Trabalhadores e sindicalistas que apoiam a campanha #SemDireitosNãoéLegal participam de protesto por direitos trabalhistas na rede McDonald’sFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
Os manifestantes se concentraram em frente a Torre de TV, na região central de Brasília, e caminharam até uma lanchonete McDonald's. O movimento faz parte da campanha global #SemDireitosNãoÉLegal. No Brasil, a empresa emprega mais de 40 mil pessoas.
Entre as reivindicações estão o acúmulo de função sem a devida remuneração, o não pagamento de horas extras e do adicional de insalubridade, além da aplicação de jornada móvel variável. O sindicatos alegam que a última prática faz com que os trabalhadores recebam apenas pelas horas trabalhadas, resultando, muitas vezes, em pagamentos abaixo do salário mínimo, o que não é permitido pela legislação brasileira.
"É uma série de reivindicações que sempre fazemos à empresa, ela diz que vai resolver, mas nunca assina o termo de compromisso. Isso não pode ocorrer. O McDonald's precisa respeitar as leis brasileiras", afirmou Moacyr Auersvald, do Sindicato dos Trabalhadores em Turismo.
Por meio de nota, o McDonald's informou que respeita manifestações sindicais e que tem “absoluta convicção” do cumprimento da legislação trabalhista. “A empresa tem orgulho de ser a porta de entrada de milhares de jovens no mercado de trabalho. Nossas práticas laborais são premiadas e reconhecidas pelo mercado. Foi pioneira na implementação do ponto eletrônico e recebeu o selo ‘Primeiro Emprego’ do Ministério do Trabalho”.
A empresa disse ainda que os funcionários recebem treinamento contínuo, tanto para as funções operacionais, quanto para valores como trabalho em equipe, comunicação, liderança e hospitalidade. “Em mais de três décadas de Brasil, a empresa já capacitou mais de 1,5 milhão de pessoas”, informou.