Levy debate política econômica do país com 16 economistas

Daniel Lima – Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, participou hoje (26) de reunião, iniciada às 11h, na sede do Ministério da Fazenda, com 16 economistas do mercado financeiro e de confederações de empresários.

Ao sair da reunião, o ministro disse que o encontro foi positivo. “Ouvi coisas superbacanas. Discutimos questões estruturais e da agenda [de desenvolvimento econômico do país]."

Levy informou que a situação fiscal do país foi um dos temas da reunião. “[Discutimos] a importância de evitar riscos de maior gasto [do governo] porque isso afeta a confiança do investidor. Segundo ele, os participantes da reunião alertaram “que a questão do gasto público e de novas despesas obrigatórias talvez seja hoje um dos maiores inibidores de confiança no Brasil”.

Também participaram do encontro os secretários do Tesouro Nacional, Marcelo Santili Barbosa, e de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Afonso Arino de Mello Franco Neto.

“A iniciativa de conversar com a sociedade é muito boa”, disse Ilan Goldfajn, economista-chefe do banco Itaú, um dos participantes da reunião. Goldfajn evitou entrar em detalhes sobre os assuntos discutidos no encontro.

Para Juan Jensen, economista da Tendência Consultoria Integrada, é importante separar "o que é cíclico e o que estrutural na economia" no momento. "Muito do que se vê hoje é cíclico", disse ele. “No passado, tivemos menor crescimento por queda de produtividade: o que vemos hoje é queda de crescimento por causa de menor utilização de fatores, tanto bens de capital, quanto mercado de trabalho."

Jensen destacou que a taxa de desemprego, em ligeira alta, "está mostrando [o acerto da política de ajuste fiscal, uma vez que a política em vigor] facilita a convergência de inflação e facilita a recuperação do crescimento, porque tem ociosidade, diferentemente do que [houve] no passado [quando houve] queda de produtividade".