25 de fevereiro à meia-noite, de acordo com o texto aprovado pelos deputados.

O Partido Republicano, a principal formação de oposição de direita, defendia um prolongamento de seis meses do regime de exceção.

O estado de emergência permite às forças de segurança recorrer a meios suplementares para lutar contra a ameaça terrorista que vai continuar, disse na segunda-feira (16) o presidente François Hollande.

"A luta contra o Estado Islâmico vai mobilizar os nossos recursos durante muito tempo na frente externa e no terreno interno", disse aos deputados, reunidos no Congresso em Versailles.

A medida, anunciada pelo governo, amplia a margem de manobra das forças de segurança em questões como as prisões domiciliares, o prolongamento da detenção preventiva relacionada com ameaças de terrorismo e as buscas.

O regime de prisão domiciliar pode ser aplicado a qualquer pessoa cujo comportamento seja considerado suspeito de constituir ameaça à segurança e à ordem pública.

A Assembleia Nacional também aprovou emenda, apresentada pela direita, que permite o recurso da pulseira eletrônica para controlar pessoas em prisão domiciliar.

Matéria atualizada às 13h17



Migrações: Sérvia e Macedônia filtram entrada por nacionalidade

Da Agência Lusa

 A Sérvia e a Macedônia limitam a passagem dos migrantes em seu território em função da nacionalidade, deixando entrar apenas sírios, iraquianos e afegãos, informou hoje (19) o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

“Desde ontem à tarde, as autoridades sérvias somente autorizam a entrada no país dos refugiados procedentes do Afeganistão, da Síria e do Iraque”, disse a porta-voz do Acnur, Melita Sunjic.

A vizinha Macedônia também seleciona os migrantes que chegam da Grécia, tendo criado uma lista de países cujos cidadãos não podem passar (Marrocos, Sri Lanka, Sudão, Libéria, Congo e Paquistão), acrescentou.

Ao entrar na Sérvia, na região de Miratovac (Sul), os migrantes devem apresentar os documentos de identidade ou fornecidos pelas autoridades gregas ou da Macedônias que provem a sua identidade.

Segundo um repórter fotográfico da agência France Press, cerca de 300 migrantes aguardavam, hoje de manhã, a passagem da Grécia para a Macedônia, em Gevgelija. Forças policiais estão posicionadas ao longo da fronteira.

Desde o início do ano, mais de 800 mil migrantes chegaram à Europa pelo mar, muitos por meio dos Balcãs, a maioria procedentes do Oriente Médio.


Turquia pede frente unida de países muçulmanos contra Estado Islâmico

Da Agência Lusa


O presidente turco, o conservador Recep Tayyip Erdogan, apelou hoje (19) à união de todos os países muçulmanos contra o grupo radical Estado Islâmico, para que os jihadistas não continuem a fazer atentados como os de Paris.

“Condeno sem reservas os terroristas que creem na mesma religião que eu e apelo a todos os dirigentes dos países muçulmanos que criem uma frente unida”, declarou Erdogan em discurso em Istambul, durante um fórum sobre energia.

“Se não o fizermos, aqueles que atingiram Ancara atacarão em outros locais, como fizeram em Paris”, afirmou, referindo-se aos ataques de sexta-feira (13) na capital francesa, reivindicados pela organização,  que deixaram 129 mortos.

Erdogan insistiu na necessidade “de o mundo inteiro cooperar para adotar uma posição que impeça” os terroristas de “baterem em outras portas”.

“Se o aumento do fanatismo na Europa não for contido, acontecerão novas calamidades”, disse.

A Turquia foi, durante muito tempo, acusada de ser complacente ou até mesmo de ajudar os grupos rebeldes que combatem o regime de Damasco.

Sob pressão de aliados e após uma série de atentados atribuídos aos jihadistas em seu território, o governo turco mudou de posição e, desde o verão, juntou-se à coligação internacional que bombardeia o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

Depois do atentado em Ancara, em 10 de outubro, que deixou 103 mortos, os turcos têm intensificado as operações nas áreas jihadistas.


Jihadistas tinham planos contra cúpula do G20, mostra investigação

Da Agência Lusa

A célula jihadista do Estado Islâmico, que causou a morte de 102 pessoas em outubro, num duplo atentado suicida em Ancara, na Turquia, tinha planos contra a cúpula do G20, que terminou segunda-feira (16) em Antalya (Turquia).

A investigação nos computadores que a polícia encontrou nas casas dos jihadistas vinculados ao atentado de Ancara apontava para o fato de o encontro do G20 ser um alvo e de que o grupo tinha “feito explorações” nos hotéis onde os líderes mundiais estiveram hospedados.

Os planos contra a reunião dos líderes mundiais foram encontrados no computador de Yunus Durmaz, procurado pela polícia e considerado um dos cérebros do atentado de Ancara, de acordo com o diário turco Hurriyet.

As forças de segurança também encontraram na casa de Durmaz, em Gaziantep, cidade próxima à fronteira com a Síria, um depósito de armas.

A documentação recolhida revelou também que os jihadistas tinham estabelecido 26 objetivos em 18 províncias turcas, entre os quais a comunidade judia e grupos turcos de esquerda.

Por causa desses indícios, foram tomadas medidas adicionais de segurança em Antalya, para onde foram destacados 12 mil policiais.


China quer sistema nacional de comércio de direitos de emissão de carbono

Da Agência Lusa

A China indicou hoje (19) o ano de 2017 para a criação de um sistema nacional de comércio de direitos de emissão de dióxido de carbono, após formar um sistema piloto em sete cidades do país.

As transações nas áreas onde o esquema está sendo testado desde 2011 alcançaram 1,2 mil milhões de yuan (a moeda oficial chinesa, 176,8 milhões de euros), representando 40,24 milhões de toneladas de gases poluentes em cotas de emissão, segundo dados oficiais.

O sistema, denominado cap and trade, consiste na fixação de um limite para as emissões de carbono e a permissão para que as empresas que o ultrapassem possam comprar parte da cota das que ficarem aquém.

As áreas onde o sistema tem operado incluem Pequim, Tianjin, Xangai, Chongqing, Shenzhen, Guangdong e Hubei.

O país asiático espera que durante a próxima cúpula sobre alterações climáticas (COP21), em Paris, se alcance um acordo "juridicamente vinculativo", que leve em conta as "diferentes capacidades" dos países participantes.

"Deveríamos alcançar um consenso na fase final" das negociações, disse hoje em conferência de imprensa Xie Zhenhua, representante especial da China para as negociações.

Xie Zhenhua, que esteve recentemente na capital francesa, onde se reuniu com outras delegações para definir as bases de um possível acordo, expressou a sua confiança em um pacto global durante a cúpula, que começa no próximo dia 30.

Ao todo, 200 países participarão da COP21, incluindo o presidente chinês, Xi Jinping.

A China é o maior emissor de gases poluentes do mundo.


Polícia belga faz novas buscas em vários pontos de Bruxelas

Da Agência Lusa

A polícia belga realizou hoje (19) sete operações de buscas antiterroristas em diferentes pontos da cidade de Bruxelas, uma das quais diretamente relacionada com os ataques terroristas de sexta-feira (13) em Paris, anunciou a procuradoria federal.

A operação, conduzida em Laeken, faz parte do inquérito relacionados com os atentados de Paris e resultou na identificação de uma pessoa, a ser ouvida. Essa pessoa pode ser considerada suspeita ou testemunha, disse o porta-voz da procuradoria.

As buscas, que tiveram lugar em Bruxelas, Jette, Uccle e Molenbeek, envolveram amigos e membros da família de Bilal Hafdi, um dos terroristas que se fez explodir nas imediações do Stade de France, acrescentou o porta-voz. Acrescentou no entanto que as últimas operações não estão diretamente relacionadas com os atentados de sexta-feira passada, que provocaram 129 mortos. As operações estavam previstas há algum tempo, no quadro de um outro inquérito.


Mais ataques são prováveis, adverte diretor da Europol

Da Agência Lusa

O diretor da Europol, Rob Wainwright, advertiu hoje (19), em Bruxelas, que é “provável” que haja novos atentados na Europa, que assistiu na sexta-feira (13) em Paris a um ataque sem precedentes, e enfrenta hoje “a maior ameaça terrorista” dos últimos dez anos.

“Vamos ser muito claros sobre o significado do que aconteceu em Paris na última sexta-feira à noite: a meu ver, representa uma escalada muito séria na ameaça terrorista que enfrentamos na Europa. É a primeira vez que testemunhamos na região um ataque ao estilo de Bombaim, com tiroteios indiscriminados em locais públicos, combinados com homens-bomba”, disse Wainwright.

Ao falar à Comissão de Liberdades Civis, Justiça e Assuntos Internos do Parlamento Europeu, o diretor do Serviço Europeu de Polícia observou que o que se passou em Paris “é algo que as autoridades europeias receavam desde o ataque em Bombaim, em 2008”.

“A realidade do que ocorreu em Bombaim aconteceu agora na Europa”, afirmou, referindo-se aos dez atentados sincronizados que atingiram a capital financeira da Índia em novembro de 2008, fazendo 195 mortos.

Considerando que os ataques de Paris, que deixaram 129 mortos, são também a prova da firme intenção do autoproclamado Estado Islâmico de “exportar a sua marca de terrorismo para a Europa”, o diretor voltou a chamar a atenção para “a forma mais sofisticada e ameaçadora de terrorismo” que representa essa organização de radicais islâmicos.

“Estamos a lidar com uma organização terrorista com muitos recursos e muito determinada, que está agora ativa nas ruas da Europa. É por isso razoável assumir, e sem exageros, que mais ataques são prováveis, e penso que esta é a maior ameaça terrorista que a Europa enfrenta nos últimos dez anos”, acrescentou.


Canadá garante a Obama que é "parceiro forte" no combate ao Estado Islâmico

Da Agência Lusa

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou hoje (19) que se mantém como “parceiro forte” na luta internacional contra o Estado Islâmico, sem reverter a decisão de acabar com os ataques aéreos no Iraque e na Síria.

“O Canadá deve e vai continuar a ser um forte parceiro da coligação” internacional contra os jihadistas do Estado Islâmico, disse Trudeau, após encontro com o presidente norte-americano, Barack Obama, paralelamente a uma cúpula econômica em Manila, nas Filipinas.

Justin Trudeau, que surpreendeu ao vencer as eleições legislativas em outubro passado, prometeu acabar com as missões de combate, limitando-se a participar com ações de ajuda humanitária e de formação no Iraque.

O novo primeiro-ministro canadense tinha informado recentemente a Obama que o seu governo iria encerrar os ataques aéreos no Iraque e na Síria contra o Estado Islâmico sem, no entanto, revelar a data de adoção da medida.

O Canadá bombardeou várias posições do grupo no Iraque desde outubro de 2014 e estendeu esses ataques à vizinha Síria em abril deste ano.

A Força Aérea canadense disponibilizou seis caças F-18 para participar da coligação internacional, dois aviões de vigilância Aurora, um avião de reabastecimento de aeronaves e voo e dois de transporte.

Cerca de 600 soldados canadenses encontram-se no Kuwait, em apoio logístico.

Além disso, mais de 70 integrantes das forças especiais canadenses estão, desde setembro de 2014, a auxiliar as forças curdas no Norte do Iraque. Um soldado foi morto em março, devido a um erro de alvo das milícias curdas.


Le Pen defende controle de fronteiras europeias para combater terrorismo

Da Agência Lusa


A presidenta da Frente Nacional francesa, Marine Le Pen, defendeu hoje (19) o restabelecimento do controle das fronteiras europeias e a expulsão dos estrangeiros conhecidos como radicais islâmicos como a grande prioridade na luta contra o terrorismo.

“Há 12.700 pessoas identificadas por radicalização islâmica” pelos serviços secretos, das quais “6 mil potencialmente muito perigosas”, de modo que é preciso expulsar os estrangeiros e fazer o mesmo com os que têm dupla nacionalidade, depois de lhes retirar a nacionalidade francesa, afirmou Le Pen, em entrevista à Rádio França Internacional.

A líder da Frente Nacional lembrou que "não existem meios para vigiar todas essas pessoas”, como forma de justificar as expulsões. “Antes de tudo, temos de recuperar o controle das nossas fronteiras”, disse.


Síria não é "incubadora" do Estado Islâmico, diz Bashar Al Assad

Da Agência Lusa Edição: Graça Adjuto

O presidente sírio Bashar Al Assad declarou, nessa quarta-feira (18), que o seu país, devastado pela guerra, não é a "incubadora" do grupo Estado Islâmico, culpando o ocidente pela criação de organizações jihadistas.

“Posso afirmar que o Daesh (nome árabe do Estado Islâmico) não tem uma incubadora natural, uma incubadora social, na Síria”, disse o presidente, em entrevista à emissora de televisão italiana RAI.

O treinamento de jihadistas na Síria para os ataques de Paris de sexta-feira passada (13) foi feito devido ao apoio da Turquia, Arábia Saudita e do Catar “e, claro, das políticas ocidentais que apoiaram os terroristas de diferentes modos”, acrescentou.

Segundo ele, o Estado Islâmico “não começou na Síria, começou no Iraque e, antes disso, no Afeganistão”. Bashar Al Assad citou o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, que afirmou que “a guerra do Iraque ajudou a criar o Estado Islâmico”. A confissão de Blair “é a prova mais importante”, afirmou.

Mais de 250 mil pessoas morreram no conflito na Síria e milhões fugiram, à medida que o Estado Islâmico assumiu o controle de vastas áreas dos territórios sírio e iraquiano, geridas sob severa interpretação da lei islâmica.

Assad defendeu que não pode haver qualquer calendário de transição para as eleições enquanto partes do país estiverem controladas por rebeldes.

“Esse calendário se inicia depois de começarmos a vencer o terrorismo. Não se pode conseguir nada em termos políticos enquanto houver terroristas a se apoderar de muitas áreas na Síria”, disse.

Depois disso, "um ano e meio, dois anos são suficientes para qualquer transição”, comentou.



França: 137 líderes mundiais confirmam presença na COP21

Da Agência Lusa


A França recebeu a confirmação de que 137 chefes de Estado e de Governo participarão do encontro de cúpula sobre alterações climáticas (COP21), entre 30 de novembro e 11 de dezembro, anunciou hoje (19) o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius.

No primeiro dia, os líderes vão proferir os seus discursos e, no total, participarão, por meio de delegações e associações, 40 mil pessoas, informou Fabius, em entrevista à emissora France Info.

O chefe da diplomacia francesa confirmou que foram canceladas, por motivos de segurança, duas grandes manifestações que seriam realizadas paralelamente à cúpula, nos dias 29 de novembro e 12 de dezembro.

“Como a segurança não pode ser totalmente garantida, não se mantêm”, afirmou, acrescentando que, de qualquer forma, as organizações não governamentais estarão presentes no centro de conferências, onde vão ocorrer as negociações e mais de 350 debates.




Obama anuncia que vetará limitações à entrada de refugiados sírios no país

Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto


A Casa Branca anunciou nessa quarta-feira (18) que o presidente Barack Obama vai vetar qualquer projeto de lei que limite a entrada de sírios no país. O anúncio foi feito mediante a possibilidade de a Câmara dos Deputados norte-americana votar, ainda nesta semana, resolução para bloquear a decisão de Obama de acolher 10 mil refugiados daquele país até o ano que vem.

Como a maioria no Congresso é republicana e há aproximadamente 26 estados declaradamente contrários à entrada de sírios, a expectativa é de que restrições possam ser aprovadas. O posicionamento contrário à acolhida dos refugiados aumentou depois dos atentados em Paris na última sexta-feira (13), porque um dos terroristas teria entrado na França como refugiado.

Apesar disso, porta-vozes e o próprio presidente Obama já reiteraram que não mudarão os planos de acolher mais refugiados. “Para atender às vidas em jogo, pela importância dos nossos parceiros do Oriente Médio e da Europa e pela liderança norte-americana na abordagem da crise de refugiados da Síria, se o presidente for confrontado com a aprovação do Projeto  de Lei 4.038, ele irá vetá-lo", informou a Casa Branca.

Ontem de manhã, Obama havia criticado o que chamou de “histeria” doméstica nos Estados Unidos, sobre o temor da entrada desses refugiados. “Não tomamos boas decisões baseadas na histeria e no exagero dos riscos”, afirmou. O presidente criticou os adversários políticos ao dizer que eles, “aparentemente, têm medo das viúvas e órfãos que chegam ao país”.

A decisão sobre a acolhida aos refugiados foi tomada em setembro deste ano, após pressões da comunidade internacional sobre a Casa Branca devido ao agravamento da crise na Síria e da emigração em massa de sírios para a Europa.


RÁDIO CABRIOLA

Pauta do dia - 19/11/2015
www.radiocabriola.com


- História Hoje: Há 48 anos, morria o escritor mineiro Guimarães Rosa;
- Viva Maria: Mulheres negras são confrontadas por movimento pró-impeachment;
- Trocando em Miúdo: Bar deve pagar imposto sobre gorjeta;
- Acidentes de trânsito matam 1,2 milhão de pessoas por ano;
- Anvisa suspende uso e venda de lotes de três medicamentos;
- Aviões da Air France são desviados por ameaça de bomba;
- Embrapa analisa solo na região afetada por lama de barragens.

Essas e outras notícias, na Rádio Cabriola


Lula diz que ministro da Fazenda é "problema" de Dilma e nega campanha por Meirelles

Reuters



SÃO PAULO (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a escolha do ministro da Fazenda "é um problema da presidente Dilma" e negou que tenha defendido a saída de Joaquim Levy do comando da pasta e sua substituição pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

O ex-presidente também voltou a dizer, em entrevista à GloboNews, que prefere não ser candidato à Presidência em 2018, mas que pode entrar na disputa caso o projeto de governo petista, iniciado por ele em 2003 e que teve continuidade com Dilma, corra riscos.

Indagado sobre qual seria a diferença entre Levy e Meirelles no comando da Fazenda, Lula respondeu: "Somente a Dilma é que sabe”.

O ex-presidente negou as informações que têm sido divulgadas pela imprensa de que ele defenderia a troca de Levy por Meirelles, que foi presidente do BC no governo Lula, por entender que Meirelles tem mais trânsito político do que o atual titular da Fazenda.

"Eu não quero tirar o Levy e nem quero colocá-lo", garantiu o ex-presidente. "O ministro da Fazenda é um problema da presidente Dilma.”

Lula disse que evita "dar palpite" no governo de sua sucessora e afilhada política e afirmou que Dilma sabe o que ele pensa, mas tem suas próprias convicções.

"Você sabe porque eu fiquei cinco anos sem dar entrevista? É porque um ex-presidente precisa tomar muito cuidado para não dar palpite", defendeu.

"É como se um ex-marido fosse aconselhar o novo marido como é que ele tem que cuidar da mulher. Ou a ex-mulher aconselhar a mulher nova como é que tem que cuidar do marido", comparou Lula.


Fonte: HuffPost Brasil

Departamento Nacional de Produção Mineral: há risco de rompimento de barragens

Edição: Fábio Massalli

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) confirmou que há risco de rompimento das barragens de Santarém e dos diques de Sela, Selinha e Tulipa – estruturas da barragem de Germano -, em Mariana (MG). A informação foi divulgada hoje (18) em audiência pública na Câmara dos Deputados.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, Sarney Filho, disse que as multas aplicadas à Samarco não tem relação com a obrigação de recuperar o rioJosé Cruz/Agência Brasil
"Temos que nos precaver", disse o diretor de Fiscalização do DNPM, Walter Arcoverde. O  presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Ferro de Mariana, Ronaldo Alves Bento, também disse que existe iminente risco de rompimento. “Tem gente que não foi desmobilizada em Barra Longa e outros distritos. Temos que nos preocupar, sim, com um plano de ação”.

Há doze dias, uma barragem de rejeitos da mineradora Samarco - controlada pela Vale e pela BHP - se rompeu e destruiu o distrito de Bento Rodrigues, deixando mais de 600 moradores desabrigados.  Sete mortos foram identificados, quatro corpos aguardam identificação e 12 pessoas permanecem desaparecidas. Ontem, a Samarco admitiu o risco de rompimento das duas barragens.

Segundo os participantes da audiência, a mineradora não avisou aos moradores atingidos sobre o que estava ocorrendo, o que impediu a fuga de vítimas. “Ninguém foi avisado. A barragem começou a romper duas horas antes e daria tempo para avisar todo mundo. Eles tinham o celular de todo mundo e não avisaram ninguém. A preocupação deles era só com o lucro que estava tirando dali, consideravam a gente lixo”, disse Rosilene Gonçalves da Silva, moradora de Bento Rodrigues.

A subprocuradora da República Sandra Cureau, criticou o decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff que acrescentou o rompimento de barragens à lista de “desastres naturais”, para fins de saque do saldo do FGTS pelos atingidos.

“Isso pode ser usado pela Samarco para dizer que não deu causa ao desastre. Se foi natural, não é responsabilidade de ninguém. A presidente não pode editar um decreto dizendo que um quadrado é redondo, que uma laranja é azul. Esse desastre não é natural”, disse.  “Não será o povo brasileiro, através de seus impostos, que vai pagar pelo desastre que a Samarco, com a sua negligência, causou”.

Mais cedo, pelo Twitter, a Casa Civil disse que o decreto tem como objetivo beneficiar os atingidos com o saque do FGTS. “De forma alguma, exime as empresas responsáveis pela reconstrução das moradias dos atingidos ou do pagamento de qualquer prejuízo individual ou coletivo; haja visto o processo de apuração em andamento e as multas já aplicadas pelo Ibama”.

Multa
O rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarcota destruiu o distrito de Bento Rodrigues em MarianaAntonio Cruz/ Agência Brasil
O deputado Sarney Filho (PV-MA), que participou de uma comissão externa de deputados que visitou a área atingida no início desta semana, disse que o grupo vai recomendar o fim do limite máximo de multa por danos ambientais aplicado a empresas responsáveis por desastres dessa natureza. A multa máxima, hoje, é R$ 50 milhões para cada dano causado.

Segundo ele, as multas aplicadas à Samarco não tem relação com a obrigação de recuperar o rio. “Multa é penalidade. Recuperar a bacia é uma obrigação legal. Não dá para misturar as duas coisas”, disse. Sarney Filho também criticou a ausência da Samarco na audiência. A empresa foi convidada, mas não compareceu.

O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, também criticou o valor baixo das multas e reafirmou que o município pode passar por grave crise financeira do município com o desastre. “Multa de R$ 50 milhões é pouca e a lei tem que prever que a multa seja revertida para os municípios atingidos”.

A Agência Brasil procurou a Samarco para comentar as críticas feitas na audiência, mas ainda não obteve resposta.


Congresso decide manter veto de Dilma ao financiamento empresarial de campanhas

Da Agência Brasil* Edição: Aécio Amado

O plenário do Congresso decidiu manter o veto da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei da minirreforma eleitoral (PL 5.735/13) quanto ao financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Foram 190 votos a favor, 220 contra e 5 abstenções.

Eram necessários 257 votos para derrubar o veto. Com a manutenção do veto pelos deputados, não haverá necessidade da análise e votação dos senadores.



*Com informações da Agência Câmara

Estado Islâmico mostra foto de bomba improvisada que teria derrubado avião russo

Reuters

Uma revista do Estado Islâmico divulgou uma foto nesta quarta-feira (18) do que afirma ser a bomba improvisada que derrubou um avião de uma companhia aérea russa sobre a península do Sinai, no Egito, no mês passado. Todas as 224 pessoas que estavam a bordo morreram no acidente.

A foto mostra uma lata de refrigerante Schweppes Gold e o que parece ser um detonador e um interruptor num fundo azul.

O grupo publicou ainda uma foto do que afirma serem passaportes que pertenciam a russos mortos "obtidos pelos combatentes da guerra santa".

Não foi possível verificar imediatamente a autenticidade das fotos divulgadas online na revista Dabiq.

bomba estado islamico

De acordo com o relato do grupo, a bomba foi plantada na aeronave no aeroporto de Sharm al-Sheikh. Segundo o Estado Islâmico, o plano inicial era derrubar um avião pertencente a um país participante da coalizão liderada pelos EUA. O grupo teria mudado de ideia quando Moscou iniciou sua própria campanha de ataques aéreos na Síria.

O grupo afirmou ainda que colocou a bomba no avião russo depois de descobrir uma brecha na segurança do aeroporto de Sharm al-Sheikh.

O Estado Islâmico anunciou também na revista ter matado um chinês e um norueguês mantidos reféns, mostrando fotos que pareciam ser de homens mortos com uma faixa dizendo "executados".

Em sua edição anterior da Dabiq, o grupo havia dito que os dois reféns estavam "à venda".


Fonte: HuffPost Brasil