'Jihadista John' é alvo de ataques dos EUA na Síria, mas sua morte ainda é mistério

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O britânico Mohamed Emwazi, conhecido como "jihadista John” e apontado como carrasco do Estado Islâmico, foi alvo de ataques dos EUA na Síria nesta sexta-feira (13).

Sua morte, no entanto, ainda permanece um mistério. Enquanto o grupo de monitoramento Observatório Sírio para os Direitos Humanos confirma a morte, os países envolvidos na operação.

De acordo com fontes militares ouvidas pela BBC, com “elevado grau de certeza”, é possível afirmar que o “jihadista John” morreu no ataque, que ocorreu próximo da cidade de Raqqa, no Norte da Síria.

Segundo a BBC, Mohamed Emwazi e uma pessoa que o acompanhava morreram na sequência de um ataque das forças norte-americanas contra o veículo em que se encontravam.

As autoridades britânicas ainda não se pronunciaram sobre a operação norte-americana, mas os meios de comunicação esperam que o primeiro-ministro, David Cameron, faça ainda nesta sexta-feira uma declaração.

Segundo Cameron, se o ataque dos EUA contra Emwazi tiver sido bem-sucedido, seria o mesmo que atacar o coração do Estado Islâmico. Emwazi representava uma "ameaça permanente e grave", disse Cameron.

Peter Cook, secretário do Pentágono informou que os Estados Unidos lançaram, na noite passada, um ataque que tinha como alvo “jihadista John”, mas não revelaram se ele foi morto.

“Emwazi, um cidadão britânico, participou dos vídeos que mostram as execuções dos jornalistas norte-americanos Steven Sotloff e James Foley, do trabalhador humanitário, igualmente norte-americano, Abdul Rahman Kassig, dos trabalhadores humanitários britânicos David Haines e Alan Henning, do jornalista japonês Kenji Goto, e de uma série de outros reféns”, informou o Pentágono.
Identificado como o homem de cara coberta que surge nos vídeos do Estado Islâmico de decapitação de reféns ocidentais, Mohammed Emwazi, com menos de 30 anos, chamou a atenção pelo seu forte sotaque britânico e porque colocava uma faca no pescoço dos reféns, prestes a decapitá-los, antes de cortar as imagens.

Programador de informática em Londres, ele nasceu no Kuwait, em uma família apátrida de origem iraquiana. Os seus pais mudaram-se para a Grã-Bretanha em 1993. Autoridades do governo disseram que Emwazi viajou para a Síria em 2012 e mais tarde se juntou ao Estado Islâmico.

Mohammed Emwazi era citado pelos serviços de segurança desde pelo menos 2009.

(Com informações das agências de notícias)