Dilma reúne mais de mil representantes de movimentos sociais

Paulo Victor Chagas e Yara Aquino - Repórteres da Agência Brasil Edição: Beto Coura

Representantes de mais de 50 entidades da sociedade civil reúnem-se, neste momento, com a presidenta Dilma Rousseff para fazer um ato pela democracia e de apoio a ela. Cerca de 1,5 mil pessoas foram inscritas para o evento, denominado Diálogo com Movimentos Sociais Brasileiros. Apesar de cada grupo ter a sua pauta específica, o objetivo comum é apoiar a presidenta em um momento de crise política e econômica.

O encontro foi proposto pelas centrais sindicais e demais movimentos. De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a mobilização pretende reconhecer a importância dos movimentos sociais na definição das políticas do país e fortalecer a democracia.

"Estamos vivendo um momento político delicado neste país; temos problemas econômicos, políticos, de representação. Uma ação dessa natureza pode construir laços, tirar saídas, construir ações para fortalecer a democracia e fortalecer o diálogo social", disse a coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, Rosane Bertotti.

Deuzília Pereira da Cruz, que participa do Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado, viajou de Goiânia a Brasília para participar do ato. "Agora é a hora de os movimentos sociais se unirem num só objetivo: unir forças para pôr abaixo o 'Fora, Dilma', que estão organizando. Estamos aqui para dizer 'Fica, Dilma'", afirmou Deuzília.

Rosane lembrou que as manifestações de 2013 trouxeram a oportunidade de diálogo social, que ainda vale a pena ser exercitado, porque se está somente no oitavo mês do segundo mandato de Dilma. "Não podemos dizer que não teve diálogo, mas podemos dizer que ele é insuficiente. É preciso, cada vez mais, aprimorar o diálogo com a sociedade como um todo. E tem vários mecanismos de diálogo”, disse ela.

Deuzília reconheceu que, em um evento com a participação de mais de mil pessoas, o diálogo não será tão direto assim, mas manifestou a intenção apresentar uma reivindicação específica para a atividade do movimento que representa.

"Se pudéssemos ter uma audiência com a presidenta, reivindicaria hoje o Minha Casa, Minha Vida, para pessoas que ganham abaixo de R$ 1.600. O que queríamos é que fosse menos burocrático esse processo", afirmou Deuzília, acrescentando que o Dandara do Cerrado faz parte da Confederação Nacional das Associações de Moradores.