Estado de saúde de Tomie Ohtake é grave, mas estável

Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

A artista plástica Tomie Ohtake, de 101 anos, está internada no Hospital Sírio-Libanês. Segundo os médicos, seu quadro de saúde é grave, mas está estabilizado. Ela foi hospitalizada no último dia 2 para tratar de uma pneumonia e, momentos antes de receber alta, na terça-feira (10), teve de ser levada às pressas para a UTI depois de sofrer uma broncoaspiração, que comprometeu as batidas do coração.

Segundo a assessoria de imprensa da artista, a saúde dela começou a ficar mais frágil em dezembro. Até novembro do ano passado, ela ainda mantinha as suas atividades nas artes plásticas. Nascida em Kioto, no Japão, em 21 de novembro de 1913, Tomie Ohtake está no Brasil há mais tempo do que viveu no país de origem. Em 1936, naturalizou-se brasileira.

A artista começou a desenvolver o talento nas artes plásticas aos 40 anos e logo veio a consagração, que ultrapassou as fronteiras do país, e Tomie passou a ser elogiada em toda parte tanto pelos trabalhos com pincéis e tinta nas telas quanto no uso de materiais para esculturas e gravuras. As obras de Tomie conquistaram a rainha Elizabeth, a artista Yoko Ono e o escritor José Saramago, entre outros.

Além de estar presente em pelo menos 20 bienais internacionais, seis delas em São Paulo, em uma das quais recebeu o Prêmio Itamaraty, nas de Veneza, Tóquio, Havana e Cuenca, a artista teve trabalhos expostos em mais de 120 mostras individuais em São Paulo e outras capitais brasileiras. No exterior, expôs em Nova York, Washington, Miami, Tóquio, Roma e Milão. A artista ganhou 28 prêmios.

Tomie Ohtake tem mais de 30 obras públicas espalhadas por São Paulo que podem ser vistas na Avenida 23 de Maio e em outros pontos da capital paulista, bem como em Belo Horizonte, Curitiba e Brasília.

Na lista de atuação da artista constam esculturas nos jardins do Museu de Arte Contemporânea de Tóquio e da província de Okinawa, no Japão.

- Assuntos: Tomie Ohtake, Sírio-Libânes, saúde, médicos