Governador de NY ordena remoção do metrô de anúncios de série da Amazon sobre nazismo

Reuters



Os anúncios para um novo programa da Amazon.com mostrando imagens de inspiração nazista foram retirados de uma movimentada linha de metrô de Nova York, após intervenção do governador Andrew Cuomo.

As propagandas para "The Man in the High Castle" envolviam completamente os assentos, paredes e tetos de um trem da linha que liga as estações da Times Square e do Grand Central Terminal, em Manhattan.

Adam Lisberg, porta-voz da Autoridade de Transporte Metropolitano (MTA, na sigla em inglês), disse que o trem foi retirado de serviço depois da hora do rush para que os anúncios pudessem ser removidos.

Um representante da Amazon informou no início da noite que a empresa não tinha pedido a remoção dos anúncios, contradizendo uma autoridade do setor de trânsito que havia dito que a própria empresa tinha solicitado a retirada.

Lisberg não quis comentar sobre as conversas internas entre a MTA e seus anunciantes, mas disse que Cuomo tinha telefonado para o chefe da MTA na terça-feira e pedido que garantisse a remoção dos anúncios.

Mais cedo na terça-feira, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, havia pedido à Amazon que retirasse os anúncios, dizendo que eram "irresponsáveis e ofensivos aos sobreviventes da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto, suas famílias, e inúmeros outros nova-iorquinos".

O programa, baseado em um romance de Philip K. Dick, retrata uma realidade alternativa em que a Alemanha nazista e o Japão dividem o controle dos Estados Unidos, depois de vencerem a Segunda Guerra Mundial.

Os anúncios incluem uma versão da bandeira norte-americana com uma cruz de ferro e a águia alemã em lugar das estrelas, bem como uma bandeira japonesa imperial estilizado.

Em um comunicado, a Amazon não abordou diretamente a controvérsia, dizendo que a série é parte de sua linha de "programação de alta qualidade, provocante, de estímulo a discussões”.

Os anúncios nas linhas de metrô estavam programados para exibição até 6 de dezembro. Os pôsteres em 260 estações não foram removidos.


Fonte: HuffPOst Brasil