Hoje tem Cabriola


Hoje tem o Cordel da Fábulas Fabulosas da Cabriola Cia de teatro - 16h.
Última apresentação antes das férias... Ufa!
A gente volta em janeiro com apresentação já marcada em Salvador.

Ps: antes das férias vamos fazer o Natal Solidário da Cabriola, só para não perder o costume. Divulgaremos em breve.

Corte no Bolsa Família pode levar ao aumento da pobreza, diz ministra

Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil Edição: Maria Claudia


A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, disse hoje (13) que um corte no Bolsa Família pode aumentar a pobreza, a extrema pobreza e o trabalho infantil no país, e levar à retirada de 23 milhões de pessoas do programa.

Os recursos previstos para o programa na proposta de Lei Orçamentária da União para 2016 são de R$ 28,8 bilhões. O relator do Orçamento do ano que vem, deputado Ricardo Barros (PP-PR), está analisando um possível corte de R$ 10 bilhões na verba do Bolsa Família.

“Acho que impactaria fortemente a extrema pobreza e a pobreza no Brasil, essa redução de R$ 10 bilhões. Como se distribuiria esses R$ 10 bilhões que o governo é contra cortar? Como a gente reduziria? De quem é menos pobre para quem é mais pobre, olhando a renda familiar? Teríamos um impacto, não só no nível de renda da população pobre, na extrema pobreza, como a gente teria, no curto prazo, impacto no trabalho infantil e na presença dessas crianças na escola”, disse Tereza Campello, em entrevista para comentar os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com 600 mortes em seis anos, Brasil é o que mais mata travestis e transexuais

Marieta Cazarré – Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo


O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Entre janeiro de 2008 e março de 2014, foram registradas 604 mortes no país, segundo pesquisa da organização não governamental (ONG) Transgender Europe (TGEU), rede europeia de organizações que apoiam os direitos da população transgênero.

“Infelizmente, são pouquíssimas [transexuais e travestis] que conseguem passar dos 35 anos de idade e envelhecer. Quando não são assassinadas, geralmente acontece alguma outra fatalidade”, conta Rafaela Damasceno, transexual que luta pelos direitos dessa população.

Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil, publicado, em 2012, pela Secretaria de Direitos Humanos (hoje Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos) apontou o recebimento, pelo Disque 100, de 3.084 denúncias de violações relacionadas à população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros), envolvendo 4.851 vítimas. Em relação ao ano anterior, houve um aumento de 166% no número de denúncias – em 2011, foram contabilizadas 1.159 denúncias envolvendo 1.713 vítimas.

Segundo o relatório, esses números apontam para um grave quadro de violência homofóbica no Brasil. “Foram reportadas 27,34 violações de direitos humanos de caráter homofóbico por dia. A cada dia, durante o ano de 2012, 13,29 pessoas foram vítimas de violência homofóbica”, diz o documento.


O relatório mostra que, em 2012, 71% das vítimas eram do sexo masculino e 20% do sexo feminino. Algumas vítimas não declararam sexo.

As violências psicológicas foram as mais reportadas, com 83,2% do total, seguidas de discriminação, com 74,01%; e violências físicas, com 32,68%.

Entre as violências físicas, as lesões corporais foram as mais reportadas, com 59,35%,  seguidas por maus-tratos, com 33,54%. As tentativas de homicídios totalizaram 3,1%, com 41 ocorrências, enquanto assassinatos contabilizaram 1,44% das denúncias, com 19 ocorrências.

Além dos dados coletados no Disque Direitos Humanos (Disque 100), o relatório também incluiu informações sobre violações publicadas em veículos de comunicação.

Em 2012, foram divulgadas na mídia 511 violações contra a população LGBT, destas 310 foram homicídios. De acordo com o documento, as travestis foram as maiores vítimas de violência homofóbica, sendo 51,68% do total; seguidas por gays (36,79%), lésbicas (9,78%), heterossexuais e bissexuais (1,17% e 0,39% respectivamente).

“A invisibilização e o desconhecimento das transexuais espelha se também na subnotificação nos meios midiáticos, onde não se encontraram notícias relacionadas a essa parcela da população”, diz o relatório.

Na imprensa, a violência física à população LGBT é a mais relatada, com 74,56%; seguida pelas discriminações (8,02%), violências psicológicas (7,63%) e violência sexual (3,72%).

Entre as violências físicas, os homicídios são os mais noticiados, com 74,54%, seguidos por lesões corporais (10,76%), latrocínios (6,82%) e tentativas de homicídio (7,87%).

De acordo com o documento, 54,19% das vítimas eram do sexo masculino e 40%  eram travestis.


Subnotificação

Para a presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra), Cris Stefanny, os casos de violência contra essa população são subnotificados. “Grande parte das mulheres trans e travestis não têm acesso à informação e aos meios de comunicação. E elas não denunciam. Há poucos dados reais sobre essa violência, que é velada”, afirma.

Para a ativista Chopelly Glaudystton, mulheres transexuais são assassinadas por estimular o machismo nos homens. “Uma mulher transexual é assassinada porque ela estimula o ódio no homem, no machismo do homem, porque na concepção dele você saiu do ser superior e optou pelo ser inferior. Para eles, você merece ser castigada, você merece morrer. Então seu corpo é violado, é assassinado.”

Além da violência física, Chopelly destaca que as transexuais são alvo de violência psicológica constantemente.  “Quando uma pessoa olha para você, vê toda a sua transformação, a sua construção e ainda assim o chama de senhor ou não respeita o nome social. O não reconhecimento do gênero que você construiu ao longo dos anos, isso machuca”, conta.


Sociedade

Symmy Larrat, primeira travesti a ocupar a função de coordenadora-geral de Promoção dos Direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) da Secretaria Especial de Direitos Humanos, considera incompreensível o modo como as travestis e transexuais são tratadas na sociedade brasileira.

“Eu tive uma educação pautada no amor, no respeito ao próximo. Me traz estranheza viver num mundo em que as pessoas se olham com esses olhares diferentes, que elas se categorizam a partir de uma genitália, a partir de uma cor, de uma estrutura corporal, a partir de uma maneira de falar.”

Primeira travesti a ocupar a função de coordenadora-geral de Promoção dos Direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Simmy Larrat considera incompreensível o modo como as travestis e transexuais são tratadas na sociedade brasileiraWilson Dias/Agência Brasil
A Argentina, por exemplo, tem uma legislação mais avançada e garante a transexuais e transgêneros facilidades na obtenção e troca de documentos – no Brasil para obter uma identidade com nome e gênero com o qual se identifica, transexuais precisam recorrer à Justiça e esperar alguns anos para obter decisão favorável.

Presidenta do Grupo de Resistência de Travestis e Transexuais (Gretas), organização não governamental de São Paulo, Aline Marques afirma que não busca privilégios, mas que quer ser tratada com respeito e dignidade. “Eu sempre carrego a palavra gentileza. Isso é uma coisa tão simples de se fazer, ser gentil com o próximo. O preconceito não nos mata. O que nos mata é o ódio da pessoa que não entende que somos mulheres trans.”


Violência doméstica

As transexuais também querem encontrar mecanismos para que a violência doméstica contra essa população não fique impune. Para isso, elas reivindicam o amparo da Lei Maria da Penha. Na avaliação delas, esse é um passo importante na conquista da igualdade de condições e de direitos.

“A lei, por si só, já garante o respeito ao gênero feminino. Só que quando chega na base, o profissional que está lá, o delegado, a delegada, o juiz, podem não ter a interpretação de reconhecer você como do gênero feminino. E não aplicar a lei. É preciso discutir como isso vai valer na base”, afirma Chopelly Glaudystton, 33 anos.

Um projeto de lei (PL 8032/2014) de autoria da deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) tenta deixar a legislação mais clara e ampliar a proteção da Lei Maria da Penha para transexuais e transgêneros que se identifiquem como mulheres.

No mês de agosto, a relatora da proposta na Comissão de Direitos Humanos, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), apresentou parecer favorável ao projeto.



Preconceito afasta transexuais do ambiente escolar e do mercado de trabalho

Marieta Cazarré – Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo

Rafaela Damasceno foi uma das primeiras transexuais a entrar em uma universidade pública no Brasil, em 1999. O que parecia uma grande conquista, no entanto, acabou virando pesadelo. Após sofrer discriminação e perseguição em sala de aula, Rafaela, hoje com 39 anos, resolveu abandonar o curso de geografia na Universidade Federal de Goiás (UFG).

“Eu era vista como se fosse um bicho num zoológico. As pessoas iam lá na faculdade que eu estudava, passavam por mim no corredor, chegavam no final do outro corredor e perguntavam: 'onde é que está a transexual que estuda aqui?'.  Eu me sentia como um animal. Não parecia ser normal eu estar dentro da universidade”, diz Rafaela que largou os estudos a um ano de se formar.

“Eu era vista como se fosse um bicho num zoológico", conta a transexual Rafaela Damasceno sobre o período em que frequentou a universidadeWilson Dias/Agência Brasil
Ela conta que, à época, ainda não havia conseguido trocar o nome em todos os documentos. Alguns professores se recusavam a chamá-la pelo nome social e outros, simplesmente, “pulavam” o seu nome na hora da lista de chamada. “Havia uma professora que dizia que naquela sala de aula tinha gente que tinha que estar em outro lugar, não na universidade. Tinha que estar no salão de cabeleireiro ou na cozinha de alguém”, comenta.

Hoje, Rafaela estuda para entrar na faculdade de novo e concluir a graduação em geografia. Ela também quer ingressar no mestrado.

O preconceito que Rafaela enfrentou na universidade é vivido cotidianamente por muitos jovens nas escolas brasileiras. Apesar de uma portaria do Ministério da Educação (nº 1.612 de 2011) assegurar a transexuais e travestis o direito a serem tratadas pelo nome social, a violência contra essa população é uma realidade.

Pessoas transexuais são aquelas que não se identificam com o gênero com o qual nasceram. Mulheres trans são pessoas que nasceram com a genitália masculina, mas se reconhecem como mulheres e exigem ser tratadas dessa forma. Homens trans, por sua vez, são aquelas pessoas que tiveram o gênero feminino atribuído na infância, mas se identificam como homens.

“Falta educação escolar para nós. Você tem ideia do que é chegar em uma escola sendo uma mulher transexual e a pessoa da escola dizer que poderia te matricular, mas não garantir a sua integridade? Como é que uma instituição não garante a integridade de um de seus membros, sendo travesti ou sendo qualquer outro tipo de pessoa”, desabafa Aline Marques, presidenta da organização não governamental Grupo de Resistência de Travestis e Transexuais (Gretas), de São Paulo.

Fabiana Melo Oliveira, 32 anos, conta que precisou esconder a identidade durante todo o período escolar. “Venho de uma família católica, muito rígida. Estudei em colégio de padre. Tive que terminar a escola, o ensino fundamental e o médio. Entrei na faculdade de psicologia, mas do segundo para o terceiro período eu tive que sair - foi quando eu não aguentei mais. Tive que mostrar a minha identidade de gênero, quem eu era mesmo”, conta.

Ela lembra que enfrentou resistência por parte dos pais, mas hoje recebe apoio da família. “Somente depois de um ano, de eu começar a fazer hormonoterapia [tratamento com hormônios femininos], de o meu pai ver todo o processo e de eu dizer que queria fazer a cirurgia de transgenitalização [mudança de sexo]. Quando ele me viu depois de um ano e meio, ele falou que eu era a filha mais nova dele.”

Fabiana Melo Oliveira, 32 anos, conta que precisou esconder a identidade durante todo o período escolarWilson Dias/Agência Brasil

Mercado de trabalho

Além das dificuldades em permanecer nas escolas e faculdades, as transexuais enfrentam outro grande desafio: conseguir um emprego. De acordo com Cris Stefanny, presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra), 90% das travestis e transexuais são obrigadas a entrar na prostituição para se sustentar. “Simplesmente não há oportunidades de trabalho. As poucas que não estão nas ruas estão em serviços subalternos, ou limpando o chão ou como cabeleireiras”, afirma.

Rafaela atribui a dificuldade em conquistar uma vaga no mercado de trabalho à transfobia. “Temos companheiras que têm curso superior, mestrado. Você deixa seu currículo. Quando a pessoa vê que é uma transexual - porque normalmente colocamos o nome de registro – ela diz: muito bem, seu perfil é maravilhoso. Mas coloca [o currículo] dentro da gaveta e você pode saber que eles não te chamam, infelizmente”, desabafa.

Aline Marques, 37 anos, também luta por mais oportunidades de emprego. Ela abandonou a escola ainda criança e entrou para a prostituição aos 17 anos. Hoje, aos 37, comemora o fato de ter saído das ruas há 7 meses. Aline faz parte do projeto Transcidadania, da prefeitura de São Paulo, que trabalha com o resgate e a reintegração social para a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros) em situação de vulnerabilidade.

Aline Marques conta que abandonou a escola ainda criança e entrou para a prostituição aos 17 anos. Hoje, aos 37, comemora o fato de ter saído das ruas há 7 mesesWilson Dias/Agência Brasil
A ideia do Transcidadania é, a partir de atividades de formação e capacitação para o mercado de trabalho, colaborar para a emancipação dessas pessoas e permitir que possam melhorar sua condição de vida. Os participantes recebem um auxílio de R$ 827,40 por mês para cumprir seis horas de atividades diárias.

“Eu tenho 100 companheiras [no projeto] que são guerreiras, que querem uma vida melhor, um mundo melhor, mais digno, que não querem estar se prostituindo, que não querem estar nessa margem de discriminação, de sofrimento. Elas querem estudar. Elas querem trabalhar. Nós precisamos ter o nosso próprio caminho de emprego porque nenhum ser humano sobrevive sem o trabalho”, destaca Aline.




Brasil condena atentados no Líbano

Da Agência Brasil Edição: Carolina Pimentel

O governo brasileiro divulgou nota em que condena o duplo atentado em Beirute, ocorrido ontem (12). Os atentados deixaram pelo menos 41 mortos e cerca de 200 feridos, conforme balanço divulgado no início da noite de ontem pela Cruz Vermelha do Líbano.

Atentado em Beirute Wael Hamzeh/EPA/Agência Lusa/Direitos Reservados
"O Brasil condena, nos mais fortes termos, o ataque, reivindicado pelo grupo terrorista autointitulado 'Estado Islâmico', e transmite suas condolências às famílias das vítimas e ao governo e povo do Líbano. O governo brasileiro reitera seu apoio ao empenho do governo libanês em manter a estabilidade do país e respalda a política libanesa de evitar o envolvimento nos conflitos da região", diz nota divulgada pelo Itamaraty.

De acordo com o Itamaraty, não há registro de brasileiros entre as vítimas dos atentados e a Embaixada do Brasil está monitorando a situação.

Estado Islâmico

Em comunicado publicado na Internet, o Estado Islâmico afirmou ter “conseguido detonar uma bomba colocada em uma motocicleta armada com bombas contra uma reunião de xiitas no Bairro de Burch al-Barachne, uma das fortalezas do grupo Hezbollah".

A dupla explosão dessa quinta-feira foi a primeira nos subúrbios sul de Beirute desde junho de 2014, quando uma viatura com bombas matou um agente da segurança que tentava prender o homem-bomba.

Na oportunidade, os grupos declararam que os ataques tinham sido uma vingança contra a decisão do Hezbollah, que enviou milhares de combatentes para a vizinha Síria, de modo a apoiar as forças do presidente Bashar Al Assad contra a rebelião dominada pelos sunitas.


Número de brasileiros conectados com 10 anos ou mais aumentou 9,8 milhões

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição: Lana Cristina

Número de usuários da internet teve crescimento de 11,4% em 2014, na comparação com 2013Arquivo/Agência Brasil
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio 2014 (Pnad), divulgada hoje (13), mostra que a questão geracional é preponderante no meio tecnológico. No ano passado, cerca de 95,4 milhões de pessoas de 10 anos de idade ou mais acessaram a internet, o que significa um crescimento de 11,4% no número de usuários, na comparação com 2013. Foram 9,8 milhões a mais de brasileiros conectados.

A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela, ainda, que 136,6 milhões de pessoas acima de 10 anos tinham celular para uso pessoal em 2014, um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior. A proporção desse grupo entre a população ficou em 75,2%, em 2013, passando para 77,9% do total, no ano seguinte.

A proporção de internautas subiu de 49,4% para 54,4% do total da população residente no país. Segundo a Pnad, a população residente no país em 2014 correspondia a 203,2 milhões de pessoas, o que indica crescimento de 0,9% em relação a 2013. Enquanto a participação de pessoas maiores de 60 anos (13,7% do total) cresceu 0,7 ponto percentual no período pesquisado, o grupo etário até 24 anos teve sua participação (38%) reduzida em 0,8 ponto percentual na comparação com o ano anterior.

Analfabetismo

A Pnad 2014 revelou também que, entre as pessoas acima de 15 anos de idade, a taxa de analfabetismo diminuiu de 8,5% para 8,3%. O Brasil tinha 13,3 milhões de pessoas analfabetas em 2013. No ano passado, esse contingente era de 13,2 milhões.

O Nordeste continua detendo a taxa mais elevada de analfabetismo, da ordem de 16,6%. Já as menores taxas foram apresentadas pelas regiões Sul (4,4%) e Sudeste (4,6%). A pesquisa mostra que, entre os analfabetos, 8,6% eram homens e 7,9%, mulheres.

Houve um aumento da escolarização no país, no ano passado. O maior crescimento foi identificado entre crianças de 4 e 5 anos de idade, cuja taxa subiu de 81,4%, em 2013, para 82,7%, em 2014.



Aneel promove leilão de energia elétrica proveniente de fontes solar e eólica

Da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto

2º Leilão de Energia de Reserva de 2015 destina-se à contratação de energia proveniente de fontes solar e eólica  (Arquivo/Agência Brasil)
Será realizado hoje (13) em São Paulo o 2º Leilão de Energia de Reserva de 2015, destinado à contratação de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração a partir das fontes solar fotovoltaica e eólica. O leilão começa às 10h, na Câmara de Comercialização de Energia (CCEE).

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica, serão negociados contratos de energia de reserva na modalidade por quantidade de energia, com prazo de suprimento de 20 anos. O início do suprimento está previsto para 1º de novembro de 2018. Os leilões de reserva servem para incrementar a garantia física do sistema e, nesse caso, a energia pode ser contratada com qualquer antecedência.

A Empresa de Pesquisa Energética registrou 1.379 projetos para o leilão, distribuídos em 14 estados, que somam uma potência habilitável superior a 39.917 MW. O preço inicial do produto por quantidade para fonte solar fotovoltaica é R$ 381,00 mewatts-hora (MWh), e R$ 213,00/MWh para fonte eólica.

Níveis de radioatividade próximos de Fukushima são "muito baixos", diz agência

Da Agência Lusa

A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) afirmou hoje (13) que os níveis de radioatividade nas águas próximas da Central Nuclear de Fukushima são “muito baixos” e destacou a confiabilidade das medições feitas pelo Japão.

A garantia foi dada pelos responsáveis por um relatório da Aiea destinado a avaliar a qualidade das análises de radioatividade desenvolvidas por laboratórios japoneses e pela própria operadora da central nuclear, a Tokyo Electric Power (Tepco), divulgado hoje na capital japonesa.

“Para os radioisótopos que analisamos, os níveis de radioatividade são muito baixos”, disse um dos autores do relatório, David Osborn, ao mostrar, em entrevista coletiva, as conclusões do trabalho.

O estudo baseia-se nos dados sobre os níveis de estrôncio-90, césio-137 e césio-139 em amostras de água e em sedimentos marinhos, recolhidos em diversos pontos da costa do Oceano Pacífico, próximo da Central Nuclear de Fukushima, que sofreu graves danos pelo sismo, seguido de tsunami, de 11 de março de 2011.

Apesar de a presença de radioisótopos nos pontos analisados ser “ligeiramente elevada”, os níveis de radioatividade estavam “muito abaixo” dos originados por radioisótopos naturais, acrescentou Osborn. Ele explicou que são radioisótopos antropogênicos, ou seja, produtos da atividade humana, e neste caso, emanados pela central nuclear após o acidente.

“No ambiente marinho, também podem ser encontrados radioisótopos de origem natural, como o urânio e o polônio”, lembrou.

Osborn destacou que o principal objetivo do estudo não “é avaliar o impacto radiológico” da catástrofe de Fukushima, sem “garantir a precisão dos dados recolhidos” por laboratórios japoneses e pela operadora da central nuclear. “Nesse sentido, podemos garantir que os dados são muito precisos”.

Segundo o especialista, a Aiea comparou as medições feitas por uma dezena de laboratórios japoneses com as de 15 centros internacionais, e não falou de uma margem de diferença “significativa”.

Ele elogiou o trabalho do governo japonês e da Tepco, observando que ele tem sido “proativo e transparente” na hora de fornecer dados sobre os níveis de radioatividade.

Na próxima semana, outra equipe da agência internacional vai começar a analisar as medições de radioatividade em produtos da pesca japonesa, com o objetivo de publicar um relatório similar em fevereiro de 2016.

O acidente na Central de Fukushima foi o pior desde o de Chernobyl (Ucrânia) em 1986. Suas emissões ainda mantêm cerca de 70 mil pessoas afastadas do local e atingiram gravemente a pesca, a agricultura e a pecuária na região.


China: população de vertebrados diminui quase à metade nos últimos 40 anos

Da Agência Lusa


A população de vertebrados na China, que inclui pássaros, mamíferos, anfíbios e répteis, diminuiu quase para metade nos últimos 40 anos, indica relatório do Fundo Mundial para a Natureza (WWF, a sigla em inglês).

"A China viveu uma das maiores perdas de biodiversidade em nível mundial", afirma o documento, elaborado em conjunto com o Conselho da China para a Cooperação Internacional no Meio Ambiente e o Desenvolvimento.

O relatório, citado pela agência oficial chinesa Xinhua, diz ainda que a pegada ecológica, que mede a pressão humana sobre a natureza, era em 2010 o dobro da biocapacidade disponível na China.

Intitulado Living Planet Report, China 2015, o documento reúne dados coletados entre 1970 e 2010, sobre 1.385 animais de diferentes populações, que representam 405 espécies de pássaros, mamíferos, anfíbios e répteis.

A fragmentação e perda do habitat natural, as alterações climatéricas, a invasão de espécies exóticas, poluição e doenças são as principais causas da dominuição, que só no caso dos anfíbios e répteis alcançou 97,44%.

A população de pássaros manteve-se relativamente estável durante o mesmo período, aumentando cerca de 43% na virada do século, graças "ao crescente número de reservas naturais e às leis de proteção e regulação", informa a Xinhua.

O Living Planet Report China 2015 é o quarto relatório da WWF que aborda o impacto ambiental do desenvolvimento da China, desde o lançamento do primeiro, em 2008.


Apple quer app para transferência de dinheiro entre iPhones

EXAME.com  |  De Victor Caputo



A Apple está em fase de desenvolvimento de um app para transferência de dinheiro entre pessoas usando iPhone. A informação foi publicada pelo Wall Street Journal.

De acordo com o noticiário, a empresa está em negociações com bancos americanos para viabilizar essa tecnologia. A empresa já tem um sistema de pagamentos, o Apple Pay. Ele pode ser adotado por estabelecimentos comerciais e o pagamento é feito por clientes usando um iPhone ou Apple Watch, o relógio inteligente da empresa, que tenham cartões de crédito cadastrados.

Nessa nova empreitada, a Apple investe em uma tecnologia que sirva para transferências entre pessoas físicas—a tecnologia pode beneficiar profissionais autônomos e pequenos negócios também.

Com esse perfil, o novo serviço competiria com o PayPal Venmo, que existe nos EUA e faz trabalho parecido.

Uma iniciativa parecida feita entre os maiores bancos da Suécia está fazendo com que o país use menos cédulas. Estima-se que a circulação de cédulas caiu entre 40% e 50% no país nos últimos seis anos.


Fonte: HuffPost Brasil

Pnad: Dando continuidade aos anos anteriores, taxa de analfabetismo no Brasil cai mais uma vez em 2014

Agência Brasil, com HuffPost Brasil



A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio 2014 (Pnad), divulgada hoje (13) revelou que, entre as pessoas acima de 15 anos de idade, a taxa de analfabetismo diminuiu de 8,5% para 8,3%.

O Brasil tinha 13,3 milhões de pessoas analfabetas em 2013. No ano passado, esse contingente era de 13,2 milhões.

O Nordeste continua detendo a taxa mais elevada de analfabetismo, da ordem de 16,6%. Já as menores taxas foram apresentadas pelas regiões Sul (4,4%) e Sudeste (4,6%).

A pesquisa mostra que, entre os analfabetos, 8,6% eram homens e 7,9%, mulheres.

Houve um aumento da escolarização no país, no ano passado. O maior crescimento foi identificado entre crianças de 4 e 5 anos de idade, cuja taxa subiu de 81,4%, em 2013, para 82,7%, em 2014.

Histórico

Desde 2012, o número de pessoas que não sabem ler e escrever no Brasil diminui a cada ano.

A Meta do Plano de Educação ainda está longe de ser alcançada, no entanto. A previsão que consta é reduzir a taxa para 6,5% até 2015.


Fonte: HuffPost Brasil

'Jihadista John' é alvo de ataques dos EUA na Síria, mas sua morte ainda é mistério

HuffPost Brasil



O britânico Mohamed Emwazi, conhecido como "jihadista John” e apontado como carrasco do Estado Islâmico, foi alvo de ataques dos EUA na Síria nesta sexta-feira (13).

Sua morte, no entanto, ainda permanece um mistério. Enquanto o grupo de monitoramento Observatório Sírio para os Direitos Humanos confirma a morte, os países envolvidos na operação.

De acordo com fontes militares ouvidas pela BBC, com “elevado grau de certeza”, é possível afirmar que o “jihadista John” morreu no ataque, que ocorreu próximo da cidade de Raqqa, no Norte da Síria.

Segundo a BBC, Mohamed Emwazi e uma pessoa que o acompanhava morreram na sequência de um ataque das forças norte-americanas contra o veículo em que se encontravam.

As autoridades britânicas ainda não se pronunciaram sobre a operação norte-americana, mas os meios de comunicação esperam que o primeiro-ministro, David Cameron, faça ainda nesta sexta-feira uma declaração.

Segundo Cameron, se o ataque dos EUA contra Emwazi tiver sido bem-sucedido, seria o mesmo que atacar o coração do Estado Islâmico. Emwazi representava uma "ameaça permanente e grave", disse Cameron.

Peter Cook, secretário do Pentágono informou que os Estados Unidos lançaram, na noite passada, um ataque que tinha como alvo “jihadista John”, mas não revelaram se ele foi morto.

“Emwazi, um cidadão britânico, participou dos vídeos que mostram as execuções dos jornalistas norte-americanos Steven Sotloff e James Foley, do trabalhador humanitário, igualmente norte-americano, Abdul Rahman Kassig, dos trabalhadores humanitários britânicos David Haines e Alan Henning, do jornalista japonês Kenji Goto, e de uma série de outros reféns”, informou o Pentágono.
Identificado como o homem de cara coberta que surge nos vídeos do Estado Islâmico de decapitação de reféns ocidentais, Mohammed Emwazi, com menos de 30 anos, chamou a atenção pelo seu forte sotaque britânico e porque colocava uma faca no pescoço dos reféns, prestes a decapitá-los, antes de cortar as imagens.

Programador de informática em Londres, ele nasceu no Kuwait, em uma família apátrida de origem iraquiana. Os seus pais mudaram-se para a Grã-Bretanha em 1993. Autoridades do governo disseram que Emwazi viajou para a Síria em 2012 e mais tarde se juntou ao Estado Islâmico.

Mohammed Emwazi era citado pelos serviços de segurança desde pelo menos 2009.

(Com informações das agências de notícias)

Conto de fadas narra história de princesa que se apaixona por costureira

HuffPost Brasil  |  De Ione Aguiar



Era uma vez uma linda princesa que deveria se casar com o príncipe do reino vizinho. Nos preparativos da cerimônia, porém, a princesa sentiu que aquilo não era para ela e se apaixonou por uma costureira. Com ajuda da irmã, do príncipe e da Fada Madrinha, a princesa lutou contra a tradição dos reinos para conquistar o direito ao amor. E viveram felizes para sempre.

Esse é o enredo de A princesa e a costureira, primeiro conto de fadas sobre o amor entre duas mulheres do mercado editorial brasileiro. Escrita por Janaína Leslão em 2009, a história, que é orientada para pré-adolescentes, foi recusada por quase 20 editoras.

princesa e a costureira

Só em 2014, quando a escritora e psicóloga já estava quase desistindo do projeto, A princesa e a costureira foi aceito pela editora Metanóia.

O acordo, porém, determinava que Janaína providenciasse as ilustrações do livro. Então, a escritora começou um financiamento coletivo na internet para juntar dinheiro a fim de contratar uma ilustradora.

Em menos de uma semana, a meta foi atingida e, no fim do prazo de arrecadação, Janaína havia conseguido mais de R$ 11 mil em doações. Isso permitiu que ela financiasse as ilustrações de seu primeiro livro e de mais um título que está por vir.

O livro, que sai da gráfica no dia 20, já está em pré-venda e será lançado no dia 26 de novembro.

A ideia, conta Janaína, partiu de sua experiência como psicóloga.

"Temos uma determinada referência do que é um relacionamento bem-sucedido. Mas quando havia a necessidade de conversar com pré-adolescentes sobre relacionamentos de pessoas do mesmo sexo, era um grande desafio. Não havia um referencial, um imaginário anterior, e representatividade importa. Então a ideia era essa: fazer um conto de fadas em que as pessoas pudessem se reconhecer, entender que tem espaço para todos", disse Janaína em entrevista ao HuffPost Brasil.

A repercussão de A princesa e a costureira tem sido enorme. Em três dias, o post sobre a pré-venda da obra no Facebook já teve 1,7 milhão de visualizações. Janaína diz estar recebendo muitas mensagens de apoio mas, por outro lado, também se tornou alvo de haters.

"Tem tanto coisas risíveis quando ameaças, e isso é muito ruim. Mas significa que estamos incomodando os reacionários, e isso é importante. E tenho recebido muito apoio de pessoas dizendo que estão comigo, que isso faria muita diferença se elas pudessem ter lido o livro quando eram jovens. Isso dilui todo o veneno", conta.

Fonte: HuffPost Brasil

Governo pode elevar tributos dos combustíveis

Estadão Conteúdo


Sem condições de fechar o Orçamento respeitando a meta fiscal prevista para 2016, o governo já se movimenta para tomar novas medidas, até o fim do ano, que representem aumento de receita.

A principal medida em análise é o aumento da alíquota do PIS e da Cofins incidente sobre os combustíveis, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias de tempo real da Agência Estado.

A elevação de PIS e Cofins poderá ser feita pela presidente Dilma Rousseff, sem precisar da aprovação do Congresso Nacional e da necessidade do período de noventena (três meses), prazo obrigatório para a entrada em vigor da Cide-combustíveis. Uma fonte da área econômica calcula entre R$ 6 bilhões e R$ 9 bilhões o potencial de arrecadação, a depender do valor da alíquota.

O Executivo contará com uma lista de dificuldades em fechar as contas do próximo ano: o governo decidiu abolir a possibilidade de abater investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do superávit primário previsto de 0,7% do PIB; conta com recursos de arrecadação incerta, como os R$ 10 bilhões previstos com a venda de imóveis na Amazônia, conforme proposto pelo relator de Receitas, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), além de enfrentar a queda na atividade econômica, que tem reduzido a arrecadação no País.

Segundo uma fonte, o governo deve repetir a estratégia que fez em fevereiro deste ano, ao elevar temporariamente PIS e Cofins da gasolina e do diesel até que a alta da Cide entrasse em vigor. No primeiro pacote tributário do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a alta do PIS e da Cofins entrou em vigor em 1.º de fevereiro.

Já a elevação da Cide passou a vigorar em 1.º de maio, quando PIS e Cofins tiveram um recuo na mesma proporção. O governo tem um limite já autorizado por lei para aumentar a Cide, o PIS e a Cofins sem precisar de aprovação do Legislativo. "Sem receita, não tem como fechar o Orçamento", disse um integrante da equipe econômica.

Reajuste adiado

Outra medida em análise pelo governo é um adiamento ainda maior do reajuste dos servidores públicos. Pela proposta original, o aumento seria adiado de janeiro para agosto de 2016, com ganho de R$ 7 bilhões. A proposta agora empurra para novembro o adiamento, mas a medida enfrenta resistências.

Alternativas de aumento de receitas estão sendo também discutidas com o relator do projeto de lei do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR). As reuniões têm ocorrido no Ministério da Fazenda.

Contudo, em público, ninguém admitirá, ao menos por enquanto, que há discussões de propostas alternativas de arrecadação. Uma das razões até agora para que novas medidas não tenham sido anunciadas é a preocupação de manter a estratégia em torno da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de recriação da CPMF.

O governo ainda espera que o tributo possa entrar em vigor em outubro do ano que vem.


Fonte: HuffPost Brasil

RÁDIO CABRIOLA

Pauta do dia 13.11.2015

- Exame do caso suspeito de ebola tem resultado negativo;
- História Hoje: Há 128 anos, acontecia o Domingo Sangrento na Inglaterra;
- Pesquisa de remédio contra câncer receberá R$ 10 milhões;
- Minuto da Inclusão: Pesquisas sobre tecnologia assistiva têm apoio do governo;
- Viva Maria: Dicas de como encarar a menopausa com humor;
- Nova lei regulamenta direito de resposta na mídia;
- Samarco Mineradora é multada em R$ 250 milhões pelo Ibama

Essas e outras notícias você ouve na Rádio Cabriola

Para ouvir no site da rádio: www.radiocabriola.com


Jogo entre Brasil e Argentina é cancelado devido à chuva

Mônica Yanakiew - correspondente da Agência Brasil/EBC Edição: Fábio Massalli

O clássico entre Brasil e Argentina nas eliminatórias sulamericanas para a Copa do Mundo da Rússia foi cancelado nesta quinta-feira (12) à noite pouco antes do jogo comecar. Fortes chuvas encharcaram o gramado do Estádio Monumental, em Buenos Aires, imposibilitando a partida, que foi adiada para sexta-feira (13), às 22h (horário de Brasilia).

O partida de hoje seria a estreia do atacante Neymar na competição, após ter cumprido cinco jogos oficiais de suspensão.

Nas elimatórias, os dois times disputaram dois jogos, sendo que o Brasil tem uma vitória e uma derrota, a Argentina tem uma derrota e um empate.


Paciente suspeito de ebola apresenta bom estado geral de saúde, diz Fiocruz

Cristina Indio do Brasil - Repórter Agência Brasil Edição: Aécio Amado

O paciente com quadro suspeito de ebola fez exames laboratoriais de rotina após ser transferido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (INI/Fiocruz), em Manguinhos, na zona norte do Rio. Segundo a Fiocruz, os resultados “não apresentaram importância médica” e o homem chegou ao instituto, em bom estado geral, sem febre, lúcido e cooperativo, mas estava desidratado e se queixou de dor de cabeça e falta de apetite.

A Fiocruz informou ainda que assim que chegou ao INI, no começo desta madrugada, foi coletado material do paciente para o teste especifico para ebola, que foi encaminhado para o laboratório de referência, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). “O paciente continuou recebendo o tratamento profilático para malária e hidratação intravenosa. Permaneceu afebril durante a noite e apresentou um episódio de diarreia no início da manhã”, diz o boletim divulgado hoje (12) pela Fiocruz.

No final da manhã, depois de nova avaliação, foi constatado que o homem permanece sem febre, mas já aceitava alimentação. “O paciente está calmo. Foi informado da suspeita diagnóstica e está ciente da necessidade de isolamento”.

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas é referência nacional para casos de ebola e segue o protocolo de segurança. O paciente, que é brasileiro e tem 46 anos, foi levado em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o hospital. Ele desembarcou na Base Aérea do Galeão, na Olha do Governador, zona norte do Rio, procedente de Belo Horizonte em um avião da Força Aérea Brasileira.

Na terça-feira (10), depois de ser atendido na Unidade de Pronto-Atendimento da Pampulha, em Belo Horizonte, onde relatou febre alta e dores muscular e de cabeça, foi identificado como suspeito de infecção pelo ebola e encaminhado para o Hospital Eduardo de Menezes, referência em infectologia. O homem chegou ao Brasil, vindo da Guiné, na sexta-feira (6) e dois dias depois começou a apresentar os sintomas.

De acordo com a Fiocruz, se o resultado do primeiro teste, que será divulgado após 24 horas, for negativo, um novo exame será feito e o resultado, novamente, será divulgado após mais um período de 24 horas. Segundo o Ministério da Saúde, o nome do paciente não foi divulgado para preservar a sua privacidade e os direitos legais.  "As autoridades sanitárias reforçam que o nome deve ser preservado".

Eleitor terá direito de saber quem está financiando seu candidato, decide STF

Estadão Conteúdo



Com o plenário completo, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu por unanimidade que doações eleitorais precisam ser identificadas e, em caráter liminar, suspendeu trecho da lei de minirreforma eleitoral que permitia doações ocultas, ou seja, aquelas feitas a partidos e repassadas a candidatos sem a demonstração da origem dos recursos.

A lei da minirreforma foi sancionada dia 29 de setembro pela presidente Dilma Rousseff.

A ação Direta de Inconstitucionalidade foi ajuizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que argumentou que o trecho da nova lei da minirreforma eleitoral violava "o princípio da transparência e o princípio da moralidade, e favorece, ademais, a corrupção, dificultando o rastreamento das doações eleitorais”,

Na minirreforma, o Congresso alterou trecho da lei eleitoral definindo que os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações seriam registrados na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas dos partidos, como transferência aos candidatos, sem individualização dos doadores.

O relator do caso, ministro Teori Zavascki, argumentou que a transparência nas contas eleitorais é "indispensável" para se coibir as más relações "entre política e dinheiro".

"É preciso, sobretudo, que os abusos de poder econômico e político tenham severa resposta sob pena de tornar ineficaz não só o modelo atual, mas também o que se tenha no futuro", disse.
Zavascki afirmou ainda que as doações ocultas criam uma "cortina de fumaça" sobre as declarações de campanha, representam um retrocesso e impedem uma experiência eleitoral democrática.

O ministro argumentou ainda que é "equivocado" pensar que a divulgação de nomes daqueles que contribuem com candidatos viola diretos de privacidade. "Essas informações são relevantes para a sociedade como um todo.”

Ao acompanhar o relator, o ministro Luiz Edson Fachin afirmou que, no processo eleitoral, a única coisa que deve ser secreta é o voto e citou a música de Ney Matogrosso ao dizer que "o que a gente não quer fazer se faz por debaixo do pano”.

Em seu voto, o ministro Luiz Fux criticou o protagonismo do Congresso em atuar na reforma política. "Leis desse perfil comprovam o que os novos constitucionalistas têm afirmado (...) que às vezes o Parlamento não é o melhor protagonista para implementar uma reforma política sem a participação da jurisdição constitucional, que neste caso é fundamental", disse.

Já o ministro Dias Toffoli destacou o caráter de transparência das doações existentes nas eleições norte-americanas que, segundo ele, conseguem informar ao eleitor as afinidades com doadores que apoiam determinadas candidaturas. "Essa transparência é inerente à democracia. Não pode o legislador, portanto, ocultar quem financia a democracia no Brasil", disse.

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, esteve na sessão plenária e argumentou que "não pode haver espaço para mistério e clandestinidade nesse momento delicado da vida democrática de uma nação”.

Apesar de ter unanimidade no mérito, houve uma divergência em relação à validade da decisão liminar. Para a maioria, ela já tem efeitos desde a publicação da sanção. O ministro Marco Aurélio Mello, entretanto, divergiu dos demais em relação ao efeito retroativo e, para ele, a decisão teria que valer daqui pra frente.


Fonte: HuffPost Brasil

O melhor que pode acontecer com o Brasil é ficar fora da Copa do Mundo

Superinteressante  |  De Denis Russo Burgierman



Para começo de conversa, essa excursão à Rússia vai sair bem cara, e todo mundo sabe que não estamos podendo muito. Com o real valendo menos que farelo, e um país-sede que promete superar até mesmo o Brasil em termos de extorsão aos visitantes, esta tem tudo para ser a Copa mais cara de todos os tempos para a delegação brasileira. Como a economia nacional está em frangalhos, o setor privado, pedindo penico, e a população, desinteressada da seleção, não vai ser fácil fazer a conta fechar com os patrocinadores.

E vão sobrar gastos inclusive para o Estado, já que é praxe que as "autoridades" assistam ao evento. Some a isso as perdas de produtividade que Copas geralmente causam, com feriados em dias de jogo e o gerenciamento de bolões tomando o tempo de quem sabe operar planilhas. Ano passado, uma pesquisa da consultoria Wiabiliza revelou que 70% das empresas relataram baixas na produção enquanto a bola rolava.

Enfim, a conta é bem alta. E a CBF, moralmente falida, com seus principais dirigentes na cadeia, vai repassar tudo o que puder para os clubes de futebol. Azar do seu time, que paga não sei quantas centenas de milhares de reais de salário para o seu craque favorito ir jogar de amarelo nas estepes russas, enquanto desaprende o que sabe nos treinos com o técnico Dunga. Se bobear, ainda volta contundido.

neymar brazil

Sem Copa, não vai ter outro jeito. Teremos que trabalhar em junho e julho de 2018. Admito que não é uma notícia muito boa para a maioria de nós. Mas o Brasil precisa mesmo de foco para reconstruir as suas instituições e a sua economia, que estão tremendamente abaladas.

2018 é ano de eleição para presidente, governador, deputados e senadores, péssima hora para dispersar assistindo futebol na TV. Copa antes de votar só pode resultar em duas coisas: eleitores revoltados ou eufóricos. Nenhum dos dois estados de espírito é adequado para inspirar o solene dever do voto.

Esse problema ganha importância porque o sistema político brasileiro está falido. Todos os grandes partidos estão desmoralizados - lambuzados em escândalos de corrupção ou incompetência, carentes de projeto e de propósito. As maiores empresas estão igualmente cobertas de lama, algumas delas com seus presidentes no xadrez, cumprindo pena por subornar o governo em troca de contratos, conforme revelou a Operação Lava-Jato da Polícia Federal. Essas empresas são as mesmas que financiam as campanhas políticas, jogando suspeitas sobre todos os níveis do poder, em todos os escalões. O pano de fundo dessa meleca geral é a maior crise ambiental de nossa história, o que torna ainda mais urgente a tomada de decisões acertadas e o ajuste das nossas combalidas instituições democráticas.

Para complicar ainda mais, a mídia, que cumpre um papel-chave em qualquer democracia, também está numa crise profunda - não só econômica, mas existencial. Muitas publicações importantes imiscuíram-se tanto na disputa política que perderam a confiança de grandes fatias da população. Fora que as redações estão minúsculas e não têm dinheiro para nada. A Copa será caríssima para a imprensa também, que dedicará seus parcos recursos a cobri-la, deixando descobertos todos os temas relevantes, justo no momento em que mais precisaremos entender o que está errado e conversar sobre como consertar.

dunga brazil

Mas ficar fora da Copa seria bom inclusive para o futebol brasileiro, hoje nas mãos de uma cleptocracia fuleira. A CBF é uma entidade privada que explora bens públicos (nossa identificação com a pátria, nossa paixão por futebol, o talento que brota desta terra) para ganho de uma meia dúzia (por sorte, o FBI interveio para botar alguns deles na cadeia).

O ex-presidente da confederação, Ricardo Teixeira, foi sincero quando disse que "cagava montão" para a opinião pública. A CBF está mesmo se lixando para mim e para você, como bem demonstrou quando, em vez de nos pedir desculpas por nos obrigar a ouvir piadinhas de gringos sobre os 7X1 pelo resto de nossas vidas, contratou Dunga outra vez como técnico.

É que eles podem. Embora se apropriem de algo que é de todos nós - o nome "Brasil", para começo de conversa -, a lei permite que eles nos deem a banana que quiserem. E vão continuar podendo, enquanto nos hipnotizarem a cada quatro anos com uma Copa. Ficar de fora na Rússia seria ótimo para nos tirar do torpor e nos forçar a expulsar essa gentinha do esporte que amamos e, assim, mudar profundamente nosso modo de geri-lo.

Também não ia ser mau esvaziar a festa da Fifa. Afinal, a CBF não é uma quadrilha nacional - ela é só o braço local de uma quadrilha global. Com os principais dirigentes da Fifa sendo investigados pelo FBI e pela Interpol por esquemas bilionários de corrupção, nada como a ausência da camisa canarinho para sublinhar a deturpação do esporte.

Outro que merece que a festa mie é o presidente russo Vladimir Putin, um ditador que se esconde atrás de uma simulação de democracia. Putin planeja usar a Copa para aumentar a satisfação popular - algo que normalmente acontece nos países-sede de Copas bem-sucedidas - e com isso se safar de abusos aos direitos humanos. 2018 é ano de eleição presidencial na Rússia também, e Putin não vai querer despediçar oportunidades de aparecer com o evento. Só de nos poupar de ter que ver fotos do sujeito ao lado da mítica amarelinha, a eliminação já terá sido uma bênção.

E ficar de fora da Copa não é nenhum fim de mundo. Quem ama futebol vai assistir aos jogos do mesmo jeito. Vai ser uma experiência nova, que o mundo inteiro já teve: acompanhar a Copa apenas pelo futebol. Vai ter Messi, vai ter Cristiano Ronaldo, vai ter o toque de bola da Alemanha, vai ter um monte de brasileiro jogando por federações mais organizadas ou mais confiáveis que a nossa. Não vai ter Neymar, é verdade. Mas tem jogo do Barcelona na TV toda semana.

E aí, em 2022, ou 2026, o Brasil voltará para a Copa. Até lá, quem sabe, Fifa e CBF terão acabado, ou se reinventado. O País terá se reencontrado. E vai ser lindo ver a amarelinha em campo na Copa do Mundo outra vez.

Fonte: HuffPost Brasil

Unimed Paulistana bancou safári para 138 pessoas na África do Sul

Estadão Conteúdo



Integrantes da antiga diretoria e executivos da Unimed Paulistana, além de corretores de planos de saúde da operadora, realizaram viagens e passeios de luxo no ano passado.

Em agosto de 2014, um grupo participou de um safári na África do Sul com todos os gastos custeados pela operadora, que está em crise financeira desde 2009 e teve sua carteira de clientes alienada por ordem da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em setembro deste ano.

Em nota, a atual diretoria da Unimed Paulistana informou que assumiu em abril deste ano e realizou um trabalho de diminuição de custos. "Esses eventos foram realizados durante a antiga diretoria e esses questionamentos devem ser feitos aos antigos diretores."

O ex-presidente da Unimed Paulistana, Paulo José Leme de Barros, disse, também em nota, que a viagem para a África "fez parte da estratégia comercial da empresa, prática comum no mercado de saúde".

"Foram contempladas 138 pessoas, que geraram um custo de viagem de aproximadamente R$ 1,2 milhão. Como retorno, a campanha obteve R$ 31 milhões em vendas e acréscimo de 28 mil novos clientes, resultado extremamente positivo para a Unimed Paulistana."

Diretor da corretora Íntegra Vita, Reinaldo Badiali diz que a prática de oferecer viagens, jantares e passeios luxuosos é normal entre as operadoras de saúde e que, há pelo menos oito anos, a Unimed Paulistana realizava as promoções.

"Além da África, eles fizeram também viagens para Fernando de Noronha, Maragogi (AL), cruzeiros. Mas todas as operadoras oferecem viagens para alavancar as vendas."

Shows de artistas nacionais, como Arnaldo Antunes e César Menotti e Fabiano, eram vistos pelos convidados da operadora em camarotes. "A gente não quitava nada em nenhum evento da operadora. Era 'all inclusive'."

Badiali diz que os vendedores se sentiam estimulados a vender os pacotes da Unimed Paulistana. "Era uma viagem bem organizada, mas tinham de vender 50 a 100 vidas por mês durante um ano para conseguir."


Fonte: HuffPost Brasil

Mais de 150 horas depois do desastre, a presidente Dilma vai a Mariana

Grasielle Castro 



Uma semana depois que um mar de lama, resultado do rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP, devastou a região de Mariana (MG), a presidente Dilma Rousseff chegará ao local do desastre.

A tragédia deixou pelo menos seis mortos, 21 desaparecidos, mais de 630 desabrigados. Os impactos do rompimento da barragem foram além da região de Mariana e das fronteiras de Minas Gerais. Pelo menos três cidades do Espírito Santos estão com risco de desabastecimento de água.


A demora da presidente em comparecer ao local instigou políticos a questionar a omissão da petista. “Ela é mineira. A primeira coisa que ela devia ter feito era ter ido à Minas prestar solidariedade. Devia ter ido imediatamente”, pontuou o coordenador da bancada mineira, Fábio Ramalho (PV-MG).

Presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara, Rodrigo Castro (PSDB-MG) também reclamou da ausência da petista. “Finalmente ela está indo”, suspirou.

Nas redes sociais, também houve reclamações quanto ao atraso da presidente.



Outro integrante da bancada mineira, o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) alertou para a responsabilização do governo e da mineradora.

“Não dá para esperar que a Samarco atue sozinha. Ela já disse que vai arcar com os danos, prestar socorro às famílias, mas com certeza essa questão vai ser judicializada. Não dá para esperar o tempo da Justiça. O governo tem que atuar. O Ministério Público está cuidando, mas é preciso pró-atividade."

Multa

Nesta quinta-feira (12), a presidente Dilma Rousseff encontrará os governadores de Minas e o do Espírito Santo, Paulo Hartung. Na tarde de ontem, a presidente cobrou do CEO da BHP providência para a reparação dos danos às famílias e a solução aos impactos ambientais que houve com esse desastre.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicará multa com valor superior a R$ 50 milhões.

Politização

Ex-ministrra da Secretaria de Direitos Humano, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) criticou a postura da oposição.

“Foi uma tragédia gravíssima, com impacto imensurável. Tenho certeza que a presidente está em contato direto com o governador Fernando Pimentel e colocou todo aparato do governo a disposição do estado. Há uma politização (do desastre) excessiva no Congresso."

Comissão externa

Na Câmara dos Deputados, foi formada uma comissão externa para acompanhar as investigações sobre a tragédia e uma subcomissão especial na Comissão de Minas e Energia também para investigar as causas do desastre.


Fonte: HuffPost Brasil

HISTÓRIA HOJE

Há 101 anos morria o escritor Augusto dos Anjos
Foto: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Um dos escritores mais originais da literatura brasileira, Augusto dos Anjos morreu aos 30 anos, de pneumonia. Temas como a morte dos sonhos, solidão e pessimismo marcaram sua obra.

Paraibano, ele aprendeu as primeiras letras com o pai. Formou-se em direito, mas preferiu trabalhar como professor. Teve dois filhos e publicou seu primeiro e único livro em 1912.

História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados às datas do calendário. É publicado de segunda a sexta-feira. Apresentação José Carlos Andrade

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Conheça o Nora, um dispositivo que promete acabar com as longas de noites de roncos

VIP  |  De Lucas Baranyi


Máscaras, próteses bucais, adesivos para o nariz… Há muito tempo as pessoas buscam soluções para tentar parar de roncar – e a maioria delas é brega, estranha ou ineficaz. Segundo os criadores do Nora, porem, isso está para mudar.



O conceito do produto é bem simples: você posiciona um dispositivo ao lado da cama, ele detecta seu ronco e ativa uma espécie de mini colchonete posicionado embaixo do seu travesseiro, fazendo com que sua cabeça se movimente de uma maneira suave, causando o fim do ronco.


Um aplicativo conectado ao dispositivo também pode te informar, toda manhã, estatísticas detalhadas sobre a qualidade do seu sono.

Seguindo um design minimalista, que é praticamente uma regra no Kickstarter, os criadores do ‘Nora’ haviam estipulado a meta de US$ 100 mil para conseguir investir na ideia, mas o sucesso foi tão grande que a página indica, nesta terça-feira (10), mais de US$ 699 mil em doações.

Fonte: HuffPost Brasil

Andy White, baterista que ficou conhecido como 'quinto beatle', morre aos 85 anos

HuffPost Brasil



Andy White, baterista escocês responsável pelas baquetas numa gravação do início da carreira dos Beatles, morreu aos 85 anos. Segundo informações da Rolling Stone, ele sofreu um derrame na última segunda-feira, mas sua morte só foi anunciada pelos familiares nesta quarta.

A história é bastante conhecida. White substituiu Ringo Starr, o baterista que se consagraria com os Beatles, na música Love Me Do, o que lhe rendeu o apelido de 'quinto beatle'. Foram três horas de trabalho numa sessão de gravação em 1962 para segurar o ritmo de John Lennon, George Harrison e Paul McCartney.



Love Me Do havia sido registrada inicialmente por Pete Best em junho de 1962. Meses depois, foi a vez do então baterista oficial da banda, Ringo Starr, regravar a faixa. Acontece que George Martin, o eterno produtor beatle, não gostou nada do resultado e pediu para que a faixa fosse refeita. É aí que entra White.



Além de entrar na história com os Beatles, o baterista gravou com músicos como Rod Stewart, Tom Jones, Chuck Berry e Herman's Hermits.


Fonte: HuffPost Brasil

Como o Parlamento de Ruanda se tornou o mais feminino do mundo

Gabriela Bazzo 



Qual o paí­s com maior número de mulheres no Parlamento?

Nada de Noruega, Finlândia ou Dinamarca. Esse (lindo) recorde pertence a Ruanda, um país africano de pouco mais de 11 milhões de habitantes e que traz na história recente terríveis marcas de um genocídio, ocorrido há pouco mais de 20 anos.

"É num contexto extremamente adverso que as mulheres lutam para se manter vivas e, na maioria das vezes, têm de se reconstituir a partir de violações de direitos, inclusive num novo país onde começam suas vidas com escassez de recursos sociais e econômicos", conta Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres, em entrevista ao HuffPost Brasil.

De acordo com o The Guardian, durante o genocídio, em 1994, entre 250 mil e 500 mil mulheres foram estupradas.

Após esse trauma, as ruandesas vêm unindo forças em prol de seus direitos e de sua liberdade. E o resultado enche o mundo de esperança:

A taxa de natalidade do país está em queda;
Os direitos das mulheres foram incluídos na Constituição de Ruanda;
E a cereja do bolo: o país ostenta o título de possuir o Parlamento mais feminino do planeta: 63,8% da câmara baixa de Ruanda é composta por mulheres. Já no Senado, elas ocupam quase 40% das vagas.
Segundo Nadine, "a participação das mulheres na política de Ruanda é um caso concreto de que é possível elas ocuparem os postos de decisão e fazerem a diferença positiva na política nacional".

No segundo lugar da lista, está a Bolívia, com 53% dos assentos. Logo atrás, vêm Andorra, com 50%, e Cuba, com 49%.

Os primeiros países da lista implementaram cotas para mulheres no Parlamento: em Ruanda, por exemplo, a Constituição de 2003 instituiu vagas para mulheres, além de 30% de cotas no serviço público e igualdade de gênero na educação e na compra de terras.

Desconsiderando ações afirmativas, o primeiro lugar ficaria com a Suécia, que tem 44% dos assentos ocupados por mulheres.

No mundo todo, de acordo com a ONU Mulheres, há 37 países onde as mulheres ocupam menos de 10% dos assentos parlamentares.

A situação é pior em Palau, na Micronésia, Tonga, Vanuatu, no Qatar e no Iêmen, com ZERO mulheres atuando como parlamentares.

Segundo dados de setembro deste ano, o Brasil ocupa o número 118 na lista, com 9,9% de participação feminina na Câmara e 16% no Senado.

De acordo com a ONU Mulheres, uma maior representação feminina no Estado faz, sim, muita diferença.

Pesquisas em conselhos locais indianos comprovam que o número de projetos envolvendo água potável em áreas com conselhos liderados por mulheres era 62% maior do que em locais onde os homens estavam no comando. Já na Noruega, pesquisas encontraram uma relação direta entre a presença de mulheres nos conselhos municipais e a criação de creches.

O Banco Mundial afirma que, em termos globais, as mulheres ocupam cerca de 20% dos assentos parlamentares.

E como Ruanda se tornou a número 1?

Uma série de mecanismos legais, como o estabelecimento de cotas para mulheres no Parlamento (e em todos os órgãos tomadores de decisão) e a criação de conselhos locais exclusivamente femininos, foi fundamental para que, no ano passado, as mulheres atingissem uma fatia superior a 60% do Parlamento do país.

Além disso, o genocídio também mudou o papel das mulheres na sociedade de Ruanda: dois anos depois das mortes, cerca de 70% da população adulta do país era composta por mulheres.

Nesse contexto, elas assumiram papéis de liderança, tanto em termos econômicos quanto sociais.

A diretora-executiva da Aliança Internacional Heartland, Elizabeth Powley, trabalha com a proteção e promoção de direitos de populações extremamente vulneráveis no mundo.

Ela relatou em um estudo de caso a crescente participação feminina na política ruandesa:

"O genocídio [em Ruanda] forçou as mulheres a pensarem nelas mesmas de forma diferente e, em muitos casos, a desenvolver habilidades que elas não teriam adquirido em outra situação."
Até o genocídio, que vitimou 800 mil pessoas (um décimo da população), em 1994, as mulheres nunca haviam ocupado mais de 18% dos assentos no Parlamento.

Após as mortes, milhares delas ficaram viúvas e tiveram que criar seus filhos sozinhas, sem nenhuma presença masculina.

Muitos desses homens, criados pelas mães viúvas, violentadas ou soropositivas (infectadas em estupros), ocupam hoje importantes cargos políticos e lutam por uma sociedade mais inclusiva.

Nadine Gasman, da ONU Mulheres, explica o processo de mudança em Ruanda:

"A área de educação incorporou a igualdade de gênero nas suas matrizes de formação. Houve aumento no acesso da população à saúde e queda significativa da mortalidade infantil. As mulheres estão mais presentes no serviço público e também passaram a ser titulares de terras. Em amplos setores, as mulheres alargaram a sua participação, conquistando voz e poder de decisão que colaboraram para o país se reconstituir num dos casos mais trágicos de guerra no mundo."
O papel dos conselhos femininos

Segundo Swanee Hunt, fundadora e diretora do Instituto for Inclusive Security, a criação de conselhos locais femininos foi imprescindível para aumentar a participação política feminina e para dar voz às mulheres em uma sociedade bastante patriarcal. "Havia milhares deles, mesmo nesse pequeno paí­s", contou ela ao Daily Beast.

Os conselhos femininos foram criados após o genocídio. Até então, as mulheres praticamente não tinham participação na vida política em âmbito local. Essas instituições funcionam de forma paralela aos conselhos locais e se encarregam de assuntos como educação, saúde e segurança pessoal, segundo a Foreign Affairs.

"As mulheres foram muito estratégicas. Afinal, esses conselhos, que empoderaram as mulheres para falar e lutar pelos seus direitos, para liderar, foram criados em 1996. Mas as mulheres não estão confinadas aos conselhos femininos; elas também podem lutar pelo seu lugar nos conselhos locais, onde homens participam", conta a embaixadora Fatuma Ndangiza, que aponta o empoderamento das mulheres como o empoderamento da sociedade.

A diretora do conselho feminino tem um assento reservado no conselho local, servindo como um "elo" entre os dois sistemas.

A questão de gênero também virou bandeira partidária e questão nacional.

O RPF, partido da situação no país, compromete-se a aumentar a participação política feminina em Ruanda.

"O gênero agora é parte do nosso pensamento político. Nós admiramos todos aqueles que compõem nossa população, pois nosso país já viu o que significa excluir um grupo", afirma John Mutamba, do Ministério de Desenvolvimento de Gênero e Mulheres de Ruanda.

Os avanços da sociedade ruandesa

Entre 1994 e 2003, período em que o país foi comandado por um governo de transição, a representação feminina no Parlamento — por indicação — chegou a 27,5%. Mas foi em 2003, nas primeiras eleições parlamentares, que as mulheres conquistaram quase 50% dos assentos.

"A questão não é o sexo. A questão é a igualdade de oportunidades, de direitos humanos e dos cidadãos, algo fundamental para qualquer cidadão", afirmou a parlamentar ruandesa Connie Bwiza Sekemana ao Banco Mundial.

Em 2008, o país se tornou o primeiro do mundo a ter maioria feminina em um parlamento. Foi naquele mesmo ano, segundo a National Geographic, que foram adotadas leis que tornavam a violência doméstica ilegal e que previam punições severas para casos de estupro.

Em um artigo publicado na Foreign Affairs, Swanee Hunt cita mais alguns avanços do país: com uma economia aquecida, Ruanda se junta ao Mali no primeiro lugar entre as nações africanas no que se trata de progressos para alcançar as metas dos Objetivos do Milênio da ONU.

Além disso, a expectativa de vida no país aumentou dez anos na última década e um programa de educação compulsória fez que meninos e meninas tivessem a mesma presença nas escolas primárias e secundárias do país.

"O empoderamento efetivo das mulheres e a capacidade delas de gerar benefícios para a comunidade foram medidas decisivas para promover a reconstrução do país, o que propiciou mudanças de rumo na gestão política, econômica e social por meio da valorização da colaboração das mulheres para a nação", ressalta Nadine Gasman, da ONU Mulheres.

Para a especialista, Ruanda é um exemplo mundial de que as mulheres são determinantes nos processos de construção da paz.

As dificuldades de hoje

Se a constituição de Ruanda é, por um lado, progressista em termos de direitos das mulheres, há muito o que avançar em áreas como a liberdade de discurso e o respeito às minorias étnicas, segundo Elizabeth Powley.

A pesquisadora também relata preconceito e inexperiência de algumas parlamentares, que acabam precisando "provar" sua competência como líderes.

"Há também uma óbvia diferença de status entre as mulheres que conquistaram seus assentos em competição aberta com os homens e entre aquelas que estão no Parlamento por causa das cotas", conta.

Mesmo diante de uma melhora, as mulheres do país ainda saem perdendo dos homens em termos de educação, direitos legais, acesso à saúde a outros recursos.

Outro aspecto que preocupa no país são os índices de violência doméstica, que ainda é algo "aceito" pela sociedade. Uma frase comum no país é "niko zubakwa" ou "é assim que os casamentos são construídos".

Os índices de violência contra a mulher em Ruanda ainda são bastante altos: em uma pesquisa de 2010, 40% das mulheres afirmaram que haviam sofrido violência física pelo menos uma vez desde os 15 anos. Além disso, um relatório de 2011 mostrou que 57% das entrevistadas já foram agredidas pelo parceiro e 32% estupradas pelos maridos.

Os conselhos femininos sofrem com a ausência de recursos, segundo Elizabeth Powley. Por isso, eles são menos eficazes do que poderiam ser, tendo em visto que suas integrantes são voluntárias e têm que conciliar os afazeres políticos com outros papéis sociais.

Será preciso ainda mais esforço para levar a Ruanda do Parlamento para as ruas e para todas as mulheres do país.


Fonte: HuffPost Brasil

Grécia vive hoje primeira greve geral sob governo de Alexis Tsipras

Da Agência Lusa

A Grécia vive hoje (12) a sua primeira greve geral sob o governo de esquerda de Alexis Tsipras, convocada pelos principais sindicatos do país contra as medidas de austeridade do terceiro resgate.

A greve afeta, como é habitual na Grécia, principalmente os serviços públicos, com paralisação de 24 horas do metrô e dos ônibus, dos barcos e dos serviços mínimos na saúde. A maioria do comércio deverá abrir normalmente.

Nos aeroportos, haverá movimento normal dos voos internacionais, mas vários cancelamentos nos domésticos, devido à adesão à greve do sindicato do pessoal da aviação civil e da companhia aérea Olympic Airways, que opera apenas no país.

Tanto os hospitais quanto as farmácias também funcionarão com serviços mínimos.

Os meios de comunicação se juntaram ao protesto. A previsão é de que apenas trabalhem os jornalistas, fotógrafos e técnicos que fizerem a cobertura da greve.

Paradoxalmente ao apelo à greve, feito pelos sindicatos dos setores público e privado, juntou-se a comissão laboral do partido governamental Syriza.

Os sindicalistas do Syriza apelaram “aos trabalhadores, aos desempregados, aos pensionistas, aos jovens e às mulheres que participem ativamente da greve geral de 24 horas”.

O deputado do Syriza Tasos Kurakis disse que a participação maciça na greve fortalece a posição negociadora do governo diante dos credores internacionais.

O sindicato que representa o setor privado denunciou que as reformas decididas entre o governo e os credores preveem a liberalização do mercado de trabalho, o aumento da idade de aposentadoria, a redução das pensões e o aumento dos impostos, medidas que “diminuem o nível de vida da sociedade grega”.

O sindicato do setor público classificou a greve geral como “a primeira etapa de uma luta” que procura “impedir que a segurança social seja completamente desmantelada e reivindicar um sistema que amplie os direitos”.

Para os sindicatos gregos, o governo não está respeitando os compromissos eleitorais e adota “políticas de austeridade punitivas”.


Pesquisas na Argentina dão vantagem ao candidato da oposição Mauricio Macri

Monica Yanakiew - Correspondente da Agência Brasil/EBC Edição: Graça Adjuto



GUIDO CHOUELA
Faltando menos de uma semana para as eleições presidenciais de 22 de novembro, as pesquisas de opinião dão vantagem ao candidato da oposição, Mauricio Macri, segundo colocado no primeiro turno.  A expectativa agora é com o debate, no domingo (15), entre Macri e o governista Daniel Scioli, e o efeito que pode ter sobre os votos dos indecisos.

“É uma situação histórica na Argentina: é a primeira vez que teremos um segundo turno para definir quem será o presidente e é a primeira vez que assistiremos a um debate na televisão entre os finalistas”, disse à Agência Brasil o analista político Rosendo Fraga. Na campanha para o primeiro turno, realizado no dia 25 de outubro, cinco candidatos debateram as propostas de governo – mas Scioli, na época o favorito nas pesquisas, não quis participar.

Três levantamentos de intenção de voto, divulgados nessa quarta-feira (11), apontam Macri como o favorito no segundo turno. O empresário é fundador do partido Proposta Republicana (PRO) - foi presidente do clube de futebol Boca Juniors e é o atual prefeito da capital, Buenos Aires – e candidato pela coligação Cambiemos (Mudemos). Ele propõe uma “mudança”  depois de 12 anos de governos Kirchner. Desde 2003, a Argentina foi governada por um casal:  primeiro por Nestor Kirchner que, em 2007, foi sucedido pela mulher Cristina Kirchner. Ela foi reeleita em 2011, meses após a morte do marido, e conclui o segundo mandato no dia 10 de dezembro.

Duas das consultoras - Poliarquia e Aragon - dão ao oposicionista vantagem de 8,5 a 8 pontos porcentuais sobre o governista. A terceira, de Haime y Associados, dá uma diferença menor (3,8 pontos) e diz que Scioli recuperou terreno desde a última pesquisa. Há uma semana, a mesma consultora dava a Macri 7,5 pontos acima de Scioli. O ex-campeão de motonáutica e atual governador da província de Buenos Aires pertence ao Partido Justicialista (ou Peronista), no poder há 14 anos, e é candidato pela Frente para a Vitória (FPV).  Apesar de defender as políticas econômica, social e de direitos humanos dos Kirchner, Scioli tenta se diferenciar do estilo deles de governar, marcado por confrontos internos e externos.

As pesquisas de opinião na Argentina falharam no primeiro turno. Todas davam como certo que Scioli seria o mais votado, mas não previram uma diferença tão pequena em relação a Macri.  Nem previram que, pela primeira vez em 28 anos, os peronistas iriam perder a província de Buenos Aires, governada por Scioli, que representa 30% da riqueza e 40% do eleitorado do país.   Os “sciolistas” atribuem a vitória da candidata de Cambiemos, Maria Eugenia Vidal, à presidenta e aos kirchneristas.

“Cristina Kirchner não permite a Scioli se diferenciar dela. Escolheu o vice dele e apontou o chefe de gabinete dela, Anibal Fernandez, como candidato ao governo da província de Buenos Aires, mesmo sabendo que ele é um dos políticos com pior imagem”, disse Rosendo Fraga. “O maior problema de Scioli, neste momento, é a divisão dentro da aliança que supostamente apoia sua candidatura.”

Amigos fora da política, Scioli e Macri coincidem em várias propostas e têm se aproximado de posições de centro. Ambos reconhecem que a inflação anual de dois dígitos é alta e precisa ser reduzida. Macri sempre foi crítico do atual governo, que acusa de manipular os dados do Indec (o instituto que mede inflação e pobreza). Scioli recentemente admitiu que o Indec precisa ser reformado porque perdeu credibilidade.

Scioli e Macri também propõem eliminar os controles cambiais, impostos por Cristina Kirchner desde 2011, para evitar a saída de dólares do país. O candidato oposicionista quer tomar medidas nesse sentido assim que assumir, enquanto Scioli fala em gradualismo. Os dois concordam em manter os atuais planos sociais. Macri, considerado mais neoliberal, disse que vai manter as empresas Aerolineas Argentinas e a petrolífera YPF nas mãos do Estado: ambas foram privatizadas nos anos 90 e estatizadas por Cristina Kirchner.

Em política externa, os dois candidatos dizem que o Brasil é a prioridade. Macri afirma que, se for eleito presidente, vai invocar a cláusula democrática do Mercosul contra o governo da Venezuela, pela prisão de líderes oposicionistas.

Em entrevista coletiva, quando perguntaram se ele achava que teria menos afinidades políticas com os governos de esquerda da região e, portanto, mais dificuldades para negociar com eles, Macri respondeu: “Nao se preocupem que para [a presidenta] Dilma vai ser mais fácil se entender comigo do que com [a presidenta] Cristina”.

Scioli, como Macri, quer se mostrar conciliador e a favor de uma Argentina unida – mas, segundo Rosendo Fraga, “é difícil para ele se diferenciar dos kirchneristas quando não conseguem controlar o que dizem em público”.

Na reta final da campanha, Scioli aderiu ao discurso kirchnerista de que se o candidato da oposição ganhar, a Argentina corre o risco de voltar aos anos 90, quando as privatizações e a abertura da economia levaram ao desemprego, à recessão e à crise de 2001. Macri rebateu, dizendo que “a campanha do medo sá faz quem não tem ideias, nem propostas e prefere a calúnia”.

No domingo, os dois candidatos vão finalmente debater em público suas ideias. Segundo o diretor da consultura Poliarquia, Alejandro Catterberg, por falta de experiência, os argentinos não podem prever que efeito o debate terá sobre o voto dos indecisos (entre 6% e 8%). Ele citou como exemplo o Brasil onde, na sua opinião, o último debate entre Dilma Rousseff e Aécio Neves ajudou a assegurar a reeleição da presidenta.

Para Rosendo Fraga, outra incógnita dessa eleição é a governabilidade da Argentina: Macri conquistou a província de Buenos Aires e fez seu sucessor na capital, Buenos Aires, mas a aliança governista FPV manteve o controle do Congresso: tem 42 dos 72 senadores e 117 dos 257 deputados federais.


Paciente com suspeita de ebola já está no Rio para exames

Cristina Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto


O paciente de 46 anos, com suspeita de ter contraído o vírus ebola, chegou no fim da noite de ontem (11) ao Rio de Janeiro e hoje (12) de manhã deve fazer os exames necessários para a verificação da presença do vírus. Se o resultado, que sairá em 24 horas, for negativo, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), haverá novo exame em 48 horas. O Ministério da Saúde informou que "para preservar a privacidade do paciente e os direitos legais, as autoridades sanitárias reforçam que o nome deve ser preservado".

O homem veio de Belo Horizonte, onde no dia anterior foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Pampulha relatando febre alta e dores muscular e de cabeça. Ele é brasileiro e desembarcou sexta-feira (6) no país, procedente da Guiné. Dois dias depois, começou a apresentar os sintomas.

Depois de ser identificado como suspeito de ter o vírus, ficou em isolamento na UPA, onde foi aplicado o protocolo definido para casos suspeitos de ebola, com informação à Secretaria Estadual de Saúde e ao Ministério da Saúde. Os pacientes e profissionais da unidade que tiveram contato com ele estão sendo monitorados pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. A unidade não está recebendo novos pacientes.

O homem foi levado ao Rio em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), preparado com o esquema de segurança tanto para o paciente quanto para os profissionais que o acompanharam. A FAB recebeu, do Ministério da Saúde, pedido de uma aeronave para a transferência. De acordo com a Força  Aérea, "a tripulação do avião do Esquadrão Pelicano é especializada em missões de busca e salvamento e foi acionada às 10h na Base Aérea de Campo Grande (MS), sede da unidade".

O avião decolou da Base Aérea de Brasília e pousou no Aeroporto do Galeão. De lá, o paciente foi levado em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz, em Manguinhos, zona norte do Rio. A unidade é referência nacional para casos de ebola.

O ministério informou que o ebola só é transmitido por meio do contato com o sangue, com tecidos ou fluidos corporais de pessoas doentes e o vírus, apenas quando surgem os sintomas.

Este é o segundo caso registrado no Brasil. No ano passado, um homem, também vindo da Guiné, chegou ao Paraná e apresentou sintomas suspeitos de ebola. O paciente também foi levado para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas e os exames descartaram a contaminação pelo vírus.