Negociações sobre programa nuclear do Irã continuam hoje na Suíça

Da Agência Brasil* Edição: Denise Griesinger

As negociações em Lausanne, na Suíça, entre a comunidade internacional e o Irã sobre o programa nuclear de Teerã continuaram hoje (2). Segundo a Agência Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, cancelou uma viagem que faria aos países bálticos, para tentar finalizar as discussões na Suíça.

Ontem (1º) o chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, assegurou que o grupo 5+1 – formado por Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha – chegou a um acordo nuclear, pelo menos nos temas chave, com o Irã. "Agora, pode-se anunciar com confiança suficiente que os ministros alcançaram um acordo nos principais temas”, disse Lavror aos jornalistas.

O prazo para a obtenção de um compromisso nas negociações sobre o desenvolvimento nuclear iraniano tinha sido fixado até a última terça-feira (31). O prazo expirou, mas várias delegações disseram que tinham feito progressos suficientes para continuar as discussões.

O receio da comunidade internacional é que o Irã possa desenvolver armas atômicas com o pretexto de um programa nuclear civil. O país, no entanto, nega que os fins sejam bélicos e insiste no direito de usar a energia nuclear para fins pacíficos.

Mesmo depois das declarações da Rússia referentes a um acordo, ao menos nos temas principais, o ministro da Defesa iraniano, Hossein Dehgan, classificou hoje de "velhas" e "repetidas" as “ameaças” dos Estados Unidos sobre a permanência da “opção militar”, no caso de não se chegar a um acordo definitivo sobre o programa nuclear do Irã.

Isso porque o secretário de Defesa americano, Ashton Carter, havia dito, em um programa de televisão, que “a opção militar vai continuar em cima da mesa”, se não se alcançar um acordo entre o Irã e os países do Grupo 5+1 para impor um limite ao desenvolvimento nuclear iraniano.

Para o ministro iraniano, tais afirmações têm como único objetivo "corromper a atmosfera racional" das negociações, em um "momento sensível e complicado".

*Com informações da Agência Lusa

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