Cristina Kirchner quebra silêncio e pede apoio de militantes no segundo turno

Da Agência Ansa

A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, quebrou o silêncio sobre as eleições presidenciais do último domingo (25), quando seu partido, o Peronista, sofreu um revés. O oposicionista Mauricio Macri disparou nas urnas e levou o pleito para o segundo turno, o primeiro na história do país. Com 36% dos votos, o governista Daniel Scioli teve a mais baixa votação da história dos peronistas.

Com o resultado, Cristina Kirchner retomou a campanha eleitoral destacando as diferenças entre os dois presidenciáveis. "Peço a reflexão da cidadania porque isso não significa somente que teremos um novo presidente. É um presidente que representa um modelo e as políticas de um país", disse a presidenta.

Tido como menos radical, o governista Scioli não representa a continuidade do kirchnerismo. Segundo a imprensa local, sua ausência no pronunciamento na Casa Rosada pode ser mais uma evidência de um desentendimento com a presidenta. Além disso, em declaração de mais de três horas, ela não citou o nome de seu candidato nenhuma vez.

"Somos diferentes dentro de nossa própria força, mas somos uma força política que está disposta a levar adiante essas políticas que permitiram que milhões de pessoas carentes saíssem da pobreza", disse Cristina.

Scioli, por sua vez, negou hoje (30) qualquer desavença, dizendo que "a mensagem da presidenta foi muito clara e contundente. Ela convocou a militância, que é o coração daqueles que defendem essas ideias e propostas. Foi um respaldo claro e contundente."

 Em 22 de novembro, os argentinos definirão o sucessor de Cristina Kirchner.