Evento 'Encontros de Domingo' recebe companhia de dança mineira no Espaço Xisto Bahia

Cultura

O evento mensal 'Encontros de Domingo', do Espaço Xisto Bahia, espaço cultural da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), tem uma programação especial para a edição de junho. O evento trará a Meia Ponta Companhia de Dança, de Minas Gerais, que apresentará pela primeira vez em Salvador o espetáculo infantil ‘De Esconder para Lembrar’, neste domingo (21), das 9h às 12h. As entradas custam R$ 20 e R$ 10 (meia) e o passaporte adulto-criança R$ 20. Os moradores do bairro dos Barris, mediante apresentação de comprovante de luz ou água, têm acesso gratuito, com o limite de quatro convites por residência.

Primeiro trabalho da companhia mineira, que se lança na aventura de trazer as crianças para o universo da dança contemporânea, o espetáculo vai além das estruturas tradicionais das histórias infantis. A proposta da montagem é despertar os pequenos para o universo criativo desta linguagem artística. Através de coreografia poética, relacionada aos sonhos e medos da infância, são revelados ao público tesouros escondidos no tempo, como brincadeiras guardadas nas lembranças, do trava-língua ao esconde-esconde. A direção geral é de Marisa Pitanga Monadjemi. Denise Stutz assina a direção coreográfica. Já a cenografia e figurinos são do artista plástico e ilustrador de livros infantis Marcelo Xavier.

O Encontros de Domingo tem programação diversificada para toda a família, com direito a café da manhã regional, às 9h, seguido de ateliê de desenho, contação de histórias – indicada para crianças a partir de 2 anos – e uma sessão do espetáculo infantil às 11h. Desde maio, as atividades do evento têm tradução em libras, permitindo maior acesso às crianças e familiares com deficiência auditiva. Os encontros ocorrem sempre no último domingo do mês.

Secom Bahia

Especialistas criticam deputados que vetaram cota para mulher no Legislativo

Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

A diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão, Jacira Melo, fez duras críticas pelos deputados terem rejeitado a reserva de cadeiras para mulheres nos legislativos federal, estaduais e municipais. “É a mais completa tradução de que deputados operam em causa própria, é uma maioria masculina que não tem condições políticas e éticas para reestruturar o sistema politico brasileiro”. Formada em filosofia política, ela destaca que a proposta das cotas apresentada no plenário da Câmara durante a votação da reforma política, nesta semana, não produziria mudanças bruscas, mas poderia aumentar gradualmente a representatividade de gênero.

Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão extraordinária para votação da reforma política em primeiro turnoAntonio Cruz/ Agência Brasil
“Estava em debate algo minimalista, mas da maior importância”, avaliou a filósofa ao citar exemplos como o da Bahia, que tem 39 deputados federais dos quais apenas três são mulheres. “Teríamos na Bahia pelo menos mais uma mulher. Temos hoje cinco estados que não têm qualquer representação parlamentar feminina [Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraíba e Sergipe]. Com esse mecanismo que eu não chamo de cota teríamos alguma representação que é democrática e legítima”, acrescentou Jacira.

A proposta, que recebeu 293 votos favoráveis – eram necessários 308 – ficou de fora do texto da reforma política, reservava 10% das cadeiras para as mulheres na primeira legislatura, passando para 12% na segunda, até chegar a 15%, em 2027. Além do resultado da votação, Jacira Melo lamentou a postura de parlamentares diante da emenda que, segundo ela, revelaram a cultura machista no Parlamento.

“Entre os defensores da regra, um deputado chegou a dizer que era a favor das cotas porque o plenário ficaria mais bonito. Outro disse ser a favor para dar um voto de confiança às mulheres”, criticou Jacira. Mais de 100 deputados votaram contra o mecanismo, entre eles, o deputado delegado Edson Moreira (PTN-MG) que afirmou que “não é justo é que uma minoria, pequena e de pouco trabalho, conquiste uma cadeira que não é fácil".

Autora de tese sobre a representatividade feminina no Poder, Luciana Ramos, pesquisadora da Fundação Getulio Vargas (FGV), lembra que existem três tipos de cotas políticas no mundo – reserva de assentos mínimos, cotas partidárias voluntárias e cotas legislativas – que impõem a todos os partidos um percentual mínimo de candidatas. “No Brasil, temos as cotas legislativas, mas isso não é cumprido por uma série de razões, especialmente pelo fato de não ter sanção para o descumprimento dessa lei”, avaliou.

Luciana disse que não se surpreendeu com a rejeição da medida por um Congresso “conservador” como o atual. Alertou que a composição legislativa de hoje produz impactos diretos na formulação de leis e políticas. “As mulheres representam 51% da população brasileira, mas elas não fazem as leis que regem essa sociedade composta pela maioria de mulheres. É uma discrepância enorme ter menos de 10% de mulheres na Câmara, por exemplo”.

Para a pesquisadora, a diversidade de visões é fundamental em espaços de poder. “A inserção de mulheres faz toda diferença. Enquanto um homem decide onde vai passar uma linha de ônibus, ele pensa que tem que ir da casa ao trabalho. Na perspectiva da mulher, esse ônibus precisa passar na casa, na escola do filho, no mercado e no trabalho, por exemplo”.


PF adia para segunda-feira depoimento de presos na 14ª fase da Lava Jato

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* Edição: Fernando Fraga

Os investigados na 14ª fase da Operação Lava Jato, com prisão temporária, tiveram o depoimento adiado para a próxima segunda-feira (23). Segundo a Polícia Federal (PF), delegados e agentes que haviam viajado para cumprir os mandados de busca e de apreensão não conseguiram retornar a Curitiba. Algumas diligências em São Paulo, informou a PF, terminaram apenas no fim da noite de sexta-feira (19).

Originalmente, os investigados com prisão temporária decretada seriam ouvidos hoje (20) pelos delegados da PF encarregados das investigações. Já os depoimentos dos investigados com prisão preventiva estão mantidos para o decorrer da próxima semana.

Pela manhã, todos os 12 empresários presos nessa fase da Lava Jato fizeram exame de corpo de delito na sede do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba. Eles permaneceram por cerca de seis horas no IML e retornaram para a carceragem da Superintendência da PF na capital paranaense.

De acordo com a Justiça Federal no Paraná, já foram apresentados pelos advogados dos presos vários pedidos de habeas corpus.

As investigações que resultaram na 14ª fase da Operação Lava Jato revelam que as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez lideravam o cartel de empreiteiras que superfaturavam contratos da Petrobras. Os presidentes das duas construtoras, Marcelo Odebrecht e Otávio Marques Azevedo, foram presos.

Estão em prisão temporária Alexandrino de Salles e Cristiana Maria da Silva Jorge, da Odebrecht; e Antônio Pedro Campelo de Souza e Flávio Lucio Magalhães, da Andrade Gutierrez. O prazo das prisões temporárias acaba na terça-feira (23), mas pode ser prorrogado por cinco dias.

*Colaborou Iolando Lourenço


Pediatra do Hospital Estadual da Criança alerta sobre cuidados no São João

São João da Bahia

Fogueira, fogos de artifício, comidas típicas, danças e brincadeiras juninas. Tudo isso marca o São João no Nordeste. Os festejos juninos são marcados por muitos momentos de alegria e descontração, mas é preciso que os pais e responsáveis fiquem atentos a alguns cuidados com as crianças. “O principal cuidado é com o manuseio incorreto de fogos de artifício. Há produtos que não podem ser utilizados por crianças de determinadas faixas etárias, a exemplo das bombas e dos foguetinhos. Esses fogos, quando usados de forma incorreta, ocasionam queimaduras e até acidentes mais graves. Por isso, é preciso que os pais e responsáveis observem, na hora da compra, o produto mais adequado para a idade da criança e sempre a acompanhe na hora de ‘soltar os fogos’”, alerta o pediatra do Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana, Cláudio Oliveira.

O pediatra adverte ainda que os pais devem atentar para a inalação da fumaça emitida pelas fogueiras, principalmente aqueles cujos filhos possuem alergias e/ou problemas respiratórios. “O ideal é que essas crianças não inalem a fumaça, mas, caso isso ocorra, o nariz deve ser lavado com soro e a criança deve ser medicada com remédios indicados por um médico especializado”, afirma.

Cláudio Oliveira também lembra sobre os cuidados com o consumo de alguns alimentos tradicionais do cardápio junino, como amendoim, bolos e milho. “Faz-se necessário observar os locais que estão vendendo estes alimentos, pois muitas pessoas que comercializam não atentam para medidas básicas de higiene e isso pode ocasionar infecções intestinais e, consequentemente, desidratação. Para aqueles alimentos que são consumidos em casa, é preciso prepará-los com cuidado, respeitando o tempo necessário de cozimento e fazendo uso de produtos adequados. Tudo isso evita a proliferação de bactérias que podem prejudicar o trato intestinal”, ressalta.

Secom Bahia

Deputados descartam propostas da sociedade civil para a reforma política

Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

Os pontos centrais defendidos por mais de 100 entidades e movimentos da sociedade civil para a reforma política não entraram no texto aprovado pela Câmara, nesta semana. Instituições como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) queriam mudanças, principalmente do sistema eleitoral e do financiamento de campanha, mas não conseguiram emplacar suas propostas.

Na votação, os deputados mantiveram o sistema proporcional em que deputados e vereadores são eleitos de acordo com a votação do partido ou da coligação. Já os integrantes do movimento conhecido como Coalizão pela Reforma Política queriam eleições em dois turnos, para que os eleitores pudessem votar primeiro nos partidos e definir o número de cadeiras destinadas a cada legenda, e só depois escolherem os candidatos.

“Temos mais de 800 mil assinaturas coletadas em apoio a esta proposta. Já votamos em dois turnos pelas atuais regras. Se trata apenas de seguir as mesmas datas previstas hoje para que as pessoas tenham clareza de que forças estão colocando no Parlamento”, explicou o juiz eleitoral do Maranhão Marlon Reis, cofundador do MCCE.

Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão de votação da reforma políticaFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O modelo sequer foi analisado pelos parlamentares, que discutiram alternativas como o distritão – em que seriam eleitos os deputados e vereadores mais votados no estado, em sistema majoritário –, a lista fechada – com indicação dos candidatos pelo partido – e o distrital misto, para que 50% dos deputados e vereadores fossem eleitos por lista e outra metade entre os mais votados em cada distrito.

A Coalizão pela Reforma Política também não conseguiu convencer os parlamentares a alterar o modelo de financiamento de campanha. “Defendemos um modelo misto, com financiamento público e em que o cidadão participe com doações limitadas a até R$ 700, por pessoa, para evitar que alguém se transforme em padrinho de campanha e não houvesse doações de empresas”, explicou o juiz maranhense. A seu ver “não houve reforma alguma”.

No texto aprovado em primeiro turno pela Câmara, as doações de empresas só podem ser feitas aos partidos e não mais aos candidatos. As pessoas físicas podem doar à legenda e ao candidato. Também foi mantida a distribuição de recursos do fundo partidário. Para o analista político Antônio Augusto Queiroz , diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), a restrição às doações de pessoas jurídicas não produz mudanças. “Os partidos têm autonomia administrativa e orçamentária que o Estado não controla. Ele pode canalizar para o candidato que desejar os recursos, pode priorizar alguns candidatos, do modo como foi feito, sem estabelecer regra de que o que for arrecadado vai ser distribuído linearmente entre todos os candidatos”, avaliou.

Queiroz disse que os deputados não avançaram nos três pilares básicos da refoma política. “Não aprovaram mudanças no financiamento de campanha, que ajuda a moralizar e diminuir a corrupção na política; no sistema eleitoral de lista fechada, que viria na perspectiva de fortalecer ideias e partidos e com o fim de coligação que reduz o número de partidos”. Para ele, a manutenção das coligações com liberdade plena para os partidos, como ficou no texto final é “um deboche” com o eleitor que vota em um candidato e acaba ajudando a eleger outros que não tem qualquer identidade ideológica.

“Coligação só faz sentido se tiver identidade programática. O correto seria instituir a federação de partidos para que os que se coligarem para a eleição fiquem juntos durante todo o mandato”, explicou. Os deputados, no entanto, rejeitaram essa proposta.

O analista político também critica o fim da reeleição. Ele considera que os mandatos são muito curtos para uma administração apenas. “Você pode aperfeiçoar o sistema determinando que quem for concorrer a reeleição se licencie nos seis meses que antecede a votação e retira a influência”. Ele acrescentou que a cláusula de barreira, instituída pela Câmara, “tem como único objetivo impedir que partidos pequenos se manifestem.”

O texto estabelece que só terão acesso aos recursos do fundo partidário e ao tempo de rádio e televisão os partidos que tiverem pelo menos um candidato à Câmara dos Deputados e um parlamentar eleito para a Câmara ou para o Senado.

A matéria ainda precisa passar por um segundo turno de votações na Câmara. Se aprovada, segue para avaliação do Senado. “Os senadores seguramente farão mudanças”, aposta Queiroz. O que for acatado pode ser promulgado imediatamente e os pontos que sofrerem alterações voltam à Câmara para nova votação.

- Assuntos: Câmara dos Deputados, votação, reforma política, sociedade civil, propostas, Coalizão pela Reforma Política

A folia junina já tomou conta dos largos do Pelourinho

São João da Bahia
São João no Pelô 2015 Praça Pedro Archanjo Show da Banda Relise Cantor Gil Lobo - Foto: Elói Corrêa/GOVBA
A folia do São João já está a todo vapor no Pelourinho. Tem sanfona, arrasta-pé, xote e muito forró. A programação inclui trios nordestinos e grupos de forró pé-de-serra, com atrações dos credenciados do Ciclo Junino da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult) e shows apoiados pelo Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI). A noite de sexta-feira (19) trouxe o forrozeiro Jailton Torres ao Largo Quincas Berro D’Água. O forrozeiro celebrou a sua participação no São João do Pelô pelo quinto ano consecutivo. No repertório, grandes sucessos da música nordestina de diferentes gerações, passando por nomes como Flávio José, Falamansa e Luiz Gonzaga. “O Pelô tem muito a ver com a história do forró, portanto é sempre um grande orgulho participar desta festa bonita e que mantém um público presente e fiel”, destaca o forrozeiro, que não deixou ninguém parado na praça lotada.

Já o Largo Pedro Archanjo foi palco do ritmo que vem ganhando cada vez mais espaço nas festas juninas, o arrocha romântico, representado pela Banda Release, que esquentou o clima entre os pares que se juntaram pra dançar ao som da banda. Neste sábado (20), acontece a abertura do São João no Terreiro de Jesus, a partir das 16h, com os shows de Catuaba com Amendoim, Daniel, Adelmário Coelho, Mastruz com Leite e Matheus e Kauan. A festa também começa no Largo do Pelourinho, por onde passam, a partir das 19h, Zé Duarte, Poizé e Virgílio.

São João da Bahia
São João no Pelô 2015 Praça Pedro Archanjo Show da Banda Relise Cantora Rafaela Costa - Foto: Elói Corrêa/GOVBA

A diversão de baianos e turistas está garantida em Salvador e outros 109 municípios durante as tradicionais festas juninas. O projeto São João da Bahia 2015, realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura do Estado (Secult) e da Superintendência de Fomento ao Turismo (Bahiatursa), vai promover mais de 100 shows gratuitos no Pelourinho e no Subúrbio Ferroviário até o dia 29 de junho. Artistas como Elba Ramalho, Daniel, Mastruz com Leite, Calcinha Preta, Targino Gondim e Saulo Fernandes estão confirmados no Centro Histórico. A programação completa, notícias, sugestões de pauta, campanhas de conscientização e outras ações e serviços promovidos pelo Governo do Estado durante a festa junina estão disponíveis no site São João da Bahia.

Secom Bahia

Polícia Federal toma depoimentos de presos na 14ª fase da Operação Lava Jato

Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Fernando Fraga

Os investigados na 14ª fase da Operação Laja Jato, da Polícia Federal (PF), com prisão temporária, serão ouvidos ainda neste sábado (20) pelos delegados da PF encarregados das investigações da operação. Já os depoimentos dos com prisão preventiva serão tomados no decorrer da próxima semana.

Todos os 12 empresários presos nessa fase da Lava Jato fizeram na manhã de hoje (20) exame de corpo de delito na sede do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba, Paraná. Eles permaneceram por cerca de suas horas no IML e retornaram para a carceragem da Superintendência da PF em Curitiba.

De acordo com a Justiça Federal no Paraná, já foram apresentados pelos advogados dos presos vários pedidos de habeas-corpus.

As investigações que resultaram na décima quarta fase da Operação Lava Jato revelam que as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez lideravam o cartel de empreiteiras que superfaturavam contratos da Petrobras. Os presidentes das duas construtoras, Marcelo Odebrecht e Otávio Marques Azevedo, foram presos.

Estão em prisão temporária Alexandrino de Salles e Cristiana Maria da Silva Jorge, da Odebrecht; e Antônio Pedro Campelo de Souza e Flávio Lucio Magalhães, as Andrade Gutierrez. De acordo com a PF, dois serão ouvidos às 15h e dois às 17h.

Sefaz alerta sobre pagamento do IPVA de carros com placas de final 6

Os proprietários de veículos com placas de final 6 têm, até a próxima sexta-feira (26), para aproveitar o desconto de 5% no pagamento do Imposto Sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA). O benefício é válido somente para quitação à vista. Para quem preferir, é possível parcelar o imposto em três vezes. Neste caso, o pagamento da primeira cota também deve ser feito até o dia 26. Outra opção é quitar o valor integral do tributo, sem desconto, até 31 de agosto.

Nos próximos dias também ocorre o vencimento de cotas mensais para quem também optou, nos meses anteriores, pelo parcelamento do IPVA. No dia 26 vence a segunda parcela para as placas de final 5 e, nos dias 29 e 30, vencem as últimas parcelas para as placas, respectivamente, de finais 3 e 4. As datas de pagamento das demais cotas e placas podem ser conferidas no calendário do IPVA 2015, disponível no site da Sefaz-BA.

Para efetuar o pagamento, basta se dirigir a uma agência ou caixa eletrônico do Banco do Brasil, Bradesco ou Bancoob, com o número do Renavam em mãos. Em caso de dúvida, o contribuinte pode entrar em contato com o call center da Sefaz, pelo 0800 071 0071.

Secom Bahia

Homem armado mata três pessoas e fere 34 na Áustria

Da Agência Lusa

Um homem armado matou hoje (20) três pessoas e feriu 34, ao passar em alta velocidade com um automóvel numa rua para pedestres em Graz, no sul da Áustria, anunciou o governador local, Hermann Schützenhöfer.

Segundo testemunhas, o veículo entrou em alta velocidade por volta do meio-dia numa das principais ruas comerciais e de pedestres da segunda maior cidade austríaca. Depois de atropelar as pessoas, o homem saiu do carro com uma faca. O austríaco, de 26 anos, foi detido.

De acordo com as primeiras investigações, o homem apresentava sintomas de surto psicótico. Schützenhöfer disse tratar-se do ato de um desequilibrado mental. O diretor da polícia da região, Josej Klamminger, descartou a possibilidade de ato terrorista.

Dos feridos, dez estão em estado grave e um está entre a vida e a morte. O presidente da república austríaca, Heinz Fishcer, disse estar profundamente chocado com a tragédia.


Venezuela qualifica de "manobra midiática" ação de senadores brasileiros

Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

O governo venezuelano rechaçou, em nota oficial, o que chamou de “manobra midiática”, as tentativas de grupos de direita nacional e internacional que tentaram "construir à base de mentiras" os episódios envolvendo a visita de uma comissão de senadores brasileiros. Segundo a nota, “os senadores chegaram ao país com o único propósito de desestabilizar a democracia venezuelana, gerar confusão e conflito entre os países irmãos [Brasil e Venezuela]”.

Na nota, o governo de Nicolás Maduro reitera parceria com o BrasilArquivo Agência Brasil Soares
Segundo o governo de Nicolás Maduro, entre as mentiras estão a de que o governo teria negado permissão de sobrevoo para a delegação brasileira, antes mesmo dela apresentar formalmente qualquer explicação. A nota também desmente que o governo teria obstruído a estrada principal que liga o aeroporto a cidade de Caracas. A versão do Executivo venezuelano é de que um acidente com uma carreta com produtos inflamáveis teria impedido o trânsito livre de veículos. Também foi rebatida a alegação de que a segurança e a integridade dos senadores estavam sob riscos.

De acordo com o governo, em nenhum momento a segurança e a integridade dos senadores do Brasil foi posta em risco. Na nota, o governo afirma dispor de vídeos e fotografias que mostram a interação dos senadores com os ativistas políticos que se encontravam em campanha eleitoral para as eleições deste ano, no país. A alegação é de que havia um efetivo de segurança com batedores, patrulhas que acompanharam durante todo o tempo o grupo de brasileiros.

Na nota, o governo da Venezuela reitera os seus laços de amizade e cooperação com base no respeito mútuo, na não ingerência nos assuntos internos dos Estados e na autodeterminação dos povos com o Brasil.  As autoridades do país destacam o “compromisso inabalável” em manter esses compromissos “acima de qualquer manobra divisionista” adotado contra a Venezuela.

Senadores brasileiros que foram visitar presos políticos de oposição ao governo de Nicolás MaduroAntonio Cruz/ Agência Brasil
Na quinta-feira (18), uma missão oficial do Senado, composta de oitos senadores de oposição no Brasil foi a Venezuela para verificar as condições em que se encontram os presos que são opositores ao regime do governo de Nicolás Maduro. Os senadores alegam que foram impedidos de visitar as pessoas e que estavam cumprindo o dever constitucional de fiscalizar a aplicação da legislação brasileira. A alegação é que, quando o Brasil assinou o tratado do Mercosul, a cláusula de exigência da democracia pelos membros passou a compor a legislação brasileira e deve ter sua obediência cobrada pelo país em relação aos demais membros do bloco.

Integravam a missão oficial os senadores tucanos Aécio Neves (MG), Aloysio Nunes Ferreira (SP) e Cássio Cunha Lima (PB), além de Ronaldo Caiado (DEM-GO), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), José Agripino Maia (DEM-RN), Sérgio Petecão (PSD-TO) e José Medeiros (PPS-MT).


Nações Unidas criam dia contra violência sexual em cenários de guerra

Da Agência Lusa Edição: Luiz Fernando Fraga

A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou ontem (19) o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Sexual em Conflito. De acordo com resolução aprovada pelo órgão, a data passará a ser lembrada todos os anos.

“Este dia internacional é uma vitória para todos os sobreviventes que ficaram muito tempo em silêncio”, disse Leila Zerrougui, representante especial da ONU para crianças e conflitos armados.

A nova resolução foi aprovada por 113 países e tem como objetivo aumentar a conscientização para a necessidade de acabar com a violência sexual em cenários de conflito. A iniciativa surgiu em meio a relatos de atos brutais de violência sexual contra mulheres e meninas por grupos alinhados ao Estado Islâmico.

O mais recente relatório anual da ONU sobre violência sexual em cenários de conflito descreve tendências preocupantes, como violações, escravidão sexual e casamentos forçados em países como República Centro-Africana, Iraque, Somália, Sudão do Sul, Sudão e Síria.

Estudante brasileiro premiado com voo espacial passa por treinamentos

Maiana Diniz - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

“A Terra é azul”, foi o que disse o russo Yuri Gagarin, primeiro homem a ir ao espaço, ao ver o planeta à distância no dia 12 de abril de 1961. Desde essa descrição, as imagens da bola azul rodaram o mundo, gerando em muitos uma vontade quase infantil de viver a experiência de atravessar a atmosfera terrestre para vagar no vazio do universo.

Pedro Nehmem Nehmem treinou em caça F-5 da FABDivulgação/FAB
O estudante de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília (UnB), Pedro Nehmem, será o primeiro civil brasileiro a realizar o sonho de muitos e ver o que Gagarin descreveu. “Eu vou ver a Terra azul, de fora, com o céu todo preto”, vibra o rapaz de 23 anos. Em 2013, Pedro ganhou o concurso realizado por uma empresa de aviação holandesa e garantiu lugar na nave que voará de 45 a 60 minutos a 103 quilômetros de altitude, ficando cinco a seis minutos na gravidade zero. “Receber a notícia foi uma experiência diferente, quase assustadora”, define Nehme. O voo suborbital será na nave Lynx Mark II, da empresa XCOR Aeroespace. Os testes com o veículo começam no segundo semestre e a previsão é que a viagem ocorra ainda este ano.

A preparação oficial de Pedro está sendo feita desde março deste ano. “O treinamento é focado no perfil do voo, então eu estou sendo submetido às mesmas acelerações do voo espacial para sentir na prática como vai ser”, explica. O treinamento para ir ao espaço é dividido em duas etapas. A primeira consiste em práticas de hipergravidade, que submetem a pessoa a gravidades altas. A última experiência do estudante nesse tipo de treinamento foi com a Força Aérea Brasileira (FAB), a bordo do avião do caça F-5 EM, do Esquadrão Pampa, na terça-feira (16).

“É bem rápido. Para se ter ideia, na subida atingimos 40 mil pés em cinco, seis minutos, enquanto em um avião comum demora meia hora para fazer o mesmo trajeto”, diz Nehmem. Segundo ele, a experiência foi tranquila, especialmente porque já havia se preparado, em março, numa centrífuga do Nastal Center, na Filadélfia, nos Estados Unidos.

O estudante passou por dois dias de treinamento na centrífuga para que aprendesse a reconhecer as forças a que será submetido. O exercício na máquina que simula gravidade alta consiste basicamente em contrair os músculos inferiores e do abdômen para que o sangue circule normalmente pelo corpo durante a alta aceleração, evitando que migre para os pés e músculos inferiores e cause desmaios.

“Fazendo o exercício, rapidamente você começa a sentir tudo voltando ao normal, incluindo o retorno da visão periférica, que também é comumente perdida durante a aceleração. Eu comecei a enxergar como se fosse num binóculo, mas ao contrair os músculos, voltei a enxergar direito.”.

Para a segunda etapa do treinamento, de microgravidade, Pedro vai para Moscou. “Lá eu vou experimentar a sensação de gravidade zero”.

Além dos exercícios, Pedro também passou por testes físicos no Instituto de Medicina Aeroespacial da FAB e está cuidando do condicionamento físico. Emagreceu 15 quilos, desde novembro de 2014, com atividade física diária e alimentação equilibrada.

“Todos esses treinamentos estão me deixando mais confiante, mais seguro para a viagem. Passar por tudo isso sem ter problema nenhum é um bom indicativo de que na viagem eu não terei nenhum problema, dado que as situações são quase as mesmas.”, afirma o estudante.

Em 2013, a empresa KLM lançou um balão no deserto de Nevada, nos Estados Unidos, e perguntou a altitude em que o balão estouraria. A pessoa que acertasse o ponto ganharia uma viagem espacial. “Eu errei por 14 quilômetros, mas fui o que chegou mais perto”. Mais de 129 mil pessoas participaram da seleção.

Embarcações resgatam 300 emigrantes próximo à costa da Líbia

Da Agência Lusa

Cerca de 300 pessoas foram resgatadas no Mar Mediterrâneo, próximo à costa da Líbia, por três embarcações, informou hoje (20) a organização não governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF).

Segundo a organização, o resgate ocorreu na sexta-feira (19) e teve a participação de um barco da organização humanitária, com capacidade para 300 pessoas e tripulação de 18 pessoas, incluindo médicos.

Entre os 300 resgatados, havia 22 mulheres, duas das quais grávidas, e 14 menores, todos em bom estado de saúde. De acordo com o MSF, a maioria dos resgatados era proveniente da Gâmbia e do Senegal, mas havia também eritreus, etíopes e malianos.

- Assuntos: imigrantes, emigrantes, Mar Mediterrâneo, Líbia, refugiados

Presos na 14ª Operação Lava Jato fazem exames no IML

Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Fernando Fraga

Os presos na 14ª fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), estão fazendo exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba. Segundo a PF, os presos deixaram a carceragem por volta das 9h30 e foram conduzidos em comboio até o IML para passarem pelo exame. Eles chegaram por volta das 10 h ao instituto. Ao todo são 12 presos nessa nova fase da Operação Lava Jato.

A 14ª fase da operação, denominada Erga Omnes, expressão latina no meio jurídico para indicar que os efeitos da lei atingem a todos os indivíduos, é uma referência ao fato de as investigações alcançarem, mais de um ano depois de deflagrada a primeira fase da operação, as duas maiores empreiteiras do país, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez.

As investigações que resultaram na décima quarta fase da Operação Lava Jato revelam que as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez lideravam o cartel de empreiteiras que superfaturavam contratos da Petrobras. Os presidentes das duas construtoras, Marcelo Odebrecht e Otávio Marques Azevedo, foram presos.

De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, as duas empreiteiras, no entanto, diferentemente das demais investigadas, usavam um esquema “mais sofisticado” de pagamento de propina a agentes públicos e políticos por meio de contas no exterior, o que exigiu maior aprofundamento das investigações, antes do pedido de prisão dos diretores das empresas.

- Assuntos: Operação Lava Jato, Polícia Federal, IML, Odebrecht, Andrade Gutierrez

Economistas recomendam reservar dinheiro para enfrentar crise econômica

Kelly Oliveira, repórter da Agência Brasil Edição: Fernando Fraga

A reserva de dinheiro para emergências é uma opção para enfrentar o momento atual de crise na economia, com o aumento do desemprego e da inflação e, assim, fugir da inadimplência. A avaliação é da economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil, Marcela Kawauti.

“As pessoas têm o costume de comprometer toda a renda com as parcelas. Quando vem o desemprego ou algum imprevisto, não tem para onde correr. É preciso antecipar um futuro não muito bom e fazer uma reserva financeira”, recomenda a economista.

Ela orienta que se façam cortes no orçamento familiar para fazer essa reserva, como reduzir a frequência em restaurantes, por exemplo. “Privilegie as compras à vista. Se não tiver dinheiro, espere dois ou três meses economizando”, sugere.

Outro passo para evitar a inadimplência, segundo a economista, é trocar dívidas mais caras por mais baratas, como tomar crédito consignado - com taxa média de juros de 26,9% ao ano em abril, segundo o Banco Central -, para pagar o cartão de crédito, hoje com taxa do rotativo em 347,5% ao ano.

“Do mesmo jeito que o consumidor pesquisa os preços de uma geladeira antes de comprar, precisa pesquisar as taxas de juros mais adequadas”, destaca a economista. Outra solução é fazer a portabilidade de crédito, ou seja, levar o empréstimo de um banco para outro que ofereça taxas menores.

Para quem já caiu na lista dos inadimplentes, a solução, segundo orientação de economistas, é renegociar a dívida, começando pelas mais caras.

“Se está em uma situação muito difícil, perdeu o emprego, é importante ser proativo na gestão da dívida. Existe uma maneira de renegociar. Pode parcelar por um período mais longo, negociar desconto de juros. Comece pelas dívidas mais caras como cartão de crédito e cheque especial, senão vira uma bola de neve de um mês para o outro”, orienta o economista Alexandre Nobre, sócio da RCB Investimentos, empresa de aquisição e gestão de carteiras de crédito e recebíveis.

Marcela Kawauti também orienta que o consumidor endividado venda algum bem, como o carro, para pagar uma dívida que esteja fora de controle. "É uma situação provisória. Depois, o consumidor pode comprar outro carro".

Os economistas destacam que os principais fatores que levam à inadimplência atualmente é o desemprego e a alta dos preços. “A inflação come do bolso do indivíduo”, diz Nobre. E o desemprego, ressalta, tem atingido principalmente a indústria, em segmentos como da construção civil, petróleo e gás e veículos.

De acordo com os economistas, somente no próximo ano se espera alguma melhora na inadimplência. “Não acho que a inadimplência esteja muito descontrolada, mas há uma piora gradual”, diz Nobre. Para o economista, a melhora deve acontecer em meados do primeiro semestre do ano que vem, com a economia se recuperando.

Já para Marcela Kawauti somente no segundo semestre de 2016 a inadimplência deve recuar e a economia vai mostrar sinais positivos. “É como em uma ladeira, você não consegue frear com tudo para poder voltar a subir. A velocidade da queda é forte. Por isso, só no segundo semestre do ano que vem para ter alguma melhora”, diz. Porém, a economista acredita que a inadimplência não deve aumentar descontroladamente este ano, porque os bancos estão emprestando menos.

De acordo com o SPC Brasil, mais de 2 milhões de brasileiros entraram para a lista de inadimplentes entre dezembro de 2014 e maio deste ano. No total, o SPC estima que em amio havia cerca de 56,5 milhões inadimplentes.



- Assuntos: crise econômica, inflação, inadimplência, juros, reserva de dinheiro, SPC

Metrô e trens em SP vão funcionar ininterruptamente na Virada Cultural

Da Agência Brasil Edição: Fernando Fraga

As linhas do Metrô e da Companhia Paulista de Transporte Metropolitano (CPTM) vão funcionar, ininterruptamente, de hoje (20) até a meia-noite de domingo (21) para segunda-feira (22). A alteração foi feita para facilitar o deslocamento dos usuários durante a Virada Cultural, que tem início às 18h de hoje.

Todas as 66 estações metroviárias da cidade de São Paulo das linhas 1-Azul (Jabaquara – Tucuruvi), 2-Verde (Vila Prudente – Vila Madalena), 3-Vermelha (Corinthians Itaquera – Palmeiras Barra-Funda), 4-Amarela (Butantã – Luz) e 5-Lilás (Capão Redondo – Adolfo Pinheiro) estão abertas para embarque e desembarque desde as 4h40 até a meia-noite de domingo para segunda-feira.

As 92 estações da CPTM vão operar das 4h de sábado até a meia-noite de domingo para segunda. Durante a madrugada do dia 20 para o dia 21, a companhia vai operar com trens extras, em todas as linhas, com intervalos de 20 minutos.

O Metrô e a CPTM recomendam que os usuários adquiram antecipadamente os bilhetes e recarreguem, se necessário, os cartões de transporte. Os ciclistas poderão levar as bicicletas no sistema metroferroviário a partir das 14h do sábado até a meia-noite de domingo para segunda, considerando o limite de quatro bicicletas por trem e o embarque no último vagão.

Nas estações Sé, Jabaquara, Paraíso, Ana Rosa, Vila Prudente e Tamanduateí os usuários do metrô poderão usar o serviço gratuito de internet wi-fi. As áreas onde o serviço está disponível estão identificadas com adesivos e placas. Para usar o serviço, o usuário deve pesquisar a rede “wifi_metro_sp” e cadastrar seu e-mail. Segundo o Metrô, a conexão atende a 200 usuários simultaneamente. Cada pessoa poderá utilizar a rede por, no máximo, 20 minutos, com intervalos de 15 minutos.

- Assuntos: Virada Cultura, metrô, São Paulo, transporte coletivo

Justiça acusa formalmente jovem pela morte de nove pessoas em igreja nos EUA

Gislene Nogueira - Correspondente da Agência Brasil/EBC Edição: Aécio Amado

O jovem Dylann Roof participou hoje (19) de uma videoconferência com um juiz de uma corte nos Estados Unidos. O recurso foi usado para que ele não precisasse deixar a cadeia onde está desde que foi preso ontem (18), em Charleston, na Carolina do Sul.

O acusado de matar nove pessoas em uma igreja histórica de uma congregação de negros americanos deu apenas respostas curtas ao magistrado James Gosnell. Dylann Roof confirmou nome, endereço e que estava desempregado. Ele ouviu, de cabeça baixa, parentes de vítimas que puderam falar na audiência.

Um familiar de Ethel Lance, identificada como uma das pessoas que morreram no ataque, disse ao atirador: “Você machucou muitas pessoas, mas eu perdoo você”.

O juíz James Gosnell afirmou que o assassinato de nove pessoas é inafiançável. Dylann Roof foi acusado também de uso de arma de fogo, cuja fiança custaria US$ 1 milhão. A imprensa norte-americana noticiou que o jovem confessou o crime na cadeia e que o ataque foi para começar uma guerra de raças.

A governadora do estado da Carolina do Sul, Nikki Haley, defendeu a pena de morte para o autor do massacre.

- Assuntos: chacina, Carolina do Sul, pena de morte, Igreja Africana Metodista, Charleston

Brasil pedirá a Estados Unidos isenção de vistos para turistas

Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado

O Brasil pretende incluir nas negociações com os Estados Unidos o pedido para a isenção de vistos para turistas, disse hoje (19) o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Segundo ele, a medida pode servir como moeda de troca ao pedido de empresários norte-americanos para que o Brasil libere a operação de rotas aéreas domésticas por empresas estrangeiras.

Ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, em entrevista coletiva ao final da reunião do Fórum de Altos Executivos Brasil-Estados Unidos, no Palácio Itamaraty (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, em entrevista coletiva ao final da reunião do Fórum de Altos Executivos Brasil-Estados Unidos, no Palácio Itamaraty Marcelo Camargo/Agência Brasil

“A questão dos céus abertos [abertura do mercado aéreo brasileiro] pode vir junto com a desburocratização dos vistos. O Brasil é um regime democrático pleno e não tem guerra há 150 anos. Como a rejeição de vistos brasileiros para os Estados Unidos muito baixa, a isenção facilitaria o turismo, os negócios e estimularia a aproximação cultural e econômica”, declarou o ministro no encerramento do Fórum de CEOs Brasil–Estados Unidos, evento que reuniu empresários e representantes dos governos dos dois países.

O próprio ministro, no entanto, reconheceu que as negociações ainda nem começaram e pode demorar para que uma decisão seja tomada. “Não sei se teremos respostas rápidas, mas vamos aguardar resposta do governo americano para dar um primeiro passo importante na liberação dos vistos”, disse.

Atualmente, as negociações de visto de entrada nos Estados Unidos restringem-se ao Global Entry, sistema que dispensa viajantes frequentes, como homens de negócios, de filas em postos de imigração na chegada aos Estados Unidos. Nesse modelo, aplicado para viajantes de alguns países da Europa e da Ásia, o viajante cadastra-se e recebe a pré-aprovação das autoridades norte-americanas, bastando passar o passaporte em um leitor eletrônico ao desembarcar.

Após as denúncias de espionagem por parte da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA na sigla em inglês), as restrições ao Global Entry estavam congeladas desde meados de 2013. Só recentemente, o debate foi retomado.

No Fórum de CEOs Brasil–Estados Unidos, empresários e membros do governo dos dois países debateram recomendações que nortearão as conversas entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente norte-americano, Barack Obama, na visita que a chefe de Estado brasileira pretende fazer aos Estados Unidos, de 28 deste mês a 1º de Julho. O encontro resultou em pautas de negociações nos setores de comércio exterior, energia e tecnologia que serão acompanhadas entre os dois governos nos próximos seis meses.

Na área de saúde, o Brasil propôs que os Estados Unidos financiem parcialmente e forneçam tecnologia para a adoção de um sistema integrado de diagnóstico precoce de doenças em cinco municípios, cujos nomes não foram divulgados. O projeto-piloto prevê o monitoramento da população para diagnosticar, em fase inicial, doenças como diabetes e hipertensão e prevenir gastos no tratamento na rede pública. Em um dos municípios, o projeto seria financiado pela iniciativa privada. “Cerca de 10% da população responde por 72% dos gastos da rede pública de saúde”, explicou Mercadante. “A prevenção é essencial para diminuir essas despesas.”

Na área de educação, o Brasil pediu maior intercâmbio na gestão do ensino básico, com trocas de informações sobre currículos, formação de professores, administração de escolas e uso da tecnologia da informação em projetos pedagógicos. O país também propôs maior colaboração no setor energético, no desenvolvimento de redes inteligentes de distribuição e no estímulo à energia fotovoltaica e eólica e na convergência da regulação dos biocombustíveis para fomentar a exportação de etanol brasileiro e norte-americano.

No comércio exterior, os participantes do fórum recomendaram que as negociações concentrem-se na convergência regulatória e na desburocratização. Para o governo brasileiro, a padronização de normas técnicas e de regulamentos nos dois países evitaria a imposição de barreiras não tarifárias pelos Estados Unidos a diversos produtos brasileiros. Em relação à desburocratização, os governos brasileiro e norte-americano pretendem negociar a unificação dos sistemas informatizados de comércio exterior, como o Portal Único no Brasil e a Janela Única nos Estados Unidos, para concentrar as transações em um único guichê.

- Assuntos: Viagem de Dilma aos EUA, vistos para os EUA

Deputado questiona versão de agressão a senadores brasileiros na Venezuela

Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro

A versão de que a comitiva de senadores brasileiros foi impedida pelo governo da Venezuela de visitar líderes políticos da oposição foi criticada hoje (19) pelo deputado João Daniel (PT-SE). O petista, que também chegou ontem (18) a Caracas, capital venezuelana, disse que um acidente impediu a passagem da comitiva, e não um protesto convocado pelo governo, conforme argumentaram os senadores.

A comitiva formada pelos senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO), Aécio Neves (PSDB-M), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), José Medeiros (PPS-MT), Agripino Maia (DEM-RN), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES) se dirigiu ao país vizinho com o objetivo de visitar líderes políticos que se opõem ao governo de Nicolás Maduro.

“Cheguei no aeroporto de Caracas, acompanhei e vi um acidente que, infelizmente, ocorreu e, nesse acidente, uma carreta de farinha ficou trancando a rodovia por muito tempo durante o dia. Eu saí do aeroporto e, junto com as pessoas que me trouxeram, demoramos quase quatro horas para chegar no centro de Caracas. Quando cheguei estava o barulho feito, devido ao episódio que eles criaram, na minha opinião”, disse o petista, que também chegou na quinta-feira, em um voo comercial, à capital venezuelana.

Ontem, os senadores postaram mensagens em redes sociais dizendo que a van em que foram transportados foi hostilizada por manifestantes ao sair do aeroporto de Caracas. Segundo relato dos senadores, o veículo parou em um congestionamento e chegou a ser apedrejado, e eles tiveram que retornar ao aeroporto, porque não havia segurança para prosseguirem para a visita ao ex-prefeito de Chacao, Leopoldo Lopez, preso desde fevereiro de 2014, sob a acusação de incitar violência na manifestação opositora de 12 de fevereiro, que resultou em mortes e danos na sede do Ministério Público. A data marcou o início de uma onda de protestos no país, que resultou em 43 mortos.

Para o deputado petista, o incidente com a comitiva serviu para que a oposição tentasse causar constrangimento entre os dois países. "Tudo não passa de um fato político para criar constrangimento entre o governo do presidente Nicolás Maduro e o da presidenta Dilma Rousseff”, complementou Daniel durante transmissão de vídeo para debater o ocorrido.

Com a repercussão do caso, os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Sendo, Renan Calheiros (PMDB-AL), cobraram resposta das autoridades brasileiras. Nesta sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores rebateu as alegações de que o embaixador brasileiro na Venezuela, Ruy Pereira, não deu apoio necessário à comitiva de senadores que tentou visitar líderes políticos oponentes do regime de Nicolás Maduro. Pela manhã, o chanceler Mauro Vieira ligou à ministra das Relações Exteriores venezuelana, Delcy Rodríguez e também pediu esclarescimentos sobre o incidente com senadores brasileiros no país vizinho.

“O governo se manifestou e condenou a hostilidade que os senadores receberam. Esse processo vai continuar”, disse Cunha que defende nova missão ao país vizinho, integrada também por deputados.

Ainda ontem, o plenário do Senado aprovou a ida de nova comissão a Caracas, com a finalidade de “verificar in loco a situação política, social e econômica” do país. A nova comissão será composta pelos senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

- Assuntos: deputado, questiona, versão, agressão, senadores, venezuela

Primeiro compromisso de Dilma nos EUA é com empresários e investidores

Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado

A presidenta da República, Dilma Rousseff, terá uma agenda cheia em sua viagem aos Estados Unidos, no fim de junho. De acordo com o Palácio do Planalto, Dilma vai desembarcar em Nova York, onde, no dia 28, terá um encontro com empresários americanos, brasileiros e investidores. No dia 29, a presidenta discursará em um seminário empresarial e, em seguida, viaja a Washington.

Na capital dos Estados Unidos, a presidenta brasileira participará de um jantar, na Casa Branca, oferecido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. No dia seguinte, ela almoça no Departamento de Estado. Em Washington, a presidenta ficará hospedada na Blair House, residência oficial de hóspedes do governo norte-americano.

De Washington, Dilma viaja a São Francisco, onde terá compromissos nas universidades de Stanford e Berkeley. Na cidade californiana, a presidenta se reunirá com acadêmicos e com representantes de empresas de tecnologia. Existe a possibilidade de Dilma visitar as instalações da Google, mas o compromisso ainda não foi confirmado pela assessoria do Planalto. A visita de Dilma termina no dia 1º de julho.

Em entrevista à agência Bloomberg News, em maio deste ano, Dilma comentou que a viagem aos EUA seria tratada como “visita de governo”.

Em 2013, a viagem da presidenta Dilma aos Estados Unidos foi adiada após as denúncias envolvendo a Agência Nacional de Segurança dos EUA de ter espionado autoridades do governo brasileiro, incluindo a própria presidenta brasileira, e empresas estatais. As denúncias foram feitas por Edward Snowden, ex-consultor de informática da agência.

- Assuntos: Viagem de Dilma aos EUA

Parques tecnológicos compartilhados são a nova aposta da parceria Brasil-China

Maiana Diniz - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro

Autoridades governamentais do Brasil e da China, cientistas e empresários se reuniram hoje (19), no 2º Diálogo de Alto Nível em Ciência, Tecnologia e Inovação, para debater parcerias na área de ciência e tecnologia. Eles consideraram que as áreas mais promissoras para parcerias são as de novas energias e materiais, ciências agrárias, tecnologia da informação, internet e ambientes de inovação.

No encontro, os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Aldo Rebelo, e da Ciência e Tecnologia da China, Wan Gang, assinaram acordo de cooperação na área de parques tecnológicos, o que pode estreitar ainda mais a relação entre os dois países. Nos últimos 20 anos, foram firmados mais de 53 atos ligados a pesquisa e desenvolvimento.

Para o ministro Aldo Rebelo, a ausência de disputas por hegemonia entre os dois países, e o fato de ambos compartilharem interesses e, principalmente, desafios comuns, aumenta a segurança nas negociações e a perspectiva de parcerias futuras.

“O Brasil e a China estão entre as dez maiores economias do mundo, entre as dez maiores populações do mundo, entre os dez maiores territórios do mundo e entre os dez maiores produtores agrícolas do mundo. Os dois integram um projeto comum, os Brics –bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África o Sul –, e têm desafios comuns na área social, como alimentar grandes populações, desenvolver a agricultura, elevar o padrão de vida das pessoas e enfrentar graves problemas de saúde pública. Eu acho que podem unir cada vez mais seus esforços para cooperação, pois só têm benefícios. Não existe nenhum risco de gerar prejuízo para ninguém”, comentou o ministro.

Na cerimônia, o ministro da República Popular da China destacou os avanços da parceria entre os dois países, desde sua primeira visita a Brasília, em 2012. Segundo Gang, as trocas já trazem benefícios concretos para a economia e a sociedade, e ainda podem avançar muito com a cooperação em parques tecnológicos.

“Acho que os parques tecnológicos são a forma concreta de dar um passo adiante para a inovação. Os parques são plataformas de troca de conhecimento, comunicação e espaço de trabalho conjunto. Tecnologia e inovação são o motor da economia nesses tempos modernos, em um mundo de grandes mudanças. Brasil e China, sendo países em desenvolvimento, precisam investir em inovação para colher desenvolvimento econômico”, destacou Wan Gang.

Os parques tecnológicos são áreas planejadas para concentrar empresas, instituições de ensino, centros de pesquisa e incubadoras de negócios, criando um ambiente propício à inovação. Na China, já respondem por 15% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços do país), segundo o ministro chinês.

Entre os exemplos sucesso da parceria entre Brasil e China está a fabricação e lançamento conjunto dos Satélites Sino-brasileiros de Recursos Terrestres. Outra iniciativa importante é o projeto de parceria entre os laboratórios de nanotecnologia (estudo de manipulação da matéria em escala atômica e molecular) dos dois países, que tenta usar os resíduos da produção de álcool e açúcar para gerar materiais que possam substituir o carvão no tratamento de água. Os esforços já resultaram na criação de um carbono nano absorvente, feito a partir do bagaço da cana-de-açúcar.

O Diretor do Laboratório Nacional de Nanotecnologia, Fernando Galembeck, explica a importância do aproveitamento dessa biomassa. Ele diz que “no Brasil são produzidos por ano cerca de 1 bilhão de toneladas métricas de resíduos de biomassa, das quais 300 milhões são de bagaço de cana-de-açúcar. Os números mostram que sem comprometer a produção de alimentos, sem comprometer a segurança alimentar, temos uma quantidade enorme de matéria-prima que está em cima da terra, e que pode ser aproveitada e transformada em materiais avançados”.

“Acredito que a perspectiva futura desse projeto é muito promissora”, disse Yin Guilin, Diretor do Escritório de Cooperação Internacional do Centro Nacional de Pesquisa em Engenharia para a Nanotecnologia da China.

- Assuntos: parques tecnológicos, aposta, parceria, Brasil-China, inovação

Eduardo Cunha defende nova visita de parlamentares à Venezuela

Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso
Para Eduardo Cunha, uma nova visita pode superar o episódioMarcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu há pouco uma nova visita de senadores e de deputados à Venezuela, de modo que sejam esclarecidas as reais situações dos líderes de oposição ao governo daquele país.

Hoje (19), Cunha se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para conversar sobre os incidentes ocorridos ontem (18), quando senadores brasileiros tentaram visitar o ex-prefeito Leopoldo Lopes, que está preso nas proximidades da capital venezuelana.

“Falei hoje novamente com o ministro Mauro Vieira sobre o episódio, já que enviamos ontem uma comissão de deputados do plenário ao Itamaraty. Ele nos recepcionou e deu todas as explicações sobre a ótica deles.”

O presidente da Câmara explicou que ponderou com o chanceler que, para superação do episódio envolvendo os senadores, é preciso que uma nova comissão de parlamentares visite os opositores ao governo venezuelano. “Há a necessidade e o direito de uma comissão lá comparecer e cumprir regularmente seu objetivo. Acho que o governo brasileiro deveria atuar para que isso ocorresse”, acrescentou.

De acordo com o presidente da Câmara, é necessário esclarecer a verdadeira situação dos opositores ao governo, para evitar debates e críticas na Câmara e no Senado sobre a forma como são tratados os opositores ao governo de Nicolás Maduro.

“É preciso que se esclareça, que se mostre e não só se diga que é uma democracia. Os gestos são importantes, já que se trata de uma situação de direitos humanos. A comissão de senadores e de deputados tem de estar lá para verificar as reais condições dos opositores presos."

Segundo o Itamaraty, pela manhã o chanceler brasileiro telefonou para a ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez . Vieira pediu esclarecimentos sobre o incidente com senadores brasileiros.

Também pela manhã, a embaixadora da Venezuela no Brasil, María Lourdes Urbaneja, encontrou-se com o secretário-geral do órgão do Itamaraty, Sérgio Danese. Ela comprometeu-se a consultar o governo venezuelano para reforçar o pedido do governo brasileiro.

- Assuntos: Eduardo Cunha, venezuela, senadores, deputados, nova visita

Deputado questiona versão de agressão a senadores brasileiros na Venezuela

Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil Edição: Maria Claudia

A versão de que a comitiva de senadores brasileiros foi impedida pelo governo da Venezuela de visitar líderes políticos da oposição foi criticada hoje pelo deputado João Daniel (PT-SE). O petista, que também chegou ontem em Caracas, capital do país, disse hoje (19) que um acidente impediu a passagem da comitiva, e não um protesto convocado pelo governo, conforme argumentaram os senadores.

A comitiva formada pelos senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) Aécio Neves (PSDB-M), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), José Medeiros (PPS-MT), Agripino Maia (DEM-RN), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES) se dirigiu ao país vizinho com o objetivo de visitar líderes políticos que se opõem ao governo de Nicolás Maduro.

“Cheguei no aeroporto de Caracas e acompanhei e vi um acidente que, infelizmente ocorreu e, nesse acidente, uma carreta de farinha ficou trancando a rodovia por muito tempo durante o dia. E eu saí do aeroporto e, junto com as pessoas que me trouxeram, demoramos quase quatro horas para chegarmos no centro de Caracas. Quando cheguei, estava o barulho feito, devido ao episódio que eles criaram, na minha opinião”, disse o petista que também chegou na quinta-feira, em um voo comercial, na capital venezuelana.

Ontem (18), os senadores postaram mensagens em redes sociais dizendo que a van em que foram transportados foi hostilizada por manifestantes ao sair do aeroporto de Caracas. Segundo relato dos senadores, o veículo chegou a ser apedrejado e eles tiveram que retornar ao aeroporto, porque não havia segurança para prosseguirem com a visita ao ex-prefeito de Chacao, Leopoldo Lopes, preso, desde fevereiro de 2014, sob a acusação de incitar violência na manifestação opositora de 12 de fevereiro, que resultou em mortes e danos na sede do Ministério Público. A data marcou o início de uma onda de protestos no país, que resultou em 43 mortos.

Para o deputado petista, o incidente serviu para que a oposição tentasse causar constrangimento entre os dois países. "Tudo não passa de um fato político para criar constrangimento entre o governo do presidente Nicolás Maduro e o da presidenta Dilma Rousseff”, completou Daniel, durante transmissão de vídeo para debater o ocorrido.

Com a repercussão do caso, os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), cobraram resposta das autoridades brasileiras. Nessa sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores rebateu as alegações de que o embaixador brasileiro na Venezuela, Ruy Pereira, não tenha dado o apoio necessário à comitiva de senadores que tentou visitar líderes políticos que se opõem ao regime de Nicolás Maduro.

Pela manhã, o chanceler Mauro Vieira ligou à ministra das Relações Exteriores venezuelana, Delcy Rodríguez e também pediu esclarescimentos sobre o incidente com senadores brasileiros no país vizinho.

“O governo se manifestou e condenou a hostilidade que os senadores receberam. Esse processo vai continuar em debate”, disse Cunha, que defende uma nova missão ao país vizinho, integrada também por deputados.

Ainda ontem, o plenário do Senado aprovou a ida de uma nova comissão a Caracas, com a finalidade de “verificar in loco a situação política, social e econômica” do país. A nova comissão será composta pelos senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

- Assuntos: venezuela, senadores, João Daniel (PT-SE), Eduardo Cunha

Cimi atribui aumento da violência contra índios à demora na demarcação de terras

Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Edição: Juliana Andrade e Lana Cristina

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) atribuiu hoje (19) o aumento dos casos de violência contra os povos indígenas em 2014 à demora das demarcações de terras tradicionais e às decisões judiciais que contrariam os interesses dos índios de todo o país. A declaração foi feita durante a apresentação do relatório de Violência contra os Povos Indígenas em 2014.

Segundo o Cimi, o número de índios assassinados subiu de 53, em 2013, para 70, em 2014. “Todas as formas de violências [contra os índios] têm causas e motivações, que são o descaso em relação à demarcação de terras indígenas, à saúde e aos legítimos anseios desses povos”, afirmou o presidente do Cimi, dom Erwin Kräutler.

De acordo com o conselho indigenista, vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nenhuma terra indígena foi homologada pela presidenta Dilma Rousseff em 2014. No total, 600 áreas são reivindicadas pelos índios como território tradicional. Apenas duas foram identificadas (Xeta Herarekã, no Paraná, e Xakriabá, em Minas Gerais) e uma foi declarada como terra indígena (Paquiçamba, no Pará) pelo Ministério da Justiça.

Para o secretário executivo do Cimi, Cleber Buzatto, a postura do governo brasileiro em relação à demarcação de terras tem impacto direto sobre a violência contra os povos indígenas. “Isso tem consequências, uma vez que os povos indígenas não desistem de suas terras e os não índios resistem à possibilidade de demarcação. Assim, o conflito é prolongado”, disse Buzatto, citando como exemplo o caso da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, no sul da Bahia.

Segundo o secretário executivo, desde 2010, os tupinambás aguardam que o Ministério da Justiça publique a portaria declarando a área como de ocupação tradicional indígena. “Embora haja prazo regimental para que o ministro a assine, ela ainda não foi assinada”, salientou Buzatto.

O Cimi critica também os Poderes Legislativo e Judiciário, que, segundo o conselho, bloqueiam "o acesso dos povos a direitos fundamentais, como a terra tradicional e o ambiente protegido e equilibrado”. Da parte do Legislativo, o conselho lamenta as proposições contrárias aos interesses dos povos indígenas, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que transfere do Poder Executivo para o Congresso Nacional a atribuição de demarcar terras indígenas.

Em relação ao Poder Judiciário, o relatório cita decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) como as que anularam atos administrativos de demarcação das terras Guyraroká (do povo Guarani-Kaiowá) e Limão Verde (dos terena), ambas em Mato Grosso do Sul, e Porquinhos (dos canela-apãniekra), no Maranhão. A justificativa do STF é que as terras não eram tradicionalmente ocupadas por índios.

“As decisões do Supremo são ainda piores, por terem o poder de reabrir processos encerrados há tempos, de terras nas quais a posse indígena já está pacificada”, concluiu Buzatto.

A Agência Brasil fez contato com a assessoria da Fundação Nacional do Índio (Funai) para levantar dados sobre a demarcação e homologação de terras indígenas em 2014 e está aguardando a resposta. O Ministério da Justiça também foi procurado e ainda não se manifestou sobre o relatório do Cimi. Foi enviado ainda um e-mail à assessoria da Secretaria de Imprensa da Presidência da República com pedido de informações sobre as homologações.

- Assuntos: paralisação, demarcações, potencializam, violência, índios, Cimi, terras indígenas, funai, stf

Tim Maia é homenageado com escultura em praça de bairro onde nasceu no Rio

Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil* Edição: Aécio Amado

Os admiradores do cantor e compositor Tim Maia têm um motivo a mais para conhecer o bairro onde ele nasceu: foi inaugurada hoje (19), na Praça Afonso Pena, na Tijuca, a escultura dele como se estivesse abraçando um fã, enquanto canta. A artista plástica Christina Motta, autora da obra de 650 quilos e 1,80m de altura, feita em bronze, disse que a ideia de mostrar Tim dessa forma foi do filho, o ator e empresário Carmelo Maia. “Quando encontrei o Carmelo, perguntei como ele gostaria de ter a escultura do pai. Ele disse que em um abraço, cantando. Fiquei com aquilo na cabeça e peguei um pouco de tudo. Ele fazia muito esse movimento com a mão para falar com a orquestra. Então, peguei um pouco de todos esses movimentos para homenagear o Carmelo também.”

Escultura de Tim Maia é inagurada na Praça Afonso Pena, na TijucaFoto repordução/prefeitura do Rio de Janeiro
Para o ator, é uma oportunidade de mostrar o comportamento carinhoso do pai. “O meu pai não era só temperamento. Costumo dizer que ele era um bebê gigante. Ele era um homem carinhoso. Então, é uma forma carinhosa de poder passar quem ele era. Ele não era só aquele temperamento. O Tim Maia doidão. Não, ele era um cara supergentil, carinhoso demais.”

Christina Motta assegurou que quem olhar a obra vai lembrar do cantor e se sentir mais perto dele. A artista plástica disse que teve apenas três meses para fazer o trabalho, mas que valeu a pena se envolver com a pesquisa. “Fiquei encantada com a irreverência dele, a loucura, os palpites. Infelizmente nada disso dá para ser esculpido. É mais olhar para ele, e [para] quem o conheceu, vem tudo na cabeça por conta de vê-lo. Em três dimensões, é diferente do que ver um filme, ver um vídeo e ouvir a voz.”

O local para a instalação da escultura, na Praça Afonso Pena, também foi uma sugestão de Carmelo. Segundo o filho de Tim, não haveria melhor lugar para que o pai pudesse voltar à origem, onde nasceu e foi criado. “Não tinha outro lugar mais significativo, a não ser a Tijuca, a Praça Afonso Pena. Ele nasceu na Rua Afonso Pena, 24. Aqui é o cenário para ele voltar e ser imortalizado”, disse. “É uma forma de matar saudade e revê-lo”, acrescentou.

A homenagem ao pai foi uma surpresa para Carmelo. “Eu estava no trânsito e me emocionei muito, chorei bastante, porque fui pego de surpresa. É uma homenagem mais do que merecida, uma forma de imortalizar e deixar todo mundo da comunidade, da população revendo-o todos os dias.”

A aposentada Julieta Cardoso, de 90 anos, conhecia a família de Tim Maia, ficou satisfeita com a homenagem ao cantor. “Gostei bem do que eu vim ver, a estátua do Tim Maia é muito bacana aqui, para a Tijuca. Eu o conheci quando era criança, a família toda. Uma irmã dele casou com um cunhado meu. Era uma família muito boa, excelente”, lembra.

A aposentada contestou a opinião de alguns frequentadores da praça de que a instalação da escultura reduziu o espaço de apresentação de teatro infantil no local. “Acho que não. Tem espaço, nunca vi as crianças fazendo teatrinho, mas tudo bem”, disse sorrindo.

Outra moradora do bairro, Antônia Gois, de 66 anos, teme apenas que ocorram depredações, a exemplo das que atingiram outras obras na cidade, como a escultura em homenagem ao poeta Carlos Drummond de Andrade, em Copacabana, na zona sul. “A minha opinião é que não vai durar um mês. A turma vai começar a quebrar e levar os pedaços”, considerou, acrescentando que é preciso mais policiamento na área, mas ponderou que a questão da falta de segurança é um problema mundial.

Christina Motta também é a autora da escultura em homenagem ao compositor Tom Jobim, instalada no Arpoador, na zona sul do Rio. Na avaliação da artista plástica, a população já se apropriou das duas obras. “Fico muito feliz de saber que as pessoas gostam tanto, mas já não são minhas. Acho que o Tim Maia e o Tom Jobim são abraçados pelo que eles eram, não é mais a escultura”, completou.

*Colaborou Dylan Araujo, do Radiojornalismo

- Assuntos: Homenagem a Tim Maia

Médium encontrado morto em casa de caridade já tinha feito milhares de curas

Douglas Corrêa – Repórter da Agência Brasil* Edição: Maria Claudia

O presidente do Lar de Frei Luiz, Wilson Vasconcelos Pinto, disse que a casa não tem qualquer suspeito pela morte do médium Gilberto Ribeiro Arruda, de 73 anos. Segundo ele, a vítima morava no local com a mulher, Marli, mas eles dormiam em quartos separados.

Wilson Pinto informou que foi a mulher do médium quem encontrou o corpo de Gilberto, por volta das 7h da manhã de hoje (19). O médium participou de uma reunião na noite passada (18) com dependentes químicos e não teve qualquer tipo de problema. Esse encontro é realizado há mais de quatro anos.

“Ele era o principal médium da casa. Uma pessoa tranquila. Estamos todos chocados com o que aconteceu”, disse Wilson. Perguntado sobre a possibilidade de ter sido crime de intolerância religiosa, ele  descartou totalmente a hipótese.

O vice-presidente do Lar de Frei Luiz e diretor espiritual da casa, Nélson Duarte, disse que Gilberto Arruda foi encontrado deitado no chão. “Era uma pessoa muito boa. Uma pessoa que serve à casa há 68 anos. Fez caridade com a mediunidade de cura. São milhares de pessoas beneficiadas. Quem é que pode imaginar ele ter uma inimizade? Para nós, é uma surpresa grande saber que ele teve inimigo ou que supostamente existe inimigo. Então, descartamos isso”, explicou.

Duarte também destacou as qualidades da vítima. Disse que era um homem amado e que sabia fazer cumprir sua mediunidade. “Não era um homem de frequentar festas, não ficava em lugares de aglomeração, até porque sua mediunidade o impedia de estar nesses lugares, devido a sua altíssima sensibilidade. Ele não bebia, nem fumava.”

O Lar de Frei Luiz divulgou nota oficial sobre a morte do médium. Gilberto Ribeiro Arruda tinha 73 anos e foi encontrado amarrado no quarto onde dormia, com golpes no rosto e um corte no braço, diz o texto. Médium desde os 6 anos de idade, dedicou-se durante toda a vida aos necessitados e sofredores, diz a nota. "É com saudade na alma que nos despedimos de Gilberto. Sabemos que nesses tempos modernos tudo pode ser imaginado e especulado, sem qualquer elemento concreto”, acrescenta a nota.

Assinado pelo presidente do Lar de Frei Luiz, Wilson Vasconcelos Pinto, o texto destaca que os fatos sobre a desencarnação do médium Gilberto estão sendo apurados e que somente após a conclusão das investigações se saberá o que de fato ocorreu.

Neste domingo (21) haverá reunião normalmente na Casa de Frei Luiz, como acontece habitualmente e os atendimentos espirituais serão mantidos.

*Colaborou Joana Moscatelli, do Radiojornalismo

- Assuntos: médium, casa de caridade, assassinato, Lar de Frei Luiz

Sem salvo-conduto de Israel, palestinos não libertam brasileiro em greve de fome

Eliane Gonçalves – Repórter da EBC Edição: Lílian Beraldo

Detido em uma prisão na Cisjordânia, o palestino-brasileiro Islam Hamed, em greve de fome há 68 dias, precisa de um salvo-conduto de Israel para ser repatriado ao Brasil. Ele terminou de cumprir a pena há um ano e meio e reivindica o direito de sair da Palestina, território ocupado militarmente por Israel. Nascido no território palestino, o jovem é filho de brasileira.

A Autoridade Palestina afirma que não libera Hamed por temer por sua segurança. Segundo o Itamaraty, o governo palestino exige que a embaixada brasileira assine um documento responsabilizando-se pela integridade de Hamed. O Brasil diz não ter como garantir esses termos fora de seu território. “O governo brasileiro não tem meios legais ou materiais para exercer sua jurisdição e poder de polícia no território do Estado da Palestina ocupado por Israel”, diz o Ministério das Relações Exteriores em nota, divulgada na última quarta-feira (17).

No mesmo documento, o Itamaraty confirma que Israel “investiga Hamed pela suposta participação em ataque a dois cidadãos israelenses em 2010 […] e que não tem intenção de permitir sua saída da Palestina após a soltura da prisão”.

Na avaliação do embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, Israel não concorda com o pedido de repatriação de Hamed por avaliar que a pena de três anos definida pelo tribunal palestino foi pequena. Para Israel, a tentativa de homicídio deveria ser punida com, no mínimo, 12 anos de prisão, segundo o embaixador palestino.

De acordo com a família do brasileiro, entretanto, Hamed foi condenado por motivos políticos. Ele é ligado ao Hamas, partido político que faz oposição ao Fatah, que, por sua vez, comanda a Autoridade Palestina.

“Não sabemos qual foi a ação dele, mas ele é opositor ao governo da Autoridade Palestina. Talvez esse tenha sido o crime dele. Não existe um atentado físico que meu primo tenha provocado”, afirma Aline Baker, prima do jovem, que vive em São Paulo.

A pena de Hamed terminou em setembro de 2013. Desde então, ele reivindica o direito de deixar a prisão na Palestina e vir para o Brasil. “Certo ou errado, ele já cumpriu a pena, e o próprio Tribunal de Justiça da Palestina emitiu uma nota constatando que ele deveria ser solto imediatamente”, argumenta Aline.

A manutenção da prisão do brasileiro ocorre em meio ao conflito entre Israel e Palestina. Segundo o Acordo de Paz firmado em 1993, o Acordo de Oslo, apontado como principal instrumento de regulação da relação entre os dois países, os crimes cometidos no território devem ser julgados pela justiça palestina e não pela israelense. No entanto, segundo Ibrahim, o acordo não é respeitado por Israel. “Somos ocupados por Israel. Não temos soberania”, explica o embaixador.

Na semana passada, durante visita à Palestina, o embaixador esteve com Islam Hamed e conseguiu a transferência de uma prisão na cidade de Nablus, ao norte da Cisjordânia, para a cidade de Ramala, centro administrativo da Autoridade Palestina, e próxima do vilarejo onde vive a família do preso. “A família quer que a gente leve para Jordânia, mas não podemos. Israel não permite que ele saia do território.”

Islam Hamed tem 30 anos e foi preso pela primeira vez aos 17, acusado de atirar pedras em soldados israelenses. Nos últimos 13 anos, somando os intervalos entre uma prisão e outra, ele viveu em liberdade menos de um ano e meio. Antes da última detenção, em 2010, ele tentou vir para o Brasil por duas vezes, mas não obteve autorização de Israel. Em greve de fome há 68 dias, Hamed perdeu 25 quilos.

Desde que começou a acompanhar o caso de Islam Hamed, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) entrou em contato várias vezes com representantes do governo de Israel, mas não obteve resposta em suas tentativas de ouvir a versão das autoridades israelenses. Desde a última terça-feira (16), a reportagem voltou a procurar autoridades israelenses no Brasil e em Tel Aviv, e continua sem resposta.

- Assuntos: Islam Hamed, Palestina, Israel, greve de fome, Itamaraty, brasileiro-palestino em greve de fome

Lei Seca reduz uso de álcool ao volante e número de acidentes, diz pesquisa

Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro

Após o endurecimento da Lei 11.705/2008, a chamada Lei Seca, em 2012, caiu o índice de adultos que admitem beber e dirigir nas capitais do país. A queda foi de 16% entre 2012 e 2014, revela a pesquisa Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2014, do Ministério da Saúde. O dado foi divulgado hoje (19), data em que a lei completa sete anos.

A pesquisa mostra que 7% dos entrevistados em 2012 responderam que mantinham o hábito de consumir bebibas  alcoólicas e dirigir. No ano passado, o percentual caiu para 5,9%. A Vigitel ouviu 40,8 mil pessoas com mais de 18 anos de idade nas capitais do país.

Dados da Polícia Rodoviária Federal mostram ligeira queda no número de acidentes ocorridos por influência do álcool após a lei ter estabelecido tolerância zero ao álcool e aumentado o valor da multa para quem for flagrado embriagado ao volante, em 2012. Naquele ano, foram registrados 7.594 acidentes; no ano seguinte, 7.526; e, em 2014, 7.391.

O professor de direito penal do Centro Universitário Iesb e autor do livro Embriaguez ao Volante e na Aplicabilidade Jurídica do Exame Visual, Marcelo Zago, faz um balanço positivo dos sete anos de vigência da Lei Seca. “Quando se leva em conta que o número de veículos aumentou, possivelmente, o número de acidentes iria aumentar, mas eles permanecem estáveis e vêm diminuindo em alguns pontos de rodovias federais. ”

Zago considera importante que, paralelamente à lei que proíbe a combinação de álcool e direção, fazer constantes campanhas de educação no trânsito. “É uma legislação que vem sendo endurecida à medida que o tempo passa, porque o clamor social é grande. O endurecimento da legislação, por si só, não gera efeito tão benéfico quanto o que vem com a educação no trânsito. É necessária uma mudança de mentalidade.”

Segundo a pesquisa Vigitel 2014, as capitais em que os entrevistados mais admitiram dirigir após beber são Florianópolis e Palmas. Os menores índices foram os de Vitória, do Rio de Janeiro e do Recife. Dos que mais admitiram consumir álcool antes de assumir e direção, 10,7% são homens. Apenas 1,7% das mulheres assumem o risco de beber e dirigir.

A Lei 11.705 alterou o Código Brasileiro de Trânsito e estabeleceu limites de concentração de álcool no sangue para motoristas. Em dezembro de 2012 foi sancionada a Lei 12.760 que fez nova alteração no Código de Trânsito e e estabeleceu tolerância zero ao álcool.

- Assuntos: pesquisa, Lei Seca, sete anos, redução, Uso, álcool, volante

Cirurgia para corrigir orelha de abano não é só estética, diz médico

Flavia Villela – Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado

A maioria das pessoas que fazem cirurgias de correção de orelha de abano busca fugir do bullying, segundo o cirurgião plástico Marcelo Assis, especialista no assunto. Ele é coordenador nacional do Projeto Orelhinha, organização da sociedade civil de interesse público que há cinco anos faz mutirão de cirurgias pelo país para todas as classes sociais. Hoje (19) cerca de 300 pessoas participaram de um mutirão de consultas para triagem de pacientes no Rio de Janeiro.

“Crianças e adultos sofrem muito com o problema por causa de apelidos, humilhações na escola ou no trabalho, e isso acaba gerando uma dificuldade na vida da pessoa. Então existe uma demanda muito grande na sociedade por esse tipo de cirurgia”, disse o médico.

Assis lamentou que tais operações sejam consideradas estéticas, não sendo cobertas por pelos planos e raramente oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O valor da cirurgia pode chegar a R$ 8 mil. “Para nós, é uma cirurgia social, pois o impacto que gera no pós-operatório é muito grande”, destacou. Por isso, existe o Projeto Orelhinha, disse o especialista. Segundo ele, mais de 10 mil pessoas já foram operadas nos mutirões.

Chamada de otoplastia, a cirurgia é oferecida para pessoas a partir de 7 anos de idade. O projeto viabiliza subsídio de 70% do custo do tratamento. Os 30% restantes, cerca de R$ 1.800, são custeados pelo próprio paciente para pagar o material cirúrgico, os medicamentos e a ajuda de custo dos profissionais envolvidos, além das despesas hospitalares, operacionais e administrativas. Há também cirurgias com 100% de gratuidade para crianças entre 7 anos e 14 anos de famílias pobres.

Assis ressaltou que a orelha de abano não é uma deformidade, apenas uma característica hereditária – cerca de 3% da população têm esse excesso de cartilagem na orelha. “Outras causas [da orelha de abano] são a posição uterina, quando o neném fica com a orelha dobradinha no útero e acaba nascendo com uma orelhinha aberta e outra fechada”, explicou.

O publicitário João Roberto Souza operou as orelhas de abano aos 12 anos. Na escola, tinha apelidos de Dumbo e coelho da páscoa. “Morria de vergonha, chorava escondido. Depois da cirurgia, isso acabou. É uma pena precisar operar por ser diferente do padrão, mas foi o único jeito”, lamentou.

A cirurgia de otoplastia é feita com anestesia local e dura cerca de 40 minutos. O paciente recebe alta médica algumas horas após o procedimento. O pós-operatório consiste no uso de uma faixa de atadura durante quatro dias. Cinco dias após a cirurgia, o paciente já pode retomar as atividades normais e usa faixa tipo bailarina apenas para dormir durante mais 25 dias. Ele não pode praticar esportes com bola ou lutas e se expor ao sol e mergulhar em piscina ou no mar por um mês.

- Assuntos: Mutirão de cirurgia, orelha de abano

Fracassam as negociações de paz no Iêmen

Da Agência Lusa

As consultas de paz sobre o conflito no Iêmen terminaram sem alcançar o fim do conflito.  O anúncio foi feito hoje (19) pelo enviado especial das Nações Unidas (ONU), Ismail Ould Sheikh Ahmed.

"Creio que há acordo entre as duas partes quanto à importância de se obter uma trégua. Contudo, são necessárias mais consultas", disse o mediador, em entrevista em Genebra, Suíça.

Desde terça-feira (16) a ONU faz uma rodada de consultas de paz entre o governo iemenita no exílio e os rebeldes xiitas huthis que, na sequência de uma ofensiva em setembro do ano passado, controlam grande parte do país, incluindo a capital, Sanaa.

Ismail Ahmed disse que viajará a Nova Iork para expor a situação ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e ao Conselho de Segurança, embora continue a manter, a distância, o diálogo com as partes em conflito.

Os combates no Iêmen são apoiados por uma coligação liderada pela Arábia Saudita, que ataca posições rebeldes desde 26 de março. De acordo com a ONU, o conflito provocou a morte de 2.600 pessoas.

Os ataques aéreos não barraram a progressão dos rebeldes que, além de Sanaa, controlam grande parte de Aden, segunda cidade do país, e grandes zonas de outras províncias. A situação humanitária é catastrófica neste país da península arábica.

- Assuntos: ONU, Ismail Ould Sheikh Ahmed, Conflito no Iêmen, huthis, Ban Ki-moon, Arábia Saudita

Governadores do Nordeste divulgam carta aberta contra redução da maioridade penal

Governadores do Nordeste divulgaram, nesta sexta-feira (19), carta aberta ao parlamento e à sociedade brasileira para maior reflexão sobre a redução da maioridade penal. Seis chefes de Estado afirmam estar convictos de que a decisão preliminar da Comissão da Câmara dos Deputados não vai contribuir para diminuir a criminalidade, mas gerar uma ‘ilimitada espiral de repressão ineficaz’.

A carta destaca ainda que a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, no Brasil, violaria a Convenção Internacional dos Direitos da Criança, assinada pelo Brasil em 1990, e aponta uma eventual revisão do Estatuto da Criança e do Adolescente como um caminho mais indicado para aperfeiçoar a reinserção social de jovens que tenham cometido delitos.

Carta na íntegra:

Carta de Governadores contra a Redução da Maioridade Penal

Os governadores signatários desta Carta, à vista da aprovação em uma Comissão da Câmara dos Deputados da proposta de redução da maioridade penal, vêm convidar os Senhores Parlamentares e a sociedade a uma maior reflexão sobre o tema.

Temos convicção de que a redução da maioridade penal não irá contribuir para diminuir as taxas de criminalidade. Na verdade, o que ocorrerá é que crianças de 13 ou 14 anos serão convidadas a ingressar no mundo da criminalidade, sobretudo tráfico de drogas, desse modo alimentando-se uma ilimitada espiral de repressão ineficaz. Todos que lidamos com os sistemas de segurança pública e penitenciário sabemos que cada vez há mais encarceramento no país, sem que a violência retroceda, posto que dependente de fatores diversos, sobretudo econômicos, sociais e familiares.

Acreditamos que a proposta vulnera direito fundamental erigido à condição de cláusula pétrea pela Constituição, sujeitando-se à revisão pelo Supremo Tribunal Federal. Além disso, implica descumprimento pelo Brasil de Convenção Internacional alusiva aos Direitos da Criança, a qual nosso país se obrigou a atender por força do Decreto 99.710/90.

Lembramos que o Brasil adota um sistema especializado de julgamentos e medidas para crianças acima de 12 anos, o que está em absoluta sintonia com a maioria e as melhores experiências internacionais. Neste passo, cremos que eventual revisão do Estatuto da Criança e do Adolescente é o caminho mais indicado para que alguns aperfeiçoamentos possam ser efetuados, preservando-se contudo a Constituição e as Convenções Internacionais.

Assim, dirigimo-nos à Nação com esse chamamento ao debate e a um movimento contrário à redução da maioridade penal, passando-se a priorizar medidas que realmente possam enfrentar a criminalidade e a violência.

Rui Costa - Governador do Estado da Bahia

Flávio Dino - Governador do Estado do Maranhão

Paulo Câmara - Governador do Estado de Pernambuco

Camilo Santana - Governador do Estado do Ceará

Ricardo Coutinho - Governador do Estado da Paraíba

Wellington Dias - Governador do Estado do Piauí

Secom Bahia

Itamaraty nega falta de apoio de embaixada brasileira a senadores na Venezuela

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Edição: Maria Claudia

O Ministério das Relações Exteriores rebateu hoje (19) as alegações de que o embaixador brasileiro na Venezuela, Ruy Pereira, não tenha dado o apoio necessário à comitiva de senadores que tentou visitar líderes de oposição ao regime de Nicolás Maduro.

Segundo um porta-voz do Itamaraty, a diplomacia brasileira adotou o protocolo usado em missões que não envolvem visitas de chefe de Estado, fornecendo apoio logístico e encaminhando os pedidos às autoridades venezuelanas.

De acordo com o porta-voz, existe diferença entre uma visita de chefe de Estado e as demais missões externas. Ele reiterou que a embaixada brasileira em Caracas prestou aos parlamentares todo o apoio devido.

Além de ter cedido o avião da Força Aérea Brasileira (FAB)  à comitiva de senadores, o Itamaraty pediu autorização de sobrevoo e de pouso da aeronave na capital venezuelana e alugou a van para os parlamentares.

Os senadores, ressaltou o porta-voz, foram recebidos pelo embaixador no Aeroporto Internacional de Maiquetía, a 21 quilômetros do centro de Caracas. Ruy Pereira e um diplomata de ligação, que ficava conectado por telefone com os parlamentares, seguiram em um carro na frente da van.

De acordo com o Itamaraty, o fato de a van estar escoltada por batedores indica que o governo de Nicolás Maduro tinha autorizado o deslocamento da comitiva para a Penitenciária de Ramo Verde.

O Itamaraty, no entanto, esclareceu que o embaixador brasileiro e o diplomata de ligação seguiam na frente da van apenas porque havia uma única rota de saída do aeroporto. De acordo com o porta-voz, a agenda da visita, inclusive o encontro com esposas de presos políticos na porta do aeroporto, foi inteiramente fechada pela Comissão de Relações Exteriores do Senado sem intermediação do Ministério das Relações Exteriores.

Ao saber que os senadores não tinham conseguido ir à penitenciária, informou o porta-voz, o embaixador retornou ao aeroporto e despediu-se dos parlamentares. O protocolo diplomático estabelece a presença do embaixador no aeroporto tanto na chegada quanto na despedida.

Segundo o Itamaraty, havia possibilidade de os parlamentares passarem na embaixada brasileira após a visita ao presídio, mas os diplomatas não chegaram a saber se a comitiva tinha intenção de visitar o embaixador ou de retornar diretamente ao aeroporto.

Conforme o Itamaraty, o engarrafamento que impediu o deslocamento da comitiva foi provocado pela transferência a Caracas, no momento da chegada dos senadores, de um cidadão venezuelano extraditado pelo governo colombiano.

- Assuntos: senadores na Venezuela, Itamaraty, Ruy Pereira, apoio

Forró pé-de-serra agita Pelourinho nesta sexta-feira

A programação do Governo do Estado, por meio das secretarias estaduais de Cultura (Secult) e Turismo (Setur) no Pelourinho/Centro Histórico de Salvador, para celebrar o São João, leva ao Largo Quincas Berro D’Água nesta sexta-feira (19), às 20h30, o forró pé-de-serra de Jailton Torres. No Largo Pedro Arcanjo, às 21h, a atração será a banda Cactus.

Deste sábado a quarta-feira (20 a 24), todos os largos do Pelourinho e do Terreiro de Jesus terão shows com grandes nomes da música nordestina. Mas a programação do Ciclo de Festejos Juninos na ressaca de São João continua até o dia 29 (domingo). Todos os detalhes estão disponíveis na internet e nos perfis oficias nas redes sociais.

Secom Bahia

Alerj quer evitar operações policiais nos horários de entrada e saída de escolas

Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil Edição: Maria Claudia

Uma reunião entre autoridades policiais, diretores de creches e de escolas da Rocinha, na zona sul da cidade, será feita em julho para debater a realização de operações policiais na favela e tentar evitar que elas ocorram nos mesmos horários de entrada e saída de crianças nas escolas. A ideia é da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que pretende convidar ainda produtores socioculturais e movimentos sociais.

A coincidência de operações policiais e os horários das crianças foi um dos problemas relatados ao deputado Marcelo Freixo (PSOL) pela família do jovem Wesley Barbosa, de 13 anos, atingido por uma bala perdida de raspão, na última quarta-feira (17), em casa. Presidente da comissão, o deputado recebeu a mãe do menino, Claudionora Barbosa da Silva, preocupada com a situação.

“As operações são sempre nos mesmos horários. Ou 6h da manhã, quando está todo mundo indo para a escola, para o trabalho, meio-dia ou 4h, quando estão saindo”, destacou. Para Claudionora, os serviços de inteligência deveriam propor horários que reduzissem o risco de colocar os mais vulneráveis em eventual linha de tiro. “Eles [os policiais] entram [na favela], tem o confronto, e quem paga [com risco de morte] somos nós, os moradores”, afirmou.

O filho de Claudionora, Wesley, estava na janela, de manhã, quando foi atingido. O projétil, que passou de raspão no olho dele, poderia ter atingido a própria mulher, se não tivesse sido desviado.

Durante o encontro com o deputado, a professora Adriana Pirozzi, uma das líderes comunitárias da Rocinha, confirmou que a coincidência entre as operações e a saída das crianças é frequente. “Uma vez, eu reclamei com um policial, e ele me mandou fazer um abaixo-assinado, e apresentar ao comandante da polícia. Disse que cumpria ordens, e não ia suspender a ação”, revelou.

Adriana também reclamou da falta de integração entre as polícias e contou que a delegacia da área não sabia da ação que o Comando de Operações Especiais realizava no dia em que Wesley foi atingido. “Ou seja, nem eles mesmos sabem o que estão fazendo”, disse a professora.

O deputado Marcelo Freixo disse que procurou o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) para compreender o contexto da operação e confirmou que os policias da área também não foram informados da operação do Comando de Operações Especiais, o que considerou preocupante. “Quando o delegado 11ª Delegacia não tem conhecimento da operação, ou seja, não tinha mandado [de busca, apreensão ou prisão], percebe-se que não era uma operação cuidadosa.” Segundo o parlamentar, é preciso rever procedimentos. “Não importa de onde veio o tiro, mas o fato de termos uma criança ferida, que poderia ter sido mais morta em casa.”

Em nota, a Polícia Militar confirmou que a operação na Rocinha começou cedo, às 5h, mas sem dar explicações sobre a coincidência com o horário das escolas e e das pessoas saem para trabalhar na comunidade. Sobre a falta de integração, o texto diz que a “comunicação [com outros órgãos policiais] trata-se de uma ação estratégica a Polícia Militar”.

A comissão da Alerj vai encaminhar Wesley para atendimento psicológico, por meio do governo do estado, e solicitar pagamento de aluguel social para que a família mude de casa. Segundo os pais do jovem, que levou 34 pontos no rosto, ele está traumatizado.

- Assuntos: Rocinha, operações policiais, Alerj, bala perdida, Wesley Barbosa

Inema alerta banhistas para evitar 17 praias em Salvador e região metropolitana

O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) constatou que, das 37 praias avaliadas pelo órgão em Salvador e no município de Lauro de Freitas, na região metropolitana, 17 estão com um ou dois trechos impróprios para banho.

Conforme resolução do Conseçlho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a praia é considerada imprópria quando mais de 20% das amostras coletadas, em cinco semanas consecutivas, apresentar resultado superior a 1.000 coliformes fecais ou 800 Escherichia coli, ou quando, na última coleta, o resultado for superior a 2.500 coliformes termotolerantes ou 2000 Escherichia coli ou 400 enterococos por 100 ml de água.

No período em que o tempo estiver chuvoso, as praias podem ser contaminadas por arraste de detritos diversos, carregados das ruas por meio das galerias pluviais, podendo causar doenças. Além disso é desaconselhável, ainda em dias de sol, o banho próximo à saída de esgotos, desembocadura dos rios urbanos, córregos e canais de drenagem.

Praias impróprias para banho

São Tomé de Paripe (em frente à casa Vila Maria)

Periperi (atrás da Estação Férrea)

Penha (situada em frente à barraca do Valença)

Bogari (em frente ao Colégio da PM, antigo Colégio João Florêncio Gomes)

Pedra Furada (Rua Rio Negro, em frente à ladeira de acesso à praia)

Marina Contorno (entre a Marina e o Restaurante do Amado)

Ondina (em frente à Rua Ademar de Barros e próximo ao Morro da Sereia em frente ao Edifício Maria José)

Rio Vermelho (em frente à igreja Nossa Senhora de Santana e próximo à Companhia da PM/Rio Vermelho)

Amaralina (em frente à Escola Cupertino de Lacerda e em frente à Rua do Balneário)

Pituba (atrás da praça e em frente à escada de acesso à praia)

Armação (em frente ao clube Inter Pass-Jardim de Alah)

Boca do Rio (em frente ao posto Salva-Vidas)

Corsário (atrás da antiga fábrica da Brahma e em frente ao posto Salva-Vidas Patamares)

Piatã (em frente ao Posto Salva-Vidas)

Itapuã (em frente à Sereia de Itapuã)

Vilas do Atlântico (trecho entre a Praia de Paquetá e Leblon)

Buraquinho (a cerca de 200 metros da foz do Rio Joanes)

Secom Bahia