O meu nome é Bond. James Bond

Alex Ellis 



É uma das frases mais conhecidas no cinema -- palavras que abrem o caminho para duas horas de martinis, mulheres e mortes.

Esta semana estreou o 25º filme do 007, 007 contra Spectre. Esqueçam Guerra nas Estrelas, Missão Impossível etc.

Essa é a franquia mais bem-sucedida da história da cinema.

O ator principal muda, a roupa oscila entre as modas diferentes de mais de 40 anos, mas Bond segue atraindo espectadores em mais de 60 países.

É um fenômeno que começou britânico mas se globalizou.

À primeira vista, Bond é um clichê dos anos 1960, muito bem ironizado nos filmes de Austin Powers.

Os filmes já se separaram há muito tempo dos livros do autor Ian Fleming, que trabalhou nos serviços da inteligência da marinha britânica na Segunda Guerra Mundial e cujo irmão foi um pioneiro na exploração do Brasil.

Então, por que Bond sobrevive? Primeiro, porque os filmes são relativamente previsíveis. O enredo segue um padrão conhecido, de bem vs mal, de um só homem contra um império. Isso é confortante.

Segundo, porque Bond tem estilo. Estilo de roupa, estilo de carros (começando com os magníficos Aston Martins). Tudo que está a volta do Bond, desde as casas até as mulheres, é belo.

Terceiro, porque um filme do Bond é escapismo puro. Não tem nem um pingo de realismo.

Ele sobrevive a tudo, seduz todas, bebe sem ressaca. Essa é uma fantasia masculina de primeira ordem.

E, finalmente, porque Bond é um enigma.

Desconhecido, difícil de definir, fugindo de qualquer compromisso, ele entra naquele panteão de ícones britânicos -- Sherlock Holmes, David Bowie, a Rainha -- que são ao mesmo tempo muito reconhecidos e pouco conhecidos.

O nome sabemos -- mas a personalidade, não.

Bond. James Bond.


Fonte: HuffPost Brasil