Burocracia não é boa quando impede investimentos, diz presidente da Embratur

Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil Edição: Talita Cavalcante


Em entrevista ao programa Brasil em Pauta, o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, afirma que as concessões de aeroportos aumentaram a competitividade do turismo brasileiro José Cruz/Agência Brasil

O presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Vinicius Lummertz, destacou hoje (7) a importância da parceria do governo brasileiro com a iniciativa privada para investimentos em infraestrutura no país. Segundo ele, as concessões de aeroportos aumentaram a competitividade do turismo brasileiro no mundo, pois abriu mais possibilidades para voos diretos e conectividades em toda parte do país.

“Precisamos de uma relação transparente de concessões e PPs [parcerias público-privadas], porque os recursos estão disponíveis no Brasil, mas as dificuldades de licenciamento e a burocracia jurídico-legal sacrificam a velocidade dos empreendimentos”, disse, em entrevista ao programa Brasil em Pauta, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.

Para Lummertz, o Brasil precisa de condições mais amigáveis para os investidores, e a burocracia não é boa quando impede os investimentos. “Entre 140 países, o Brasil é o 137º mais difícil para se empreender por conta de burocracia. E não só de burocracia inventada pelos governos estaduais, federal e municipais, mas pela incerteza jurídica nos vários níveis.”

A isenção de visto para turistas estrangeiros durante os Jogos Olímpicos de 2016 também pode alavancar investimentos, segundo Lummertz. “Isso vai melhorar fluxo de turistas porque existe a Olimpíada, mas também porque existe um câmbio favorável que trará mais estrangeiros para o Brasil. Por isso, temos que caminhar para a desburocratização, porque os investidores desses países acompanham o fluxo dos seus turistas.”