Instituições já avaliam propostas de reformas de Atenas

Da Agência Lusa

As instituições já estão analisando a proposta de reformas enviada nessa quinta-feira (9) à noite pelo governo grego. Está prevista uma teleconferência entre os líderes da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional por volta do meio-dia.

O porta-voz da comissão, Margaritis Schinas, disse hoje que, depois de as propostas de Atenas terem sido remetidas dentro do prazo previsto (a data limite era a meia-noite de quinta-feira), “as três instituições estão neste momento analisando o texto, com o objetivo de comunicar  ao Eurogrupo on resultado antes do fim do dia”. Elas se recusam a antecipar qualquer informação sobre o pacote de reformas apresentado pelo governo de Alexis Tsipras.

Às 13h de hoje (hora local), o presidente da comissão, Juncker, promoverá uma teleconferência com Mario Draghi (presidente do BCE), Christine Lagarde (diretora-geral do FMI) e Jeroen Dijsselbloem (presidente do Eurogrupo). O próximo passo será o Eurogrupo amanhã, sábado (11).

A reunião de ministros das Finanças da zona domeuro ocorrerá a partir das 15h (hora local).

Para domingo estão previstas cúpulas da zona do euro e da União Europeia, mas esses encontros de chefes de Estado e de Governo poderão até ser cancelados caso haja acordo com o Eurogrupo no sábado, informou um líder europeu.

As propostas gregas enviadas aos credores – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional – preveem um aumento do Imposto sobre Valor Agregado, bem como reformas nas pensões e na função pública.

O novo pacote de reformas, que poderá desbloquear um acordo e a evitar a saída da Grécia da zona do euro (o chamado Grexit), propõe várias medidas que vão ao encontro das exigências dos credores, com o objetivo de aumentar as receitas públicas em troca de ajuda financeira por três anos.

De acordo com o texto, a Grécia apoia uma solução para ajustar a sua dívida pública, de 180% do Produto Interno Bruto, bem como “um pacote de 35 milhões de euros” destinado ao crescimento.

No documento de 13 páginas, intitulado Ações Prioritárias e Compromissos, a Grécia compromete-se a adotar muitas medidas propostas pelos credores em 26 junho, que tinha rejeitado ao anunciar o referendo.